domingo, 27 de setembro de 2015

Aula 25/2015 -Estado Islâmico - Causa-Fato-Consequências


Em 29 de agosto de 2014, o grupo terrorista sunita Estado Islâmico – que já foi denominado também como Estado Islâmico no Iraque e na Síria (EIIS) e Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) – conhecido também pela sigla EI, anunciou que seu líder, Abu A-Bagdhadi, havia se autoproclamado califa da região situada ao noroeste do Iraque e em parte da região central da Síria.
O título de califa era dado aos antigos sucessores de Maomé, que possuíam autoridade política legitimada pela religião islâmica. O Estado Islâmico, desde então, vem sendo largamente abordado pela mídia ocidental, sobretudo por conta de suas ações extremas contra a população civil da Síria e do Iraque, como estupros, massacre de cristãos e de xiitas e, também, por conta da decapitação de dois jornalistas, entre os meses de agosto e setembro de 2014.
A história do grupo terrorista Estado Islâmico está relacionada com o processo de crise política que se desencadeou no Iraque após a guerra iniciada em 2003. Como sabemos, a Guerra do Iraque se deu dois anos após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, chefiados por membros da organização Al-Qaeda, então liderada por Osama Bin Laden. A Al-Qaeda possuía grande espaço de atuação no território iraquiano e em parte da Síria. O grupo Estado Islâmico nasceu como uma derivação da Al-Qaeda, fundamentado nos mesmos princípios desta organização, que remontam à ideologia pan-islâmica de Sayyid Qutb, antigo líder da Irmandade Muçulmana. Contudo, as ações do EI ficaram gradativamente mais radicais, até mesmo para os padrões da Al-Qaeda, o que provocou a separação entre as duas organizações terroristas.
Os objetivos do Estado Islâmico é expandir o seu califado por todo o Oriente Médio, que se pautaria pela Sharia, a Lei Islâmica interpretada a partir do Alcorão, e estabelecer conexões na Europa e outras regiões do mundo, com o propósito de realizar atentados que lhes possam conferir autoridade através do terror. A concepção de Jihad, ou Guerra Santa para o Islã, que o EI possui é a mesma de outras organizações terroristas, como a Al-Qaeda ou o Hamas: expandir o modelo teocrático radical islâmico de governo pelo mundo, por meio dos métodos terroristas.
É curiosa a grande adesão de simpatizantes não islâmicos e, frenquentemente, de origem europeia às causas do EI. Muitos jovens do Ocidente se oferecem para integrar o grupo e servir ao seu propósito jhadista. Esse tipo de comportamento preocupa vários chefes de estado da Europa, sobretudo pela possibilidade de infiltração que tais jovens, treinados como terroristas, possam realizar em solo europeu.
As principais cidades iraquianas que estão atualmente sob o domínio do EI são: Mossul, Tal Afar, Kirkuk e Tikrit. Um grande contingente populacional migrou dessas cidades para cidades ou vilas vizinhas, fugindo da expansão brutal do Estado Islâmico. Entretanto, não se sabe até quando estas cidades vizinhas continuarão livres da ação do “califado” islâmico do EI.


Material da Aula

TEXTO 1 – FATO MOTIVADOR
As forças do governo sírio passaram a usar aviões de guerra russos recém-chegados para bombardear combatentes do Estado Islâmico na província de Aleppo, no norte da Síria, em uma tentativa de romper um cerco a uma base aérea nas proximidades, afirmou nesta quinta-feira um grupo que monitora o conflito.
A Rússia está reforçando o governo sírio, seu aliado, com a entrega de ajuda militar que autoridades dos Estados Unidos dizem incluir jatos de guerra, helicópteros de combate, artilharia e forças terrestres. Os ataques aéreos, que começaram no início da semana, foram acompanhados por ações terrestres perto da base aérea de Kweiris, no leste da província de Aleppo, onde as tropas do governo estavam sob o cerco de militantes, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, grupo oposicionista que monitora o conflito sírio, com sede na Grã-Bretanha.
Os jatos russos chegaram apenas "recentemente" à Síria, mas estão sendo pilotados por sírios, disse o Observatório, que acompanha a guerra por intermédio de uma rede de fontes no território. Muitos países ocidentais reagiram com alarme ao aumento do apoio militar de Moscou ao presidente Bashar al-Assad, a quem eles se opõem. Mas a ascensão de um inimigo comum, o Estado Islâmico, tornou a divisões menos claras.
Os Estados Unidos lançaram no ano passado uma campanha aérea contra os militantes islamistas na Síria e no Iraque.
A Rússia diz que Assad tem que ser parte dos esforços internacionais para combater o Estado Islâmico, enquanto os Estados Unidos acreditam que ele é parte do problema.

