domingo, 30 de agosto de 2015

Aula 23/2015 - A polêmica das caçadas

Você provavelmente já ouviu falar da morte de Cecil, um adorado leão do Zimbábue, causada por um dentista americano. Walter Palmer teria pagado US$55 mil dólares para que caçadores atraíssem Cecil para fora da área protegida do Parque Nacional de Hwange e, então, após uma caçada de 40 horas teria matado o animal. De acordo com o NY Times, Walter planejava empalhar a cabeça de Cecil e colocá-la como objeto de decoração em sua casa.
O dentista, alvo de protestos, se defendeu, afirmando que não sabia que matar o leão era ilegal. Mesmo assim, o governo do Zimbábue pediu a extradição do americano, alegando que ele deve ser julgado no país.
O caso, que nós acompanhamos aqui na GALILEU, levantou uma reação em comum em boa parte de nossos leitores: a incredulidade. O que leva alguém a sair do seu país com o objetivo de matar uma criatura como Cecil por esporte? Mesmo que caçá-lo fosse legal (o que, ressaltamos, não é), por que alguém faria isso? Lembramos que o leão não é a primeira criatura morta por Palmer: ele é membro do Safari Club International, uma organização sem fins lucrativos que luta pelos 'direitos dos caçadores'. No site da organização, estão listadas 43 caçadas de Palmer - uma delas inclui a morte de um urso polar. Por que? O que motiva Palmer e seus colegas a gastar tanto dinheiro para matar um animal?
De acordo com a socióloga da Universidade de Windsor, Amy Fitzgerald, a resposta tem a ver com uma demonstração de poder e prestígio. Em 2003, ela e uma colega publicaram uma pesquisa no periódico Visual Studies em que analisaram 792 fotos de caçadores com suas caças publicadas em revistas de caça populares. A maior parte das fotos mostrava o domínio do caçador sobre o animal, normalmente o humano era fotografado sentado sobre os animais ou os segurando, demonstrando a dinâmica de poder envolvida na situação. E, claro, nas imagens o animal estava 'arrumado' - o sangue era limpado e as feridas eram escondidas da visão, para que o bicho parecesse vivo. Então os caçadores são retratados como heróis que dominaram os animais.
Mas é apenas uma mostra de um poder que, na verdade, não existe na questão da caça, na forma física. Na antiguidade, leões eram capturados e soltos em uma pequena área para que reis pudessem matá-los. Mas a caça, em si, havia sido feita por outros homens que não apareciam nos registros. Da mesma forma, especialistas de Zimbábue trouxeram Cecil para fora do parque em que estava protegido e o colocaram em uma área para o abate por um homem capaz de pagar pelo serviço. Quem aparece na foto? Palmer, o homem com o dinheiro e o poder. Ou seja, a caçada continua uma forma com que homens ricos mostram a sua influência.
O antropólogo Michael Gurven, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, estuda tribos de caçadores e coletores na Amazônia e nota a gritante diferença entre o caso de Cecil e as situações em que alguém precisa matar um animal para garantir uma refeição. "Entra a questão do consumo. Estudo pessoas que matam animais porque não tem escolha, para se alimentar. E aí vem alguém e paga US$55 mil dólares pela oportunidade de se colocar em uma situação de risco e matar um leão".
Sim, Palmer pagou para sentir a adrenalina. Mas a parte do consumo certamente falou mais alto. Cecil era um alvo relativamente fácil. Ele era acostumado a andar perto de humanos, então não teria a reação de um leão comum da savana. A adrenalina pode ter vindo do fato de ser uma caça ilegal. Como, afinal, o dentista levaria a carcaça de Cecil para casa, para colocar a sua cabeça em uma parede? Ter a cabeça lá seria um outro sinal de influência, muito além do poder da caça, mas do poder do dinheiro do americano. Ele pagou para ter a foto. Provavelmente estava preparado para pagar mais para demonstrar seu poder ao pendurar a cabeça de um leão na parede.
Caçadores muitas vezes se enganam ou se deixam enganar por pessoas que dizem que o dinheiro investido na caça é revertido para fundos de preservação da natureza. O Science of Us aponta que os caçadores vêem na caça uma forma de se integrar à natureza, uma forma de aproveitar a sua beleza. Mas críticos (e nós) vemos uma forma de ressaltar uma relação de poder por meio do consumo.
FONTE: http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2015/07/o-que-motiva-alguem-cacar-um-animal-por-esporte.html

MATERIAL DA AULA

TEXTO 1 – TAILÂNDIA DESTRÓI DUAS TONELADAS DE MARFIM CONTRABANDEADO
A Tailândia destruiu, quarta-feira, mais de duas toneladas de marfim, num gesto visto como uma vitória para os grupos de defesa dos direitos dos animais que lutam para a defesa e proteção de espécies protegidas. O marfim destruído foi então levado para um segundo local de onde, depois de misturado com resíduos industriais, foi incinerado para assegurar a sua completa destruição. As autoridades moçambicanas tomaram, em Julho último, a decisão de incineraram mais de 2,4 toneladas de marfim e cornos de rinoceronte, gesto destinado a espelhar a determinação do governo no combate à caça furtiva no país. Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), cerca de 30 mil elefantes africanos são caçados e abatidos todos os anos para a retirada do marfim, destinado a fins comerciais.
Na sequência da crescente preocupação mundial com o abate das espécies, coube a Bangkok a responsabilidade de destruir as suas quantidades de marfim, como demonstração de vontade de subscrever a proibição do comércio e distanciar-se do marfim apreendido.“O apoio da Tailândia a auditoria independente antes de destruir de marfim é um passo vital para demonstrar o seu compromisso global visando resolver a questão de marfim ilegal no país e parar o crime contra a fauna bravia”, disse Scanlon, apontando que mais de 44 mil tailandeses registaram mais de 220 toneladas de marfim dentro do prazo em 21 de Abril.
A Tailândia é um destino de topo para o contrabando de marfim africano na Ásia e está sob crescente pressão para acabar com o comércio.

