domingo, 21 de setembro de 2014

Aula 21 - Vargas, 60 anos do suicídio.



No dia 24 de agosto de 2014 completaram os 60 anos da morte do ex-presidente Getúlio Vargas (1882-1954). O político gaúcho, nascido em São Borja (RS), encerrou sua trajetória política dando um tiro no peito, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então sede da Presidência da República. Vargas foi o presidente que mais tempo ficou no poder, entre 1930 e 1945, e depois entre 1950 e 1954.
No dia 24 de outubro de 1930, Getúlio Vargas chegou ao poder por meio de um golpe de Estado desferido pelos tenentes. Inaugurou um período de transformações políticas e econômicas e rompeu com o federalismo da República Velha. Em 1934, ele assumiria a presidência da República, eleito indiretamente pela Assembleia Constituinte. Ficaria até 1945, quando foi deposto pelos militares, e retornaria para um novo mandato entre 1951 e 1954.
Fonte: http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/getulio-vargas-7-temas-para-entender-seu-legado.htm
Conteúdo da Aula:

TEXTO 1
O dia 24 de agosto marca a data do suicídio de uma das figuras mais complexas da história do Brasil: Getúlio Vargas. Em 2014, completam-se 60 anos da morte do presidente, que ocorreu no ano de 1954.
À época do suicídio de Getúlio, o governo passava por uma crise e enfrentava denúncias de corrupção. A situação se agravou quando o jornalista Carlos Lacerda, um dos maiores opositores de Vargas, sofreu um atentado na cidade do Rio de Janeiro. No episódio, conhecido como o “atentado da Rua Tonelero”, o major Rubem Florentino Vaz, que acompanhava o jornalista, foi assassinado. O caso gerou repercussão negativa para o governo. Em uma reunião ministerial, Vargas é pressionado a renunciar. Na imprensa e na sociedade, a pressão pela renúncia também crescia. Neste contexto, Vargas se suicida com um tiro no coração, no Palácio do Catete, na capital carioca.
Vargas já mencionava o medo de que suas conquistas fossem desfeitas em carta deixada antes de sua morte: “Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras. Mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente”. Ribeiro reforça o compromisso de Vargas com a estatal, ao mencionar uma citação de Tancredo Neves: “O presidente morre, mas não desiste da Petrobras”.
Ribeiro descarta a hipótese de que Getúlio Vargas fosse um homem com tendências suicidas e de que a morte tenha sido uma rota de fuga para a crise que se instalava em seu governo. Ele cita uma fala de Getúlio ao filho Lutero, em que diz que o suicídio só não é um ato de covardia “quando um líder político sacrifica a própria vida para salvar a de compatriotas”. “Era essa visão de Getúlio, não aquela compulsão neurótica à autodestruição”, defende o biógrafo.

TEXTO 2
O que é que Getulio tem? Como explicar que um líder falecido há mais de meio século continue exercendo forte influência no cenário político do país? Por que, afinal, sua figura é lembrada e relembrada – seja para o elogio, seja para a crítica – sempre que se discutem os grandes temas nacionais?
Em agosto de 2004, quando o suicídio de Getulio Vargas completou 50 anos, o Brasil assistiu a uma onda de celebrações em memória ao ex-presidente. Seminários, exposições, debates, construção de memoriais, artigos em revistas especializadas, cadernos especiais nos jornais, programas de rádio e televisão. O tom era francamente positivo, com as atenções voltadas para o seu segundo governo (1951-1954) – tempos de crescimento econômico e de implantação de políticas industriais que estimularam a ampliação do mercado de trabalho, o que possibilitou maior inclusão social. Tudo isso sob a vigência de normas democráticas. Nos dias de hoje, é compreensível que esse cenário provoque nostalgia naqueles que voltam o olhar para a década de 1950. Afinal, integrar o pleno funcionamento da democracia com a retomada do crescimento econômico e a diminuição das desigualdades sociais ainda é o grande desafio brasileiro.
Nem sempre a memória de Vargas recebeu tratamento tão nobre. Em primeiro lugar, porque se trata de um personagem bastante ambíguo – se por um lado contribuiu com inegáveis avanços para o desenvolvimento do país, por outro liderou um período autoritário e de repressão política em seu primeiro governo (1930-1945). Além disso, no último meio século o Brasil atravessou grandes mudanças políticas e institucionais. À experiência democrática iniciada em 1946 sucederam-se, a partir de 1964, vinte anos de ditadura militar, até que em 1985 se iniciasse novo processo de construção da democracia. Para cada um desses momentos veio à tona um Vargas diferente.