TEXTO 2 – O que é o Estado Islâmico?
De onde veio e quais são as suas intenções? A simplicidade destas perguntas pode ser enganadora e poucos líderes ocidentais parecem saber as respostas. Em Dezembro, o New York Times publicou declarações confidenciais do major Michael K. Nagata, o comandante de Operações Especiais dos Estados Unidos no Médio Oriente, em que este admitia que não conseguia perceber o autoproclamado Estado Islâmico (EI). “Não conseguimos derrotar a ideia [por trás do movimento]”, disse. “Nem sequer conseguimos perceber a ideia.” No último ano, o Presidente Barack Obama tem-se referido ao Estado Islâmico ora como “não islâmico”, ora como “a equipe de novatos” da Al-Qaeda, comentários que revelam a confusão sobre o grupo e que podem ter contribuído para erros de estratégia grosseiros.
O EI conquistou Mossul, no Iraque, em Junho passado, e já exerce poder sobre uma área maior do que o Reino Unido. Desde Maio de 2010 que Abu Bakr al-Baghdadi é o seu líder, mas até ao Verão passado, a última vez que tinha sido filmado fora sob cativeiro americano em Camp Bucca durante a ocupação do Iraque, onde aparecia numas imagens granuladas. Então, a 5 de Julho do ano passado, durante o Ramadão, subiu ao púlpito da Grande Mesquita de al-Nuri, em Mossul, para um sermão em que se autodeclarava o primeiro califa ao fim de várias gerações — fazendo um upgrade na resolução da sua imagem, que passou de granulada a alta definição, e da sua posição de guerrilheiro fugido das autoridades a comandante de todos os muçulmanos. O afluxo de jihadistas que se seguiu, vindo de todo o mundo, foi inédito em ritmo e quantidade, e ainda não parou.
De certa forma, a nossa ignorância sobre o Estado Islâmico é compreensível: é um reino obscuro e poucos foram até lá e regressaram. Baghdadi só falou para as câmaras uma vez, mas o seu discurso e os incontáveis vídeos de propaganda e encíclicas do EI estão acessíveis na Internet, e os apoiantes do califado têm feito tudo o que está ao seu alcance para dar a conhecer o seu projeto. Podemos concluir que o EI rejeita que a paz seja uma questão de princípio; que deseja um genocídio; que as suas posições o tornam constitucionalmente incapaz de certas mudanças, mesmo que estas garantam a sua sobrevivência; e que se considera o agente — e ator principal — do fim do mundo, que está iminente.