TEXTO 2 – O leão Cecil
A polícia do Zimbabwe está à procura de um dentista norte-americano, do Minnesota, no âmbito da investigação da morte do leão Cecil. As autoridades acreditam que Walter Palmer matou o animal e este pode agora enfrentar a acusação de caça ilegal. A morte de Cecil, um leão que posava para as fotos e que era uma celebridade entre locais e participantes de safaris na região de Hwange, no Zimbabwe, chocou o mundo e chamou a atenção para as caçadas legais.
Embora o leão tenha sido morto fora da zona de reserva, numa caçada organizada por uma entidade autorizada, muitos questionam a legalidade do ato. Grupos conservacionistas do Zimbabwe dizem mesmo que o animal de 13 anos foi atraído para fora do parque nacional para ser abatido. E a administração dos parques nacionais do Zimbabwe já emitiu uma declaração a confirmar que vai acusar os caçadores profissionais e todos os envolvidos.
"Todas as pessoas implicadas neste caso vão ser presentes a tribunal e acusadas de caça ilegal. Nem o caçador profissional nem o proprietário das terras tinham licença ou quota para justificar a morte de um leão e portanto podem ser acusados de caça ilegal", diz o comunicado.
Falta encontrar o caçador responsável, que as autoridades já identificaram como sendo Walter James Palmer, confirmando informações de um grupo conservacionista (Zimbabwe Conservation Task Force) e da associação de operadores de safaris. "Prendemos duas pessoas e agora estamos à procura de Palmer no âmbito do mesmo caso", disse a porta-voz da polícia, Charity Charamba, citada pela Associated Press.

TEXTO 3 – Musa belga da Copa perde contrato de modelo após foto de caça
.. A torcedora belga Axelle Despiegelaere chamou a atenção nas arquibancadas brasileiras durante os jogos da Bélgica na Copa, se tornou um dos rostos famosos do mundial, e voltou para a Bélgica com um contrato de modelo com a marca de cosméticos L'Oréal. Na última semana, a jovem de 17 anos começou a estrelar uma campanha nas mídias sociais da marca, incluindo até um vídeo no qual ela aparece recebendo um tratamento de cabelo. A carreira de modelo da marca, no entanto, acabou em menos de uma semana.
Segundo a imprensa britânica, a L'Oréal teria decidido encerrar o contrato após a repercussão de uma fotografia da belga postada em sua página no Facebook, na qual ela aparece posando com um rifle ao lado de um antílope aparentemente morto.
Segundo o jornal "The Independent'', a foto foi postada no dia 1º de julho, dia do duelo entre Bélgica e Estados Unidos, com a legenda "A caça não é uma questão de vida ou morte. É muito mais importante do que isso".
Em entrevista ao jornal (clique aqui para ler, em inglês), o porta-voz da empresa disse que a marca estava ciente da fotografia, mas não quis comentar sobre o que estava por trás da decisão de rescindir o contrato com Axelle. A L'Oréal fez questão de destacar, porém, que não realiza testes em animais em nenhum lugar do mundo e que também não delega esta tarefa a terceiros.
A empresa se limitou a informar que o contrato com a torcedora musa teria sido concluído com a gravação do vídeo comercial para veiculação na Bélgica.

TEXTO 4 – Japão pretende prosseguir com polêmico programa de caça de baleias.
O Japão tem a intenção de prosseguir com o polêmico programa de caça de baleias, apesar da Comissão Baleeira Internacional (CBI) não ter conseguido determinar se este era “científico” ou não, afirmou o principal negociador japonês, citado pela imprensa.
“Não há nenhuma mudança em nosso programa, que pretende capturar 3.996 pequenas baleias de Minke na Antártica nos próximos 12 anos”, declarou Joji Morishita, o principal negociador japonês na CBI.
“O comitê científico não conseguiu chegar a um consenso sobre o conjunto do programa (de caça da baleia japonês)”, afirma a CBI em um relatório. “Alguns cientistas consideram que as informações adicionais apresentadas pelo Japão eram suficientes para autorizar o programa, outros não”, completa.
O relatório apresenta as conclusões da reunião anual dos 200 especialistas que integram o comitê científico da CBI, que se encontraram durante duas semanas em San Diego, Estados Unidos, entre 22 de maio e 3 de junho.
O Japão teve que desistir da caça às baleias na Antártica na temporada 2014-2015 por culpa de uma ordem da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que considerou que os japoneses praticavam a atividade com fins comerciais.
No fim de 2014, o país asiático apresentou à CBI um novo programa de caça de cetáceos com objetivos científicos.
Segundo o novo plano, o Japão pretende reduzir a meta anual de pesca a 333 pequenas baleias, contra as quase 900 que eram caçadas no programa anterior. Tóquio alega que este nível de caça é “necessário” para obter informações sobre a idade da população baleeira e fixar um limite para a pesca, que não coloque em risco a sobrevivência da espécie.