TEXTO 3

TEXTO 4
O grande legado de Vargas foi o trabalhismo, mas como alguém pode celebrar isso? Fascismo é aliança entre estado, grandes empresas e sindicatos, à custa dos trabalhadores e consumidores, que se beneficiam de verdade sob uma economia de livre mercado. A “herança maldita” de Vargas nos acompanha até hoje, com fortes máfias sindicais impedindo uma reforma que torne as leis trabalhistas mais flexíveis.
Xexéo, ao menos, reforçou a era ditatorial de Vargas como ponto negativo de seu passado, algo muitas vezes esquecido ou ignorado. E ainda acrescentou que o nacionalismo estatizante foi combatido na era FHC, que pretendia deixar o “varguismo” para trás – algo que foi apenas parcialmente conseguido. Já Lula, o esquerdista, resgatou boa parte dessa mentalidade, mostrando uma vez mais como a esquerda pode estar mais perto do fascismo do que pensa.
Vargas era fascista? Bem, nossa CLT foi inspirada na “Carta del Lavoro” de Mussolini, ditador fascista que, aliás, gozava da simpatia de Vargas. Ontem mesmo, por acaso, dava carona para meu amigo Alexandre Borges, após o lançamento do livro de Guilherme Fiuza, e conversávamos sobre o assunto. Vargas recebeu com pompas e circunstância todo o primeiro escalão fascista de Mussolini. Só faltou o próprio ditador na comitiva.

TEXTO 6
Passadas seis décadas do suicídio do presidente Getúlio Dornelles Vargas, legados do ex-chefe do Executivo ainda continuam vivos na política, na economia e na estrutura social brasileira, aponta o historiador Gunter Axt, doutor em História Social da Universidade de São Paulo (USP). Pressionado por militares e pela oposição a renunciar ao mandato, o presidente que mais tempo ficou à frente do país pôs fim à própria vida, aos 72 anos, com um tiro no coração disparado por um revólver Colt calibre 32.
A morte trágica do líder civil da Revolução de 1930, presidente constitucional, ditador do Estado Novo e um dos principais personagens da política brasileira no século 20 gerou comoção no país em 24 de agosto de 1954 e adiou, por uma década, um golpe de Estado. O suicídio do homem conhecido como “pai dos pobres” foi o desfecho dramático de uma crise política que antecipou o epílogo do segundo governo de Vargas na Presidência da República.
São espólios da administração getulista, por exemplo, a Petrobras, a Companhia Vale do Rio Doce, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de conquistas sociais como a Consolidação das Leis

TEXTO 7
Antes de se suicidar com um tiro no peito, Getúlio Vargas (1882-1954) escreveu uma carta-testamento ainda hoje polêmica, pois existem dela duas versões: uma manuscrita, bastante concisa, e outra mais longa, datilografada, que foi distribuída para a imprensa como a mensagem oficial do político ao povo brasileiro. Em ambas, porém, Getúlio informa que deu cabo à própria vida em virtude de pressões de grupos internacionais e nacionais contrários ao trabalhismo – ou seja, criou sua versão das “forças ocultas” que algumas vezes leva a rupturas no poder.
Os dois documentos são ainda um libelo pró-nacionalismo e recendem personalismo, uma das marcas registradas do político. Getúlio se colocou, até na hora da morte, como defensor do povo e líder martirizado justamente para libertar os brasileiros. “Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco”, registra a versão datilografada. No manuscrito, há um trecho com recado semelhante. “Velho e cansado, preferi ir prestar contas ao Senhor, não dos crimes que não cometi, mas de poderosos interesses que contrariei, ora porque se opunham aos próprios interesses nacionais, ora porque exploravam, impiedosamente, aos pobres e aos humildes.”
Há quem atribua o estilo do texto “oficial” ao redator dos discursos de Vargas, o jornalista José Soares Maciel Filho. De fato, Maciel Filho confirmou à família do presidente que datilografou a versão lida para a imprensa, mas nada disse sobre tê-la modificado. De todo modo, por causa da carta-testamento, Maciel Filho é conhecido como o ghost-writer que saiu da sombra habitual do redator de aluguel para entrar para a história.