TEXTO 3 – Primavera Árabe se transformou em "inverno prolongado"
Três anos após a morte por autoimolação de um vendedor de verduras tunisiano que desencadeou a onda de revoltas que ficou conhecida como Primavera Árabe, as populações dos países que foram palco de levantes se veem hoje mergulhadas em caos.
O Egito, visto muitas vezes como o responsável por lançar tendências no mundo árabe, assiste à escalada da violência decorrente da polarização entre islamitas e militares após o golpe de julho, que depôs o membro da Irmandade Muçulmana Mohammed Mursi, o primeiro presidente eleito democraticamente no país.
Na Síria, a revolta popular que se transformou em guerra civil já deixou mais de 100 mil mortos desde março de 2011. A oposição, dividida em grupos rivais --inclusive pela chegada de extremistas islâmicos--, encontra cada vez mais dificuldades em atingir o objetivo de derrubar o governo de Bashar al-Assad. Com o país arrasado, o número de refugiados vivendo na miséria só cresce: hoje já são 2,4 milhões de sírios refugiados em vizinhos do Oriente Médio, além dos 4,5 milhões deslocados dentro do próprio país em guerra.
Para Mohamed Habib, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e conselheiro do Instituto de Cultura Árabe, a atual circunstância não permite mais que o movimento seja chamado de Primavera Árabe. Em dezembro de 2010, o tunisiano Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo, em um ato de protesto contra os abusos do governo e as condições de vida no país, o que foi o estopim dos levantes que se seguiram depois no Egito, na Líbia, na Síria e no Iêmen, e também em Bahrein, Marrocos, Argélia, Jordânia e Sudão.
"O termo Primavera Árabe representava um desejo de que todo o Oriente Médio saísse de uma fase escura de povos oprimidos e explorados. Melhorou? Não. É uma deterioração total. Não posso mais chamar de Primavera Árabe. É um 'inverno árabe' prolongado, cheio de tempestades e relâmpagos. Uma panela de pressão. É difícil imaginar uma solução positiva em curto prazo", disse Habib, que é egípcio naturalizado brasileiro e foi pró-reitor e coordenador de Relações Internacionais da Unicamp.

TEXTO 4 – A questão Síria.
A Síria tem um regime político muito específico, é estratégica para alguns países, e preocupa o mundo todo com a questão das armas químicas.
Bashar al-Assad, atual presidente da Síria, assumiu o posto em 2000, pouco após a morte de seu pai, Hafez al-Assad, que governava o país até então. Apesar de passar de pai para filho, o regime não é uma monarquia como acontece em países como a Arábia Saudita, mas uma ditadura.
Conforme explica Heni Ozi Cukier, professor de resolução de conflitos internacionais da ESPM, o plano era criar uma espécie de dinastia em meio a um regime ditatorial. “É o mesmo plano que havia no Egito, que só não se realizou", explica. Embora não fosse oficial, Gamal Mubarak, filho do então presidente do Egito, passou anos sendo apontado como o possível sucessor do pai no governo daquele país.
Outro ponto importante sobre o governo do país é que ele é formado pela minoria étnico-religiosa da Síria. Isso só é possível por meio da construção de alianças, conforme explica o professor Cukier. O governo é composto principalmente por alauítas, uma corrente do islamismo. Embora o foco dos alauítas seja na Síria, eles são uma das minorias no país e respondem por 12% da população, segundo dados coletados pela empresa de informações Insight Geopolitico.
Para conseguir formar esse governo é preciso uma coalizão e, nesse sentido, há uma boa distribuição de cargos entre outras minorias, como explica Cukier. Não é a primeira vez que isso acontece na região. Saddam Hussein, que por anos ficou no poder no Iraque, era sunita (outro braço do islamismo), enquanto a maioria no país era xiita, a corrente oposta.
Como a maioria só tem o poder por meio de alianças, qualquer deserção pode enfraquecer fortemente o regime. E isso está acontecendo na Síria agora. O governo da Síria pode estar perdendo o apoio entre as minorias, mas o país, por questões estratégicas, ainda tem dois importantes apoiadores: China e Rússia.
Os países já exerceram pela terceira vez seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU ao votarem contra um projeto que ameaça impor sanções ao governo do presidente Assad.
O interesse em ficar ‘ao lado’ da Síria é bem estratégico. Da parte da Rússia, por exemplo, tem a questão de que o país é um importante comprador de seu armamento, embora tenha congelado recentemente a venda de novas armas.
Conforme explica o professor da ESPM, há ainda interesse da Rússia no porto de Tartus, na Síria. Ele é estratégico para o país pois não congela, o que é uma raridade na região.
Além disso, existem questões menos ligadas ao poder comercial. A Rússia tem tradição em se opor ao ocidente, enquanto a China defende sempre a soberania nacional e não tem interesse nenhum em abrir precedentes.