TEXTO 5 – Massacre de golfinhos no Japão provoca polêmica
Faltam cinco anos para as Olimpíadas em Tóquio, e os jogos já estão atraindo mais patrocínio financeiro que os de Beijing em 2008.
Mas da mesma forma que a China enfrentou a desconfortável atenção sobre seu pobre histórico de direitos humanos e poluição, o Japão também está enfrentando a crescente condenação global dos pescadores que realizam a grotesca matança anual de golfinhos, conhecida como a "caça aos golfinhos de Taiji". Esses mamíferos são cercados e mortos no que já foi considerado um banho de sangue, e foi destaque do documentário The Cove. Os golfinhos estão entre os mamíferos mais inteligentes e perceptivos no mundo além dos humanos, algo que zoologistas e especialistas repetidamente dizem.
Os golfinhos são conduzidos para águas rasas e então esfaqueados até a morte ou escolhidos para exibição pública em aquários (U$ 125 mil por golfinho). Especialistas dizem que a prática é uma violação das próprias leis contra crueldade animal do Japão. A guarda costeira japonesa é frequentemente designada a proteger os doze barcos que estão tipicamente envolvidos na matança anual. Os animais então são enviados para locais como o Oriente Médio, Rússia, Coréia do Norte, China e Filipinas.
Mais de 18.000 golfinhos já foram mortos na baía de Taiji desde 2000, dizem os grupos de vigilância. A maioria é esquartejada no local pela carne (U$ 500 por golfinho), apesar da alta concentração de mercúrio encontrada na carne de golfinhos, que pode causar problemas neurológicos como deficiência motora e enxaqueca. Restaurantes ao redor do mundo vendem sashimi de golfinho e baleia, além de sopa de atum e barbatana de tubarão.

TEXTO 6 – Apresentadora mata leão e provoca polêmica
Melissa Bachman, uma apresentadora de televisão norte-americana foi obrigada a «fechar» a sua conta do Facebook e do Twitter no espaço de algumas horas, após publicar uma fotografia sua, junto a um leão que matou durante uma caçada na África do Sul, escreve o jornal britânico «Telegraph».
Descreve-se como «caçadora hardcore» e apresenta um programa relacionado com caça e pesca, intitula-se «Winchester¿s Deadly Passion» e é emitido no Pursuit Channel. Numa viagem à África do Sul, matou um leão e tirou uma fotografia junto ao corpo. Publicou-a no Facebook e no Twitter com a legenda: «Que dia incrível na África do Sul».
Apesar de não ser considerada uma espécie em «perigo de extinção» os leões são classificados como uma espécie vulnerável e a imagem indignou milhares. Na África do Sul já corre uma petição para que Melissa Bachman seja impedida de regressar ao país.
As ameaças recebidas através das redes sociais, foram de tal ordem, que a norte-americana cancelou as suas contas no Facebook e no Twitter. No entanto, mantém a sua página pessoal ativa e, aqui, podem encontrar-se dezenas de fotografias suas junto de animais que caçou. Como, por exemplo, javalis, crocodilos, ursos, veados, entre outros.
Aliás, há algum tempo que Melissa Bachman é alvo de criticas, mas a fotografia com o leão parece ter sido a «gota de água» para os defensores dos direitos dos animais.

TEXTO 7 – Qual a razão de o homem ainda caçar?
Muitas pessoas ainda caçam animais principalmente para ganhar dinheiro com a venda de partes do corpo, como pele, chifres, presas e carne. Só neste ano, 515 rinocerontes foram mortos na África do Sul. O quilo do chifre do bicho chega a custar R$ 120 mil. É transformado em pó e usado como tipo de remédio na Ásia.
As presas de marfim também tornam o elefante alvo comum de caçadores. Custam cerca de R$ 4.000. Já das focas, retiram principalmente a pele (que vira roupas caras), carne e gordura. Os caçadores costumam agir no período em que as fêmeas grávidas saem do mar para ter os filhotes.
No Brasil, é comum a caça de pacas, pois sua carne é considerada saborosa; o quilo chega a valer R$ 270. A capivara e o cateto (tipo de porco-do-mato) também morrem por isso. Há casos em que os animais silvestres – como papagaio, arara e jabuti – são capturados e vendidos ilegalmente para servirem como bichos de estimação. Cerca de 90% desses animais morrem logo após saírem do habitat natural, segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis).
Seja qual for o motivo, a caça é problema sério, pois coloca em risco a sobrevivência das espécies. Hoje, 627 animais da fauna brasileira estão ameaçados de extinção e podem desaparecer rapidamente se o homem continuar a matá-los. Isso causa desequilíbrio na natureza, pois cada bicho tem sua função no ambiente.
Tudo poderia ser diferente se as pessoas respeitassem a Declaração Universal do Direito dos Animais, aprovada pela Unesco em 15 de outubro de 1978. Diz que matar um animal sem necessidade é crime contra a vida. Defende ainda que toda espécie precisa de cuidado, atenção e proteção, sendo que os selvagens têm direito de viver livre em seu ambiente natural. O documento fala que nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem, como às vezes acontece em apresentações circenses, rodeios e parques. O Dia Mundial do Animal é celebrado em 4 de outubro desde 1930. A data foi escolhida no Congresso de Proteção Animal, realizado na Áustria. Faz homenagem a São Francisco de Assis, santo protetor dos animais.