TEXTO 8
Persiste certo silêncio sobre a presença e atuação dos nazistas no Brasil. Não se sabe nem o número de partidários de Hitler que vieram ao país depois da Segunda Guerra Mundial, acusados de crimes contra a humanidade. Governado por Getúlio Vargas entre 1930 e 1945, o Brasil havia se tornado uma espécie de seara livre para a circulação de nazistas, fascistas e integralistas.
Mesmo antes do golpe militar liderado por Getúlio Vargas, o Estado apelou para um conjunto de leis de exceção. Em sua essência, elas prepararam o Brasil para receber as propostas revolucionárias do fascismo italiano e do nazismo alemão como “novidades da modernidade”. A imprensa brasileira cuidou de reportar, com alguma admiração, as conquistas de Mussolini a partir de 1922 e de Hitler a partir de 1933. Os nacionalismos alemão e italiano se transformaram em fontes de inspiração para o modelo de nação que se pretendia construir no país: forte e homogênea. A propaganda oficial emergiu como instrumento para o exercício do poder mascarado de “política trabalhista”, controlada por leis rígidas e um tribunal de exceção. Os conceitos e os partidos de extrema-direita proliferavam e conquistaram segmentos importantes da população.

Filmes sobre a Era Vargas:
- Olga
- Lamarca
- Memórias do Cárcere
- Os Últimos Dias de Getúlio
- Getúlio
- Eternamente Pagú

Algumas Questões!

(UESPI) - Universidade Estadual do Piauí - 
Questão 1: A Revolução de 1930, para muitos historiadores, significou um marco na história política do Brasil República. Tal significação pode ser atribuída à compreensão desse movimento como: 

A -o atendimento a uma coligação de interesses a que se sobrepunham àqueles advindos da política conhecida como do “Café com Leite” pela sua continuidade no poder. 
B -
a culminância da carreira política de Getúlio Vargas, que, iniciada em São Paulo como governador, chega ao Rio Grande do Sul e daí à presidência do país.
C -
a resposta do Partido Republicano ao apoio dado por Washington Luís ao governador de Minas, Júlio Prestes, para substituí-lo, o que implicava continuidade da tradição oligárquica.
D -um movimento social legitimado pelo apoio recebido dos trabalhadoras rurais e de grande parcela da burguesia cafeicultora e da “açucarocracia” do Nordeste. 
E -o resultado de uma conjugação de fatores relacionados aos interesses de diferentes grupos da sociedade, que tinham em comum a oposição ao poder político dos representantes de Minas e São Paulo. 

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(UESPI) - Universidade Estadual do Piauí - 
Questão 2:
A primeira emissora de rádio do Piauí foi, segundo o historiador Alcides Nascimento, a Rádio Educadora de Parnaíba, inaugurada na década de 1940, cerca de dezoito anos após ter surgido a primeira estação de rádio do Brasil. Como se sabe, o rádio foi fortemente utilizado como instrumento de propaganda política por alguns governos “populistas” no Brasil, entre os quais se destaca o do presidente:


A -Humberto Castelo Branco. 
B -Getúlio Vargas. 
C -Prudente de Morais. 
D -Ernesto Geisel. 
E -José Sarney. 