TEXTO 5 – Algumas imagens
  




TEXTO 6 – Seis perguntas sobre a crise de imigração na Europa
De acordo com dados da ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 2,5 mil imigrantes se afogaram no mar Mediterrâneo neste ano vítimas dos muitos barcos superlotados que tentam chegar à costa da Itália e da Grécia. O fluxo de pessoas desesperadas que parte da Síria e do norte da África na tentativa de alcançar a Europa já é muito maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Números recentes mostram que milhares de pessoas estão usando uma rota perigosa através dos Bálcãs para chegar à Alemanha e a outros países do norte da União Europeia (UE). Na última semana, novas tragédias voltaram a expor ao mundo a gravidade do problema.
Confira algumas questões-chave para entender a crise:
Quantas pessoas estão migrando?
Mais de 300 mil imigrantes já arriscaram suas vidas tentando atravessar o Mediterrâneo neste ano, segundo as Nações Unidas. Em todo o ano passado, foram 219 mil pessoas.
Cerca de 200 mil pessoas desembarcaram na Grécia desde janeiro, enquanto outras 110 mil chegaram à Itália.
De onde eles vêm?
O maior grupo de imigrantes é de sírios, que fogem da violenta guerra civil em curso no país.
Afegãos e eritreus vêm em seguida, geralmente tentando escapar da pobreza e de violações aos direitos humanos.
Os grupos originários da Nigéria e do Kosovo também são grandes – pobres e marginalizados integrantes do povo romà (cigano) são boa parte dos imigrantes vindos do último país.
Para onde eles vão depois?
País da União Europeia que mais recebe pedidos de asilo, a Alemanha espera a chegada de cerca de 800 mil refugiados neste ano.
Rastreamentos recentes mostram milhares de pessoas tentando alcançar a Alemanha e outros países da UE por meio da Grécia e pelo oeste dos Bálcãs. Espera-se que cerca de 3 mil pessoas atravessem a Macedônia todos os dias nos próximos meses, segundo a ONU.
Muitos então chegam à Sérvia, que diz já ter registrado a presença de 90 mil imigrantes neste ano. Eles seguem para a Hungria e outros países signatários Tratado de Schengen, entre os quais é mais fácil cruzar fronteiras sem ter de mostrar um passaporte ou outro documento.
O que os políticos estão fazendo?
Depois de muita discussão, em abril os líderes da União Europeia concordaram em triplicar o financiamento da operação Triton para cerca de 120 milhões de euros (cerca de R$ 480 mil)
No entanto, a Frontex afirmou neste mês que não recebeu a ajuda prometida pelos países-membros da UE para socorrer a Grécia e a Hungria.
No ano passado, a Itália pôs fim à sua missão de procura e resgate, chamada Mare Nostrum (do latim “Nosso Mar”) após alguns países do bloco – incluindo o Reino Unido – afirmarem não ter como mantê-la financeiramente. Essa decisão foi duramente criticada por grupos de direitos humanos.
Imigrantes em navio belga.
Os países da UE estão fazendo uma divisão justa?
Há anos a União Europeia tem tentado acordar uma política de asilo. Algo difícil quando se tem 28 Estados-membros, cada um com suas forças policiais e judiciárias.
Defender os direitos dos imigrantes pobres está difícil em um ambiente econômico sombrio. Muitos europeus estão desempregados e temem a concorrência com os trabalhadores estrangeiros, e os países da União Europeia não se entendem sobre como dividir o problema dos refugiados.
Como os imigrantes obtêm asilo na União Europeia?
Eles devem provar às autoridades que são alvo de perseguição e poderiam ser feridos ou até mesmo mortos se devolvidos para seu país de origem. De acordo com as regras da União Europeia, pessoas em busca de asilo têm direito a alimentação, a primeiros socorros e a serem abrigadas em um centro de recepção. Também deve ter suas necessidades avaliadas individualmente.
As autoridades podem conceder o asilo em primeira instância. Se isso não ocorre, o solicitante pode apelar contra a decisão na Justiça, com chances de ganhar.
A pessoa em busca de asilo deve receber o direito de trabalhar em até nove meses após sua chegada.