TEXTO 8 – Algumas imagens
  




"The Cove" (ou A Enseada) mostra um grupo de ativistas ambientalistas que, munidos de equipamentos de filmagem com alta tecnologia e liderados pelo ex-treinador de golfinhos Ric O'Barry, vão até uma enseada em Taijii, no Japão, para registrar a chocante caça aos golfinhos e o cruel abuso desses animais.





sábado, 22 de agosto de 2015

Aula 22/2015 - O perigo dos suplementos sem orientação

Ao longo da história do esporte, alguns atletas optaram por usar um grupo de medicamentos que melhoram o desempenho conhecido como esteroides anabolizantes para construir músculos e aumentar a força. Os esteroides anabolizantes podem parecer uma maneira rápida e eficaz para ficar mais forte e construir mais músculo, mas têm alguns perigos reais e efeitos colaterais muito graves associados à sua utilização entre os atletas.
Após a morte de um fisiculturista, esse tema volta a ocupar as manchetes de jornais e abordaremos essa questão em nossa aula





Material da aula




TEXTO 1 – Fisiculturista morre após dieta rica em proteínas
Os músculos sempre foram a obsessão de Dean Wharmby, um personal trainer de 39 anos. Em busca do corpo perfeito, o inglês apostou em uma dieta de 10 mil calorias ao dia, incluindo no cardápio hambúrgueres, pizzas, bacon e as mais variadas bebidas energéticas. No entanto, o resultado dessa rotina arriscada foi exatamente oposta ao que Deam esperava.
De musculoso e saudável, ele passou a um homem doente, em estado terminal. Deam morreu esta semana de câncer no fígado, e, pouco antes de partir, admitiu que talvez seus hábitos alimentares tenham sido responsáveis por sua doença.
Em uma página no Facebook, Dean decidiu contar sua batalha contra a doença, e atraiu mais de 10 mil seguidores. Em vídeos e mensagens, ele tentava se mostrar otimista, além de apresentar aos fãs sua opção de combater o câncer utilizando a medicina natural, junto com uma alimentação que incluía vitaminas, comidas sem açúcar e nenhuma carne.
O câncer foi diagnosticado em 2010, e já naquela época o personal trainer entendeu que sua dieta baseada em altas doses de proteína poderia ter uma grande relação com a doença. Na época, ele escreveu suas impressões.
— Foi porque eu estava tentando ficar o maior que pudesse. Não temos como ter certeza, mas coisas como energéticos são fatores que devem ter contribuído. A carne vermelha também. Acho que foi uma combinação de tudo


TEXTO 2 – Hulk brasileiro
Um fisiculturista brasileiro virou destaque na imprensa internacional após usar uma substância sintética para inchar seus músculos e realizar o sonho de ficar parecido com o super-herói Hulk. Morador de Caldas Novas, em Goiânia, Romario dos Santos Alves, de 25 anos, teve suas fotos divulgadas por jornais de todo o mundo, nessa semana, exibindo seus bíceps - com a marca de 63,5 cm. O segurança revelou ainda que quase precisou amputá-los e pensou em suicídio depois de prejudicar sua saúde.
Segundo informações do jornal Daily Mail, o rapaz usou um coquetel à base de synthol - um óleo que causa inchaço localizado - e álcool para ganhar medidas musculares, principalmente, nos braços. Logo, ele ficou “gigante” e começou a chamar a atenção das pessoas de sua cidade. Entre as crianças, ele passou a ser chamado de “monstro”.
“Se você usar isso (o coquetel) uma vez, certamente, vai usar de novo. É viciante”, contou Alves para a publicação inglesa. “Eu me lembro que o médico me disse que eu precisaria amputar ambos os braços. Eles disseram que tudo estava duro como se fosse pedra. Eu quero que outras pessoas vejam os perigos, eu poderia ter morrido tudo porque queria ter músculos maiores. Não vale a pena”.
TEXTO 3 – Não é simplesmente condenar os suplementos, é preciso conhecer!
Em 2010, o administrador William Oliveira, de 22 anos, decidiu se matricular em uma academia de ginástica. O objetivo era o mesmo que motiva muitos homens: ganhar massa muscular. Afinal, para muitos deles o corpo musculoso é a maneira mais fácil de fisgar olhares femininos.
Mas para o resultado aparecer é necessário disciplina, treino e muita paciência, um conjunto de fatores separado da maioria dos seres humanos por grandes quantidades de ansiedade e imediatismo. Às vezes, e não muito raramente, mesmo seguindo um treinamento com rigor, os efeitos acabam ficando distantes do esperado, principalmente para os tipos físicos fadados pela genética a uma constituição mais enxuta. É nessa hora que uma ajuda extra pode ser bem-vinda.
Por meio de conversas com amigos e instrutores da academia, William descobriu a saída para transformar seu corpo esguio de 49 quilos e 1,72 metros de altura e alcançar logo seu objetivo: suplementos alimentares. “Queria melhorar meu desempenho e ganhar musculatura mais rígida. Adotei a recomendação dos meus amigos e passei a tomar massa hipercalórica e creatina”, explicou. Mesmo sem indicação nutricional, ele obteve resultados e, dois anos depois, conseguiu chegar aos 65 quilos com 4,5% de gordura, ou seja: os 16 quilos ganhos foram de musculatura, e não de gordura.
É assim que a maioria dos alunos de academia entra no universo da suplementação, por indicação de quem já usou e garante os resultados. Mas a nutricionista Vivian Ragasso, do Centro Olímpico e do Instituto Cohen de Medicina do Esporte, ressalta que o resultado alheio não é comprovação de eficácia. “Em geral, o instrutor não estudou nutrição, então não é da competência dele prescrever suplementação. É preciso saber como é a rotina alimentar do aluno, se há deficiência de nutrientes, se a quantidade e intensidade de exercícios pedem suplementação ou se suas necessidades já são supridas pelas refeições. Fora isso, ainda é necessário fazer uma avaliação clínica do aluno, para saber se há deficiência hormonal, problemas cardíacos, renais ou hepáticos”, reforça Ragasso..