Nível da questão: Fácil
Tipo da questão: Simples Escolha

(UEAP) - Universidade do Estado do Amapá - 
Questão 3:
Fonte: Acervo do Museu Joaquim Caetano da Silva, Macapá/AP.
A imagem acima retrata o presidente Getúlio Vargas e Janary Nunes, primeiro Governador do Território Federal do Amapá. Sobre o processo de escolha de Janary para governar o Território pode-se afirmar:


A -O sistema de interventoria, iniciado na década de 1930, como forma de administração dos Estados, possibilitou a escolha de Janary, apesar do seu total desconhecimento da região.
B -Vargas, apesar de possuir a prerrogativa de livre escolha dos governantes, admitiu que a população se manifestasse a favor de seus pretendentes para governar o Território.
C -A escolha de Janary como governador demarca a questão de que Vargas nomeou pessoas para o cargo que não manifestavam disposição para assumi-lo e nem conheciam a região.
D -A nomeação de Janary Nunes teve como fator decisivo o fato dele ser militar, de conhecer a região e de não ter exercido função civil anteriormente.
E -Janary Nunes foi nomeado apesar dele não se identificar com a política vigente traçada por Vargas.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(UNAMA/PA) - Universidade da Amazônia - 
Questão 4:
“Oh! seu Oscar
Cheguei cansado do trabalho,
Logo a vizinha me falou
Oh! Seu Oscar, ta fazendo meia hora.
Que tua mulher foi-se embora
E um bilhete deixou
O bilhete assim dizia:
Não posso mais
Eu quero é viver na orgia!

Fiz tudo para ver seu bem – estar
Até no cais do porto eu fui parar
Martirizando meu corpo noite e dia
Mas tudo em vão, ela é da orgia.”

O samba da dupla Ataulfo Alves e Wilson Batista, “Oh! Seu Oscar”, foi sucesso no carnaval de 1940 na voz de Ciro Monteiro. Esse samba é uma:


A -afirmação da ideologia trabalhista pregada pelo Estado Novo, que exalta o trabalho e o trabalhador brasileiro.
B -associação do trabalho a sacrifício, cansaço e martírio, se contrapondo à ideologia do trabalhismo presente no Estado Novo.
C -negação à vida boêmia, pois a “mulher de seu Oscar” não aguentou a vida de orgia do marido e o abandonou, o que reforçava a necessidade do trabalho pelo governo Varguista.
D -exaltação à vida de um trabalhador do porto que trabalha muito para dar conforto à mulher e é destacado pelo governo de Vargas como um exemplo a ser seguido pelos demais trabalhadores.

Nível da questão: Fácil
Tipo da questão: Simples Escolha

(UFAM) - Universidade Federal do Amazonas - 
Questão 5:
“Este é tempo de partido,
tempo de homens partidos.
Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
na pedra”.

Em “Nosso tempo”, poema publicado em 1945, Carlos Drummond de Andrade revela o estado de ânimo da parcela mais consciente da sociedade brasileira, recém-saída do regime político, que iniciara em 1937, conhecido sob o nome de Estado Novo e comandado pelo presidente Getúlio Vargas. Sobre o regime estadonovista, é correto afirmar que:


A -Foi um regime de inspiração fascista, que restringiu a liberdade de imprensa e suprimiu a autonomia dos Estados da federação.
B -Foi um regime de inspiração fascista, que desenvolveu o sentimento de exaltação patriótica, cujo estímulo vinha da ideologia liberal.
C -Foi um regime de inspiração fascista, cujo principal órgão administrativo (DASP) controlava não apenas todos os serviços públicos, mas também as centrais sindicais.
D -Foi um regime de inspiração fascista, que proporcionou uma política protecionista e nacionalista, atraindo os investimentos dos grandes proprietários rurais.
E -Foi um regime de inspiração fascista, que recebeu o apoio de grupos civis e militares nacionais e estrangeiros para a manutenção das políticas liberais.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(UNIR/RO) - Fundação Universidade Federal de Rondônia - 
Questão 6: Em 1937, o Governo Vargas implantou o Estado Novo. Sobre esse período, é correto afirmar:

A -Foi um período de intenso combate ao crime organizado, no qual as quadrilhas de tráfico internacional de armas e drogas estiveram desarticuladas.
B -Foi um período de intenso avanço das liberdades democráticas, no qual o Partido Comunista Brasileiro lançou a candidatura de Luis Carlos Prestes a uma vaga na Câmara dos Deputados.
C -Foi marcado por uma ditadura política violenta na qual os direitos e liberdades democráticos foram severamente limitados e os opositores presos, tendo sido alguns deportados.
D -Foi um período marcado por rigorosa política de segurança nas ruas do Rio de Janeiro, protegendo os cidadãos da ação de assaltantes e inibindo a prostituição.
E -Foi um período de grandes avanços na política externa, notadamente pelo estreitamento de relações entre o Brasil e os países do Leste Europeu.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(UNIT/SE) - Universidade Tiradentes - 
Questão 7:
Analise o texto.
A Constituição de 1937 estabeleceu que: "O ensino pré-vocacional profissional destinado às classes menos favorecidas é em matéria de educação o primeiro dever de Estado. Cumpre-lhe dar execução a esse dever, fundando institutos de ensino profissional e subsidiando os de iniciativa dos Estados, dos Municípios e dos indivíduos ou associações particulares e profissionais".
(CAMPANHOLE, Adriano & CAMPANHOLE, Hilton Lobo. Constituições do Brasil. São Paulo: Atlas, 1981)
A partir do conhecimento e da análise do texto da Constituição, é possível afirmar que a política educacional do Estado Novo


A -reconhece o direito universal ao acesso à educação e a prática democrática de fornecer a todos os cidadãos uma formação baseada nos princípios da igualdade social.
B -pode ser considerada democrática, uma vez que as decisões relacionadas à educação escolar resultavam da ampla discussão que o governo fazia com educadores.
C -previa a criação de um sistema educacional público, igualitário e permanente para os cidadãos brasileiros independente de sua condição na estrutura social.
D -deu um salto qualitativo ao determinar que o Estado tinha o dever de garantir o direito à educação pública de qualidade a todas as crianças, jovens e adultos do país.
E -institucionalizou uma visão preconceituosa que reforçava as diferenças entre trabalho intelectual e manual, separação que marcou as relações sociais desde a época da escravidão.

Nível da questão: Fácil
Tipo da questão: Simples Escolha

(UFPB) - Universidade Federal da Paraíba - 
Questão 8:
O governo Vargas tornou-se sinônimo de intervenção estatal. Embora essa política intervencionista tenha adquirido força no Estado Novo, pode ser percebida durante toda a chamada Era Vargas.
Sobre a Era Vargas, é correto afirmar:


A -O Departamento de Imprensa e Propaganda, embora impusesse limitações à imprensa, seguiu a orientação do estado, sem propaganda do governo e sem influência sobre a opinião pública.
B -O governo, na questão agrícola, extinguiu diversos institutos, entre eles o do Açúcar e do Álcool, o do Pinho, o do Mate e o do cacau, e centralizou as ações do Ministério da Agricultura.
C -Os principais opositores do governo foram facilmente cooptados pela política governamental de conciliação e políticos com visões opostas, como Luiz Carlos Prestes e Plínio Salgado, atuaram como ministros de Vargas.
D -O movimento sindical passou a ser tutelado já no início do primeiro governo Vargas, com a Lei de Sindicalização (março de 1931) e, em decorrência, o sindicato tornou-se um colaborador do Estado, com o objetivo de intermediação e atenuação do conflito entre capital e trabalho.
E -O Brasil, com a implantação do Estado Novo, conseguiu a tão sonhada paz social, e o governo Vargas implantou, pela via da conciliação política, um governo de coalizão entre socialistas e integralistas.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(UFAL) - Universidade Federal de Alagoas - 
Questão 9:
As rebeliões políticas nem sempre indicam mudanças radicais. No período de 1930 a 1945, politicamente, o Brasil:


A -concretizou as liberdades democráticas, com a derrubada das oligarquias e a renovação do Congresso Nacional.
B -conviveu com práticas autoritárias, sendo a Constituição de 1937, um exemplo da centralização e da falta da democracia.
C -modernizou sua economia, com a implantação de indústrias de base e a defesa da liberdade sindical.
D -consolidou o poder das oligarquias do Sudeste, atendendo aos pedidos proprietários das usinas de açúcar.
E -afirmou um modelo fascista, imitando o governo de Mussolini e incentivando preconceitos raciais.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(IFPE) - Instituto Federal de Pernambuco - 
Questão 10:
“O Estado que surge do movimento de 30, tendo à sua frente o homem que iria marcar a política brasileira durante quase um quarto de século – Getúlio Vargas –, tem muitas características novas.” (Vita, Álvaro de. Sociologia da Sociedade Brasileira, p. 186).
 Sobre o período Getulista (1930-1945), é correto afirmar:


A -
Getúlio Vargas implantou no país um regime fascista, nos moldes do fascismo italiano.
B -
Foi criada, no período getulista, a Petrobrás, confirmando seu liberalismo econômico.
C -
Foram criadas as primeiras leis trabalhistas, a exemplo do seguro-desemprego e do PIS/PASEP.
D -
Foi estabelecido o culto popular do chefe de Estado, Getúlio Vargas, a partir de 1937.
E -
O poder político passou a ser monopólio do Congresso Nacional, em comunhão com os interesses continuístas de Vargas.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(UPE) - Universidade de Pernambuco - 
Questão 11:
Viver a democracia era o desejo de muitos grupos políticos existentes no Brasil dos anos 1930. No entanto, o governo de Getúlio Vargas seguia outros caminhos, enfrentando as oposições.
Com a Constituição de 1937, Getúlio Vargas


A -
centralizou mais ainda o poder político, firmando o autoritarismo.
B -
procurou modernizar a sociedade, multiplicando os partidos políticos.
C -
refez a legislação sindical, garantindo as reivindicações operárias.
D -
fortaleceu normas liberais, sem, contudo, deixar seu poder de centralizador.
E -
trouxe ideias sociais mais avançadas, imitando modelos europeus.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(UFRN/RN) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - 
Questão 12:
No dia 10 de fevereiro de 1944, uma crônica publicada no jornal O Diário retratou aspectos do cotidiano da cidade de Natal, nos seguintes termos:
“Meio displicente o cronista entrou no café. [...] tipos de uma outra raça, a que a uniformidade das fardas cáquis emprestava um tom militar, enchiam as mesas. [...] A algaravia que se falava era estranha. [...] Sobre a fala de alguns quepes, o brasão de Suas Majestades Britânicas, ou as iniciais simbólicas da RAF canadense. A maioria, porém, era de gente da América [...]. O cronista olhou para os lados, curioso. Brasileiro, ele apenas. Sim, também as pequenas garçonnettes [...]. No entanto,  paisagem humana se mesclasse de exemplares de terras diferentes...”
Apud PEDREIRA, Flávia de Sá. Chiclete eu misturo com bananacarnaval e cotidiano de guerra em Natal. Natal: EDUFRN, 2005. p. 217.
Considerando-se o fragmento textual acima e as informações históricas sobre o período a que ele se refere, é correto afirmar:


A -
Pela proximidade com a África e por ter sediado importantes bases militares dos Estados Unidos, Natal foi alvo de esporádicos ataques das tropas da Alemanha.
B -
Os natalenses passaram a rejeitar, paulatinamente, os hábitos dos estrangeiros, como os estilos musicais norte-americanos, o uso de roupas informais e de palavras da língua inglesa.
C -
O início da guerra e a ameaça de bombardeios aéreos mudaram o clima de festa em que Natal vivia e acirraram, ainda mais, as rivalidades entre brasileiros e norte-americanos.
D -
A presença de um grande contingente de militares de outros países e a circulação de moeda estrangeira agitaram, de forma significativa, a vida da outrora pacata Natal.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(UFRN/RN) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - 
Questão 13:
As imagens abaixo fazem referência a duas das mais ativas agremiações políticas brasileiras da década de 1930.

Sobre as agremiações políticas às quais essas imagens estão vinculadas, é correto afirmar:


A -
Eram profundamente influenciadas pelos ideais anarquistas e comunistas, que, a partir da Europa, se difundiram para o Brasil.
B -
Estavam em posições ideológicas antagônicas, que refletiam o contexto de polarização existente na Europa.
C -
Participaram de um governo de coalizão com Vargas, após o golpe de 1937, que instituiu o Estado Novo no Brasil.
D -
Difundiram o ideário nazifascista, proposto pelos comunistas e integralistas, base ideológica do Estado Novo.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(FGV/SP) - Fundação Getúlio Vargas - São Paulo - 
Questão 14:
Havia uma certa combinação [...] de que, ao Manifesto dos mineiros, se seguiria um manifesto dos baianos, no mesmo sentido. Havia contatos com alguns elementos baianos, professores de direito, antigos deputados estaduais e federais, sobretudo mais moços, como Luís Viana Filho e Aliomar Baleeiro. Mas diante da represália do governo ao Manifesto dos mineiros, os baianos acharam que não valeria a pena sacrifício inútil.
[Depoimento de Dario de Almeida Magalhães in Valentina da Rocha Lima (coordenação), Getúlio – uma história oral]
O Manifesto dos Mineiros


A -
circulou clandestinamente a partir de novembro de 1935, em apoio aos militares desencadeadores da chamada Intentona Comunista.
B -
foi escrito em 1935 e publicado em 1937, defendia uma presença mais forte do estado na atividade econômica e nos planos estratégicos.
C -
foi publicado em 1939, contou com apoio de lideranças sindicais reformistas e defendia a imediata entrada do Brasil na guerra ao lado das forças aliadas.
D -
foi elaborado em 1941, por alguns interventores estaduais, como Adhemar de Barros, de São Paulo, e defendia a convocação de uma assembleia constituinte.
E -
foi construído e publicado no contexto do envolvimento do Brasil na Segunda Guerra, em 1943, e defendia a redemocratização do Brasil.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(FGV/SP) - Fundação Getúlio Vargas - São Paulo - 
Questão 15:
“A revolta paulista, chamada Revolução Constitucionalista, durou três meses e foi a mais importante guerra civil brasileira do século XX(...) Sua causa era praticamente inatacável: a restauração da legalidade, do governo constitucional. Mas seu espírito era conservador: buscava-se parar o carro das reformas e deter o tenentismo, restabelecer o controle federal pelos estados.”
CARVALHO, J.M. de, Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, p. 100.
A respeito da situação política brasileira no início da década de 30, é correto afirmar:


A -
A maior parte da oligarquia paulista havia aderido à Revolução dirigida por Getúlio Vargas ansiando por uma modernização no país que envolvesse uma reforma eleitoral, a centralização política federal e o reconhecimento dos direitos trabalhistas.
B -
Apesar de derrotada militarmente, a revolta acabou levando à convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte com novas regras eleitorais, como o voto secreto que dificultava a ocorrência de fraudes e o direito de voto para as mulheres.
C -
A maior parte da oligarquia paulista acabou por articular-se com Luís Carlos Prestes, ex-dirigente da coluna Prestes-Miguel Costa, que havia aderido ao comunismo e tornara-se a principal liderança política do Partido Comunista.
D -
Os paulistas defendiam um amplo programa nacionalista e procuravam garantir o retorno da normalidade democrática quebrada com o movimento revolucionário de 1930, que representava os interesses dos setores oligárquicos dos diversos estados da federação.
E -
A revolução Constitucionalista foi inicialmente uma revolta da oligarquia paulista e sofreu, posteriormente, um  processo de radicalização política que levaria à intensificação de greves e manifestações populares em todo o país, em prol da democracia.


Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(PUC-RIO) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - 
Questão 16:
“(...) Preciso de vós, trabalhadores do Brasil, meus amigos, meus companheiros de uma longa jornada (...). Preciso de vossa união; preciso que vos organizeis solidamente em sindicatos, preciso que formeis um bloco forte e coeso ao lado do governo (...). Preciso de vossa união para lutar contra os sabotadores, para que eu não fique prisioneiro dos interesses dos especuladores e dos gananciosos, em prejuízo dos interesses do povo.”
Getúlio Vargas, no Estádio Vasco da Gama, 01/05/1951.
Considere o segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954), o trecho acima e EXAMINE as afirmativas:
I – Vargas se dirige aos “trabalhadores do Brasil”, urbanos e rurais, beneficiários da legislação trabalhista implantada durante o seu primeiro governo.
II – O tom de apelo para que os trabalhadores se unissem “ao lado do governo” evidencia a busca pelo apoio popular frente à oposição de setores militares e do empresariado brasileiro ligado ao capital internacional.
III – Sobre a união dos trabalhadores para “lutar contra os sabotadores”, Vargas está fazendo alusão aos comunistas, que pretendiam assumir o poder no Brasil naquela época.
IV – Ainda que se apresente como garantidor dos “interesses do povo”, defendendo a ampliação da legislação trabalhista, Vargas enfrenta reivindicações dos trabalhadores, então atingidos pela alta do custo de vida.
Assinale a alternativa correta:


A -Somente as afirmativas I e III estão corretas.
B -Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
C -Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
D -Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.
E -Todas as afirmativas estão corretas.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

(IBMEC) - Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais - 
Questão 17:
“Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História."
Este fragmento da carta-testamento de Getúlio Vargas marca o encerramento de uma carreira política extremamente rica, cujo doloroso ápice foi seu suicídio, em 24 de agosto de 1954.
 Assinale o fator determinante para tão radical decisão do presidente:


A -
as pressões dos grupos internacionais inconformados com a criação da Petrobras;
B -
o possível envolvimento de Getúlio no atentado contra a vida do jornalista Carlos Lacerda;
C -
os inúmeros processos abertos contra o presidente, permanentemente acusado de práticas corruptas em sua administração;
D -
as repercussões de sua iniciativa de atrelar politicamente o Brasil à União Soviética, em plena Guerra Fria;
E -
a comprovação de inúmeros casos de envolvimento do presidente com vedetes, cantoras e artistas de cinema, manchando sua reputação.

Nível da questão: Fácil
Tipo da questão: Simples Escolha

(UNIMONTES/MG) - Universidade Estadual de Montes Claros - 
Questão 18:
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma agressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio. [...] Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não será mais escravo de ninguém. [...] Lutei contra a espoliação do povo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte.
(Carta Testamento de Getúlio Vargas – 1954)
Acerca do contexto e personagem identificados no documento citado, é INCORRETO afirmar que


A -
a referência à escravidão feita pelo ex-presidente é um recurso de retórica para afirmar sua identificação com os trabalhadores.
B -
os mais poderosos adversários de Vargas nessa conjuntura, os quais ele alega agredi-lo constantemente, são os comunistas liderados por Luiz Carlos Prestes.
C -
a UDN, oposição ao varguismo, pagou um alto preço político por isso, como evidenciou a eleição de JK.
D -
o mais duradouro legado varguista, a legislação trabalhista, permaneceu sem sofrer grandes alterações por praticamente todas as décadas subsequentes a sua morte.

Nível da questão: Fácil
Tipo da questão: Simples Escolha

(CEFET/MG) - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - 
Questão 19:
Analise a tabela abaixo, que traz informações sobre o período da Era Vargas:
IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS POR PAÍS EXPORTADOR, EM PERCENTUAIS.
1934
1938
Estados Unidos
24
24
Inglaterra
17
10
Alemanha
14
25
Outros
45
41
Total
100
100
FONTE: CAMPOS, André Luiz Vieira. Políticas internacionais de Saúde na Era Vargas: o Serviço Especial de Saúde Pública, 1942-1960. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006. p. 38.
Considerando-se a política de comércio exterior nesse período e as informações obtidas na tabela, é correto afirmar que o


A -
comércio exterior do Brasil estava imune aos conflitos políticos internacionais que caracterizavam o período.
B -
projeto de construção do Estado pautou-se pelo incremento do mercado interno em detrimento das importações.
C -
início da ditadura varguista demonstra que as aproximações do governo com o regime nazista eram ideológicas e comerciais.
D -
período de prosperidade europeia da belle époque provocou o alto índice de comercialização com o mercado brasileiro.
E -
incentivo na criação das Companhias Vale do Rio Doce e Siderúrgica Nacional foi decisivo para a boa relação comercial com os EUA.

Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha

GABARITO:
questão 1: E - questão 2: B - questão 3: D - questão 4: B - questão 5: A - questão 6: C - questão 7:E - questão 8: D - questão 9: B - questão 10: C - questão 11: A - questão 12: D - questão 13:B - questão 14: E - questão 15: B - questão 16: C - questão 17: B - questão 18: B - questão 19: C
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