Alguns Videos
O Estado Islâmico - Canal Livre

Conheça o EI - Globo News


A Primavera Árabe - TV Cultura

A Questão Siria

Onda migratória na Europa


Algumas Charges









Algumas Questões
Primavera Árabe
Questão 1
Os protestos nessa revolução iniciaram-se em janeiro de 2011, com o objetivo de derrubar o então ditador Hosni Mubarak, o que foi concretizado em menos de um mês. Os rebeldes foram profundamente influenciados por outra revolução realizada em um país próximo, que derrubou o então ditador Zine El Abidini Ben Ali, que se encontrava há 24 anos no poder.

As revoluções a que o texto se refere são, respectivamente:
a) Revolução dos Clérigos, em Bangladesh, e a Revolução dos Trópicos, na China.
b) Revolução de Independência da Bósnia e a Revolta Militar Sérvia.
c) Revolução de Lótus, no Egito, e Revolução de Jasmim, na Tunísia.
d) Revolução da Síria e Revolução Iraniana.

Questão 2
Assinale a alternativa com o nome da primeira das revoltas que marcaram a Primavera Árabe.
a) Revolução árabe
b) Revolução de Lótus
c) Revolução Líbia
d) Revolução de Jasmim
e) Revolução Palestina

Questão 3
"Primavera Árabe" precisa ser aposentada
Eu acho que agora é oficial: a "Primavera Árabe" precisa ser aposentada. Não tem nada de primaveril acontecendo por lá. O mais amplo, mas ainda vagamente esperançoso, "Despertar Árabe" também já não parece válido, considerando-se tudo o que já foi despertado. E, por isso, o estrategista Anthony Cordesman provavelmente está certo quando afirma que atualmente é melhor falar da "Década Árabe" ou do "Quarto de Século Árabe" – um longo período de instabilidade intranacional e intrarregional, durante o qual a luta tanto pelo futuro do Islã quanto pelo futuro de cada país árabe se misturou em um "choque dentro de uma civilização" [...].
FRIEDMAN, Thomas L. "Primavera Árabe" precisa ser aposentada. Uol Notícias, 13/04/2013. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/thomas-friedman/2013/04/13/primavera-arabe-precisa-ser-aposentada.htm
De acordo com a leitura do texto e com os seus conhecimentos sobre o que se denominou por “Primavera Árabe”, assinale a alternativa incorreta:
a) O autor defende a ideia de que a expressão “Primavera Árabe” não é suficiente para designar as sucessivas revoltas populares no Oriente Médio em razão do caráter duradouro desses movimentos, que se estendem por mais tempo do que uma simples estação do ano.
b) A escolha do autor pela expressão “Década Árabe” se deve ao fato de as revoluções da Primavera Árabe já terem completado dez anos de existência.
c) Ao contrário do que ocorre na Tunísia e no Egito, as revoluções na Líbia e na Síria caracterizam-se pelo confronto militar entre tropas leais aos regimes e os povos rebeldes.
d) Nem todas as revoluções da Primavera Árabe desejam a deposição dos governantes, a exemplo da população do Marrocos, que defende apenas a diminuição dos plenos poderes do Rei Mohammed VI.
e) Percebe-se no texto que o autor preconiza a ideia de que a duração das sucessivas revoluções árabes pode ser maior do que a comunidade internacional imaginava.

Questão 4
(Enem - 2011)
No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais — como o Facebook e o Twitter — ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.
SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. IstoÉ Internacional. 2 mar. 2011 (adaptado).
Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes:
a) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
b) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
c) manter o distanciamento necessário à sua segurança.
d) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.
e) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.

Questão 5
Relacione as colunas, ligando os ditadores que foram alvos das revoluções da Primavera Árabe aos seus respectivos países.
(1) Muammar Kadhafi.
(2) Hosni Mubarak
(3) Ali Abdullah Saleh
(4) Bashar al-Assad
(5) Zine El Abidini Ben Ali.

(  ) Iêmen
(  ) Tunísia
(  ) Líbia
(  ) Egito
(  ) Síria

Respostas
Resposta Questão 1
Os primeiros protestos, que visaram à derrubada de Hosni Mubarak, referem-se à Revolução de Lótus, também chamada de “Dias de Fúria”, que ocorreu no Egito após a influência da também bem-sucedida Revolução de Jasmim, na Tunísia, concluída um mês antes.
Letra C.