TEXTO 4 – Anderson Silva recebe pena máxima por doping e ainda perde R$ 1,3 milhão.
O lutador Anderson Silva recebeu a pena máxima de um ano após ser flagrado no antidoping do UFC 183, quando lutou com Nick Diaz, em 31 de janeiro. No julgamento da Comissão Atlética de Nevada (NAC) desta quinta-feira, o brasileiro não negou a ingestão das substâncias proibidas drostanolona e androsterona, mas afirmou que só o fez porque tomou suplementos contaminados. No decorrer da audiência, o Spider disse que tomou uma estimulante sexual trazido da Tailândia por um amigo, que também estava infectado.
Além de ficar um ano longe do octógono a partir da data da luta, Anderson foi multado em 30% da bolsa do evento, de US$ 600 mil (R$ 2.108 milhões), o que resulta em US$ 180 mil (R$ 632 mil), além de perder os US$ 200 mil (R$ 702 mil) pela vitória. O combate com Nick Diaz foi considerado como "No Contest" ("Sem Resultado") e, para voltar a lutar, a partir de 1º de fevereiro, o brasileiro terá de ser aprovado em outro teste.
A defesa argumentou que um dos suplementos tomados diariamente pelo lutador estava contaminado. Anderson, então, realizou um exame independente no laboratório "Quest", o mesmo usado pelo UFC, que detectou a presença da drostanolona. Apesar do pedido dos advogados pela apresentação desse resultado, a procuradoria Nevada não o mostrou.

TEXTO 5 – Em busca do corpo perfeito, acabei com voz grossa e problemas de saúde
"Usei uma vez só (um único ciclo de anabolizantes), mais de dez anos atrás, não foi algo frequente. Namorava um personal trainer e eu era muito magrinha. Malhava mas não conseguia ganhar peso.
Queria me sentir melhor, mais segura, com mais autoestima. O meu namorado na época era forte, bombado, eu destoava ao lado dele.
Hoje dez, doze anos depois, fui diagnosticada com hipertireoidismo, e a causa deve ter sido o uso do anabolizante. Porque não tenho nenhum caso (da doença) na família.
Comecei a ter queda de cabelo, falta de libido. Acabo de fazer um exame que indicou que eu tenho que iniciar o tratamento. Vou tomar medicamento até a tireoide voltar ao normal. Mas a minha voz nunca mais voltou ao normal.
É algo que me incomoda. As pessoas brincam, mexem comigo. Dizem que tenho voz de quem usou anabolizante. Às vezes ligam (prestadores de serviço) e acham que estão falando com um homem, isso me incomoda muito.
Me arrependo, foi uma bobeira. Sempre fiz atividade física e acho que conseguiria o mesmo resultado que obtive com anabolizante se tivesse uma boa alimentação, suplementação mais correta, mas ao longo de um tempo maior. Com anabolizante o resultado é muito rápido.
E eu tenho muita facilidade em perder peso, então perdi a massa magra. Só fiquei com o lado negativo. Nunca voltaria a tomar (anabolizantes), de jeito nenhum.

TEXTO 6 – Algumas imagens
  




TEXTO 7 – Riscos



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domingo, 16 de agosto de 2015

Aula 21/2015 - Sociedade 2.0


Atualmente, deixamos de ser uma sociedade presencial para nos tornamos uma sociedade digital, o que implica uma outra relação social mediada pela tecnologia. 
O grande desafio nesse momento é saber explorar o potencial positivo desta nova forma de comunicação dentro dos planos econômicos, políticos, culturais e humanos.
Procurei nessa aula abordar diversas notícias que tem sido divulgas pela internet e seus reflexos em nossas vidas