Resposta Questão 2
A primeira revolução que desencadeou as sequências de eventos que deflagraram a Primavera Árabe ocorreu na Tunísia e recebeu o nome de Revolução de Jasmim.
Portanto, letra d.

Resposta Questão 3
a) Correta – A ideia de “primavera” se faz em razão da rápida duração e conclusão de uma determinada ação. No caso da “Primavera Árabe”, o período de duração com certeza é maior e, por isso, outra expressão deve ser escolhida para designar as ondas de protestos e revoluções que marcam o mundo árabe.
b) Incorreta – As revoluções árabes ainda não completaram 10 anos de existência. A preferência pela expressão “Década Árabe” se faz pelo fato de tais revoluções serem características da década de 2010.
c) Correta – Tanto a revolução na Líbia, que derrubou o ditador Muammar Kadhafi, quanto a onda de protestos na Síria, que luta pela deposição de Bashar al-Assad, foram marcadas pela ampla repressão do governo e os consequentes conflitos armados nesses países.
d) Correta – Assim como em outros países, não há a exigência da derrocada do líder de Estado, mas a diminuição de seus plenos poderes.
e) Correta – O autor enfatiza que as revoluções andam “vagarosamente” e que, portanto, não podem ser denominadas através das expressões “primavera” e “despertar”, pois tais nomes referem-se a movimentos mais rápidos e passageiros, o que não é o caso.

Resposta Questão 4
Alternativa E
Foi por meio das redes sociais que as principais mobilizações se manifestaram. A população jovem, insatisfeita com as condições e características dos regimes ditatoriais, organizaram-se utilizando instrumentos de sites como o Twitter e o Facebook para difundir as suas insatisfações, marcar datas e organizar os protestos que culminaram na derrocada das ditaduras na Tunísia e no Egito.

Resposta Questão 5
Sequência correta:
(3)
(5)
(1)
(2)
(4)

Fonte: http://exercicios.brasilescola.com/exercicios-geografia/exercicios-sobre-primavera-Arabe.htm

Questões sobre o Estado Islâmico
1. O Estado Islâmico aspira tomar o controle de muitas regiões de maioria islâmica, a começar pelo território da região do Levante, que inclui, exceto:
a) Jordânia
b) Israel
c) Palestina
d) Irã
e) Líbano

2. O Estado Islâmico:
a) é um grupo jihadista no Oriente Médio
b) é um Estado da província da Turquia
c) é um grupo cristã de Israel
d) é um grupo muçulmano do Líbano
e) é um grupo terrorista do Ocidente

3. São grupos terroristas sunitas insurgentes, exceto:
a) Al-Qaeda
b) Conselho Shura Mujahideen
c) Estado Islâmico
d) Jeish al-talifa
e) Saddam russem

4. Um califado foi proclamado em 29 de junho de 2014, Abu Bakr al-Baghdadi foi nomeado como seu califa e o grupo passou a se chamar:
a) Guerrilheiros do Oriente
b) Estado Islâmico
c) Al-Qaeda
d) Ataqye Abu
e) Ala Abu Bakr

5. O Estado Islâmico obriga as pessoas que vivem nas áreas que controla a se converterem:
a) ao cristianismo
b) ao budismo
c) ao islamismo
d) ao hinduísmo
e) ao judaísmo

6. Leia:
I. O Estado Islâmico tem atualmente ligações estreitas com a Al-Qaeda.
II. Aqueles que se recusam a seguir a religião do Estado Islâmico podem sofrer torturas e mutilações, ou serem condenados a pena de morte.
III. O Estado Islâmico cresceu significativamente pela sua participação na Guerra Civil Síria e ao seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi.
a) apenas a I está correta
b) a I e a II estão corretas
c) a I, a II e a III estão corretas
d) a II e a III estão corretas
e) Nenhuma está correta.

7. É considerada a instituição religiosa mais prestigiada do islã sunita:
a) Cristã-judaico
b) Al-Qeada
c) Al-Azhar
d) Estado Islâmico
e) Ala-islã

Gabarito com as respostas do simulado com questões sobre o Estado Islâmico:

1.d - 2.a - 3.e - 4.b - 5.c - 6.d - 7.c







domingo, 20 de setembro de 2015

Aula 24/2015 - EUA e CUBA



Material da aula

TEXTO 1 – Fato motivador
O chefe de negócios da embaixada de Cuba nos Estados Unidos, José Cabañas, entregou nesta quinta-feira suas cartas credenciais como embaixador ao presidente americano, Barack Obama, o que significa mais um passo na normalização das relações bilaterais.
Com o ato, Cabañas se torna o primeiro embaixador cubano em Washington desde Ernesto Dihigo López de Trigo, que foi retirado da missão para conversas indefinidas em novembro de 1959, menos de dois anos antes da ruptura de relações em 1961.
Obama recebeu as cartas credenciais de Cabañas e do novo embaixador do México nos EUA, Miguel Basáñez, junto às de outros 14 novos chefes de missão em Washington, segundo informou a Casa Branca em comunicado.
O novo embaixador cubano foi chefe do Escritório de Interesses de Cuba em Washington desde 2012 e, em 20 de julho, com a normalização das relações diplomáticas, se tornou encarregado de negócios da embaixada.
"O credenciamento do embaixador de Cuba nos Estados Unidos é outro passo do processo rumo à normalização das relações entre ambos os países", afirmou a embaixada de Cuba em comunicado.

TEXTO 2 – Cinco pontos para prestar atenção na visita do papa a Cuba
àReaproximação com os Estados Unidos
Os governos de Cuba e dos Estados Unidos disseram que Francisco foi crucial na reaproximação que levou à retomada das relações diplomáticas entre os dois países.
àPresos cubanos
Um dos pontos mais sensíveis na relação entre a Igreja Católica e Cuba é a questão dos presidiários cubanos. Representantes da igreja e de organizações de direitos humanos criticam Cuba pelas condições de suas prisões e o tamanho de sua população carcerária.
àAbertura econômica
Em célebre discurso durante a primeira viagem de um pontífice a Cuba, em 1998, o papa João Paulo 2º pediu que Cuba se abrisse ao mundo e que o mundo se abrisse a Cuba.
àAbertura política
Segundo o bispo auxiliar da capital cubana, Juan de Dios Hernandez, Francisco tem crédito de sobra com o governo cubano para abordar mesmo os temas mais delicados. Um deles poderá ser a sucessão do presidente Raúl Castro, no poder desde 2008 e que assumiu após quase cinco décadas de governo do seu irmão Fidel.
àSincretismo
"Embora sejam muito religiosos, os cubanos não são propriamente católicos", diz o teólogo brasileiro Frei Betto.
Ele afirma que grande parte da população cubana se identifica com o papa e a Igreja Católica, mas pratica uma fé com muitas influências africanas, que tem na santería sua principal expressão.

TEXTO 3 – A revolução cubana
Causas da Revolução Cubana
Sob o comando do intelectual José Martino, Cuba foi uma das últimas nações do continente americano a virem a se tornar independentes.  Para que isso ocorresse, ela contou com o apoio das tropas norte-americanas, o que de certa forma, acabou formando um tipo de parceria entre as nações, criando um laço político, que para os Estados Unidos, era muito proveitoso, já que o país tinha um grande interesse na ilha que se localizava bem no centro das Américas.
O início do movimento revolucionário
Fulgêncio tinha um grande opositor que não era partidário de seu jeito capitalista de governar. Fidel Castro, um socialista, sonhava em derrubar o governante do poder e ainda acabar com toda a influência que os Estados Unidos possuíam na ilha. Enquanto estava exilado no México ele conseguiu organizar um grupo de guerrilheiros que iriam por início a seus planos de tomar o governo de Cuba.
Fidel Castro toma o poder
Depois de já terem dominado diversas cidades, Fidel Castro acompanhado de seus revolucionários tomaram o poder de Cuba, em janeiro de 1959, fazendo com que Fulgêncio Batista e muitos outros integrantes do governo fugissem da ilha.
As principais consequências da revolução
Nacionalização de bancos e empresas;
Reforma agrária;
Reformas nos sistemas de educação e saúde.
A partir de então Cuba tornou-se uma nação socialista. O Partido Comunista de Fidel não deixava que nenhum outro partido tentasse fazer qualquer tipo de oposição.
Fonte:     http://www.estudopratico.com.br/revolucao-cubana-causas-e-consequencias/