Material da Aula

TEXTO 1 – -Morte de Cristiano Araújo  e a idolatria, Zeca Camargo
Desde a morte do sertanejo Cristiano Araújo, na quarta (25/06/2015), não foram poucos os textos que circularam na internet sobre o abismo que separa os milhões de fãs do cantor daquelas pessoas que nunca haviam ouvido falar nele. Foi assim que, na noite de domingo (28/06/2015), Zeca Camargo começou uma crônica na Globo News sobre a comoção provocada pelo caso. A maneira como o jornalista desenvolveu o comentário, no entanto, irritou uma multidão – e levou o nome de Zeca à lista dos assuntos mais comentados nas redes sociais.
“Como fomos capaz de nos seduzir coletivamente por uma figura desconhecida?“, ele perguntou, entre outras provocações. “O que realmente surpreende neste evento triste da semana foi a comoção nacional. De uma hora para outra, fãs e pessoas que não faziam ideia de quem era Cristiano Araújo partiram para o abraço coletivo, como se todos nós estivéssemos desejando uma catarse assim, um evento maior que nos unisse pela emoção”, afirmou. E comparou a cobertura “insana” do acontecimento na imprensa com o fenômeno dos livros para colorir.
 “O cantor talvez tenha morrido cedo demais para provar que tinha potencial para se tornar uma paixão nacional, como tantos casos recentes. Nossa canção popular é dominada por revelações de uma música só”, afirmou. Para Zeca, portanto, Cristiano não teve tempo para se tornar revelante no cenário nacional. Ainda insinuou que o público deveria adorar os “ídolos de verdade”. “Precisamos, sim, de mais heróis. Mas está todo mundo ocupado pintando jardins secretos”, afirmou.
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Nós estamos no ano de 2015 e é impossível contestar a força e o alcance que as redes sociais têm ganhado, ano após ano, em nossa sociedade. É muito difícil encontrar alguém que não esteja presente em alguma mídia social, como Facebook, Instagram e Whatsapp, por exemplo. Passou a existir novas maneiras de nos comunicarmos, a internet facilitou o compartilhamento de mensagens, fotos e áudios entre amigos e parentes. Também se pode dizer que esses sites e apps de redes sociais tornaram-se grandes ferramentas de aproximação entre empresas e pessoas, pois elas possibilitaram o surgimento de novas estratégias de relacionamento em um mercado cada vez mais competitivo.
Mas, com o crescimento e popularização das redes sociais, um fato chama a atenção: a banalização da morte. Tal situação se dá devido ao modo como estamos lidando com essas ferramentas de uns anos para cá. Assim como as usamos para comunicar algo pertinente, nós também a usamos para compartilhar conteúdos que podem prejudicar pessoas alheias ao nosso círculo social.
Vamos nos ater, neste post, ao caso das fotos de pessoas mortas, que são espalhadas em questão de segundos após o óbito da vítima. Já está se tornando comum o compartilhamento de fotos de acidentes, assassinatos, suicídios, enfim. Se for famoso, a curiosidade pelo fato é maior do que a sensação desagradável de ver tal conteúdo. Nós estamos deixando nosso lado selvagem e indiferente preponderar diante da vida que se foi. Não estamos mais preocupados com a dor da família e amigos da vítima e, sim, buscando cada vez mais alimentar nossa curiosidade mórbida.
No dia da morte do cantor Cristiano Araújo, não era nem 8 horas da manhã e as fotos do acidente que o vitimou já estavam sendo compartilhadas nos grupos que participo no Whatsapp. Um desrespeito. Não por ser ele, mas por ser mais uma pessoa morta que teve fotos nada interessantes espalhadas pelas redes. A nossa exposição ultrapassou a barreira do bom senso e estamos perdendo o controle sobre nossas imagens diante de tanta exibição de nossa intimidade pelas redes sociais.

Algumas imagens sobre o tema:

 



TEXTO 2 – Direitos dos animais
Câmara aprova prisão para quem matar cães e gatos
Pena, segundo o texto que ainda será votado no Senado, será de 1 a 3 anos de detenção. Texto também criminaliza o abandono dos animais e a realização de rinha de cães
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (29), o Projeto de Lei 2833/11, do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que criminaliza condutas contra a vida, a saúde ou a integridade de cães e gatos. A matéria, aprovada na forma de uma emenda substitutiva do deputado Lincoln Portela (PR-MG), será votada ainda pelo Senado.
De acordo com o texto, matar cão ou gato terá pena de detenção de 1 a 3 anos. A exceção será para a eutanásia, se o animal estiver em processo de morte agônico e irreversível, contanto que seja realizada de forma controlada e assistida.
Se o crime for cometido para controle populacional ou com a finalidade de controle zoonótico, a pena será de detenção de 1 a 3 anos. Neste último caso, ela será aplicada quando não houver comprovação de enfermidade infecto-contagiosa que não responda a tratamento.
Essas penas serão aumentadas em 1/3 se o crime for cometido com emprego de veneno, fogo, asfixia, espancamento, arrastadura, tortura ou outro meio cruel.



Algumas imagens sobre o tema:




TEXTO 3 – Jovem que sumiu na lapa-boa noite cinderela
Estudante de farmácia natural de Botucatu foi vista desorientada e recebendo socorro de uma desconhecida
Uma estudante paulista que faz uma pós-graduação em Farmácia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desapareceu, na tarde deste domingo, no Centro do Rio. Daniela Barbosa Batista, de 23 anos, está há quatro meses na cidade e foi vista pela última vez desorientada, na Catedral Metropolitana no Rio, para onde foi levada por uma desconhecida.
De acordo com a universitária Núbia de Almeida, amiga da estudante, uma mulher teria a encontrado desmaiada na Lapa e a levado para a catedral para pedir socorro. Ainda segundo a amiga, ela estaria desorientada, chorando e sem nenhum documento ou pertence. A pessoa que a socorreu ligou para o número do pai de Daniela, a única informação que ela conseguiu passar.
"Ainda estamos sem muitas informações e sem entender o que aconteceu. Ela teria sido encontrada desmaiada na Lapa. Como estava bem vestida, uma senhora achou estranho, a levou para a Catedral e chegando lá ela disse que não lembrava do que tinha acontecido. Ela aparentemente melhorou, conversou com a senhora e teria ido embora, mas depois não deu mais notícias e desapareceu", disse.


TEXTO 4 – Cantadas impertinentes, piadinhas, e até contato forçado.
Acho que comecei a ser assediada por estranhos, em ambientes públicos, por volta dos 13 anos. Ao contrário dos casos de horror que muitas amigas têm para contar, nunca sofri algo além das vulgares “cantadas”, inúmeras variedades delas.
Ao contrário do que muitos homens gostam de dizer por aí, a maioria de nós, mulheres, não se sente prestigiada ou enaltecida ao ser assediada na rua por um sujeito que ela não conhece e, tampouco, tem a intenção de conhecer.
Não nos vestimos para agradar aos desejos sexuais dos homens, por isso não nos interessa quais são suas opiniões ou desejos diante de nossos corpos, simplesmente, porque não somos corpos, somos pessoas, que possuem sentimentos e, também, medos. E um dos medos constante na mente de qualquer mulher é o abuso sexual, que pode começar com uma aparentemente inofensiva “cantada”. Segue abaixo um relato:
Muitas de nós fomos educadas para não respondermos a estranhos, sobretudo do sexo masculino. Fazemos, como nos ensinaram, damos um jeito de escapar ou minimizar os olhares, procuramos trafegar por ambientes movimentados, preferencialmente em companhia de amigos homens, dentre outros “truques”, que não são desconhecidos de nenhuma mulher.
A petulância dos assediadores é tanta, que alguns acham que podem escolher com que tipo de homem dado tipo de mulher deve andar. Se eles julgarem que uma mulher é “muita areia para o caminhão” do homem que a acompanha, supõem-se no direito de assediá-la. Exatamente, nós não podemos andar com qualquer homem, é preciso que ele seja mais alto e mais musculoso que nós. Isso tudo para agradar ao conceito de “merecimento” de outros homens acostumados a assediar menininhas nas ruas. É muita patrulha sexual para pouco agente sexual!
Sermos passivas diante do assédio sistemático significa aceitarmos que os homens possuem algum direito sob nossos corpos, o que não é verdade! Por isso, proponho que passemos a avaliar cada assédio como uma forma de verbalizar nosso empoderamento. Não sei se terei disposição para sair respondendo a todos esses cretinos assediadores, mas, a partir de hoje, coloco-me como desafio ir vencendo, paulatinamente, esse pequeno poder que eles acreditam que podem exercer sobre mim. Estendo esse desafio a todas as mulheres que, em algum momento, também chegaram à conclusão de que o prazer do assediador só pode lhe causar um sentimento, nojo.


Algumas imagens sobre o tema:


TEXTO 5 – Geração só a cabecinha
Outro dia vi um estudo que diz que 25% das músicas do Spotify são puladas após 5 segundos. E que metade dos usuários avança a música antes do seu final. Enquanto isso, no YouTube, a média de tempo assistindo a vídeos não passa dos 90 segundos. O mais chocante desses dois dados é que o uso do Spotify e do YouTube, em geral, está focado no lazer, no entretenimento. Ou seja, se a gente não tem paciência para ficar mais de 90 segundos focado em uma atividade que nos dá prazer, o que acontece com o resto das coisas?
Você ficou sabendo da entrada do ator Selton Mello no seriado Game Of Thrones? Saiu em vários grandes portais brasileiros e a galera na internet compartilhou loucamente a notícia. Tudo muito bacana, não fosse a notícia um hoax, um boato inventado por um empresário brasileiro apenas pra zoar e ver até onde a história poderia chegar. Bem, ela foi longe: mais de 500 tuítes com o link, mais de 3 mil compartilhamentos no Facebook, mais de 13 mil curtidas, matéria no UOL, Ego, Bandeirantes, O Dia e vários outros sites.
Quem não tem paciência de ouvir cinco segundos de uma música tem menos paciência ainda pra ler uma notícia inteira. Pesquisas já mostraram que a maioria das pessoas compartilha reportagens sem ler. Viramos a Geração “só a cabecinha”, um amontoado de pessoas que vivem com pressa, ansiosas demais pra se aprofundar nas coisas. Somos a geração que lê o título, comenta sobre ele, compartilha, mas não vai até o fim do texto. Não precisa, ninguém lê!
"SOMOS A GERAÇÃO QUE LÊ O TÍTULO, COMENTA SOBRE ELE, COMPARTILHA, MAS NÃO VAI ATÉ O FIM DO TEXTO. NÃO PRECISA, NINGUÉM LÊ!"
Nunca achei que a internet alienasse as pessoas ou nos deixasse mais burros, pois sei que a web é o que fazemos dela. Ela é sempre um reflexo do nosso eu, para o bem e para o mal. Mas é verdade que as redes sociais causaram, sim, um efeito esquisito nas pessoas. A timeline corre 24 horas por dia, 7 dias da semana e é veloz. Daí que muita gente acaba reagindo aos conteúdos com a mesma rapidez com que eles chegam. Nas redes sociais, um link dura em média 3 horas. Esse é o tempo entre ser divulgado, espalhar-se e morrer completamente. Se for uma notícia, o ciclo de vida é ainda menor: 5 minutos. CINCO MINUTOS! Não podemos nos dar ao luxo de ficar de fora do assunto do momento, certo? Então é melhor emitir logo qualquer opinião ou dar aquele compartilhar maroto só pra mostrar que estamos por dentro. Não precisa aprofundar, daqui a pouco vem outro assunto mesmo.

Algumas imagens sobre o tema:

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfF5KTaSjpuYQebK4bkPEOnsPORdXc3-pHnLmff5vHiu0su2AGoBIIndNhC3WeWQpXGBsnTyN8wsDos_JmHDvThIUAZLrgUY3fPony8Uy9nezvdjjlxHR8NEHSkX3Q7HP2uIYR8PtqnE/s1600/monografia_tcc_geracaoy.png


TEXTO 6 – Relação esporte e sexualidade
Ingrid Oliveira foi a personagem da primeira semana dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Em sete dias, ganhou 40 mil seguidores nas redes sociais e foi o assunto preferido dos internautas. Tudo por conta da primeira foto feita no Centro Aquático de Toronto, quando posou de costas com o maiô de competição e sentada na plataforma de 10m, apontando para o telão. Nesta segunda-feira, a menina de 19 anos encerrou sua participação no Pan com uma emocionante prata na plataforma de 10m sincronizada e garantiu que não irá mudar por conta dos comentários ofensivos e machistas que recebeu em seu Instagram.
- Estamos no século XXI. Não é mais passado, quando as pessoas iam para a praia quase de burca. Já vi pessoas na praia quase peladas, mas isso é problema delas. Porque as pessoas têm que julgar? Ofender assim? Entrar no meu Instagram, nem me segue e vem só para me esculachar? Vou lá e bloqueio, excluo... A foto é normal, estou apontando para o telão. Aparece a minha bunda, mas e daí? É uma foto normal, como todas as outras. Todo mundo posta foto assim, de costas, com pose quase indo para o salto. Não vejo nada demais, é do nosso esporte o maiô, o salto de costas, a foto de costas. Se eu postasse uma foto pelada, aí sim poderiam detonar. Mas, mesmo assim o Instagram é meu e eu faço o que eu quiser. Ninguém tem o direito de me julgar - garante Ingrid.
Apesar disso, Ingrid frisa que irá se preservar um pouco mais, levando em consideração o pedido da técnica Andreia da Silva, que durante a semana pediu menos foto e mais foco para a revelação dos saltos ornamentais brasileiro. Com 40 mil seguidores a mais, ela não irá fechar seu perfil nas redes sociais, e também não vai responder a qualquer comentário indelicado e machista recebido.  Estamos no século XXI. Não é mais passado, quando as pessoas iam para a praia quase de burca. Já vi pessoas na praia quase peladas, mas isso é problema delas. Porque as pessoas têm que julgar? Ofender assim?

TEXTO 7 – Juízes de Internet
Você é daqueles que curtem dar a opinião sobre tudo na internet, principalmente em sites de notícia e em redes sociais, mas que nem sempre se identifica nos comentários? A liberdade de postar sem se identificar pode chegar ao fim caso um projeto de lei seja aprovado no Congresso.
No início de junho, o deputado Sílvio Costa (PSC­PE) apresentou um projeto de lei, relacionado ao Marco Civil da Internet, que pretende acrescentar um quinto parágrafo ao artigo 15 da Lei nº 12.965 que estabelece que usuários de internet sejam obrigados a fornecer nome completo e CPF para que possam comentar em páginas da internet.
A medida visa inibir a criação e propagação de comentários ofensivos por parte de fakes, contas ou perfis utilizados na internet que servem para manter ocultas as identidades reais de usuários, como afirma o deputado autor da lei.
"Eu entendo que todo o cidadão tem o direito legítimo e democrático de expressar suas opiniões. A minha proposta não é impedir que ninguém dê opinião nas redes sociais, e sim inibir a ação de fakes. Todo fake é uma pessoa deplorável porque ele não exerce a sua cidadania, ele se esconde por trás do anonimato para fazer suas agressões".
Problemas relacionados a racismo e homofobia, comuns nas redes, foram o motivo que levou o deputado a criar o projeto de lei. Segundo ele, a falta de punição para essas agressões é preocupante.
"Se um fake comete um crime de racismo, a pessoa que foi agredida não sabe nem quem processar, a família fica sem poder ir atrás de alguém. Você não pode punir".
Já existe uma regulamentação no Marco Civil que segue linha parecida da proposta de Costa. Ela atribui que os provedores brasileiros de internet guardem por um período de seis meses os dados dos utilizadores.
Por outro lado, o advogado Fabricio Sicchierolli aponta que o projeto de lei pode ser usado como uma espécie de "patrulha ideológica". "O projeto revela nítida intenção de inibir comentários críticos depreciativos seja ao governo, seja a políticos, seja a qualquer pessoa física ou jurídica, o que objetivamente fere de morte a “liberdade de expressão no ambiente da web”. O que o projeto de lei procura não é fomentar a cidadania, mas, ao contrário, o ato de se forçar um cadastro é uma forma de manipular as pessoas para que não opinem por sentirem que podem sofrer retaliações e processos".
Fonte:     http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/geral/2015/08/10/328495/projeto-de-lei-quer-fim-de-anonimato-na-internet-com-exigencia-de-cpf-para-comentar-em-sites


http://www.materiaincognita.com.br/wp-content/uploads/2013/01/Discussao-pela-Internet.jpg














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