TEXTO 4 – O embargo em imagens
                                               https://bolaearte.files.wordpress.com/2013/02/charge-latuff-yoani.jpg


TEXTO 5 – Crise dos Balseros e migrações recentes
Por mais que se diga que houve avanços e mudanças importantes nos últimos tempos, Cuba continua a ser Cuba. Meio século de feroz ditadura comunista deveria ser suficiente para acabar com qualquer ilusão de flexibilização voluntária de um regime como o dos irmãos Castro. Somente os incautos, ou aqueles que ainda nutrem simpatias ideológicas por uma tirania que um dia foi apresentada como a "libertação da América Latina", são capazes de ver, na "transição" promovida por Raúl Castro, sinais de avanço democrático e de racionalidade econômica.
Cuba é, na verdade, um país que agoniza, e as "mudanças" nada mais são do que uma demão de tinta na carcomida muralha erguida para esconder as verdadeiras condições dessa Ilha da Fantasia. Enquanto os gerontocratas castristas vão encenando sua farsa, milhares de cubanos abandonaram o país nos últimos tempos, no maior êxodo em 20 anos.
Dados do Escritório Nacional de Estatística e Informação de Cuba, publicados pelo jornal O Globo (1/8), indicam que 46.662 cubanos saíram definitivamente do país somente no ano passado. É o maior número desde a chamada "crise dos balseros" de 1994, quando Fidel Castro abriu as fronteiras de Cuba para revidar as medidas tomadas pelo governo americano contra a entrada de imigrantes ilegais cubanos. Na ocasião, cerca de 47 mil cubanos fugiram para os Estados Unidos, a maioria em frágeis balsas improvisadas.
O movimento verificado agora, no entanto, é cada vez menos atípico. Segundo o próprio órgão cubano, 39 mil cidadãos deixaram anualmente o país, em média, nos últimos cinco anos, fluxo que só encontra paralelo com os primeiros anos da revolução ­ com exceção de 1980, quando mais de 140 mil cubanos fugiram para os Estados Unidos em meio a uma grave crise econômica.
O movimento migratório, no entanto, parece irresistível, acentuando uma crise demográfica que ameaça o futuro imediato da ilha. A maior parte dos migrantes dos últimos anos é formada por jovens, segundo sugere o próprio escritório cubano de estatísticas, conforme publicou o jornal oficial Granma. Com eufemismos característicos das ditaduras, o órgão alerta para o acelerado envelhecimento da população, causado, entre outros fatores, pelo incremento da "migração externa", ressaltando que a "maior tendência" é o êxodo "entre os jovens". O governo cubano, diz o Granma, estima que essa situação irá perdurar ao menos até 2020, com consequências dramáticas.

TEXTO 6 – Blogueira cubana Yoani Sánchez diz que marido foi solto em Havana
A blogueira cubana de oposição Yoani Sánchez disse que seu marido foi libertado pelas autoridades durante a noite, mas que vários dissidentes ainda estão sob custódia, um dia depois que foram presos, um movimento condenado pelos Estados Unidos.
As detenções na capital cubana foram a repressão mais significativa à oposição na ilha comunista desde que Havana e Washington concordaram em 17 de dezembro em restabelecer os laços diplomáticos e encerrar mais de 50 anos de hostilidade. Yoani, que disse que seu marido Reinaldo Escobar tinha sido levado algemado junto a outro ativista, afirmou que ele voltou para casa durante a noite. Ela agradeceu aos simpatizantes pelo apoio, mas disse que vários dissidentes ainda estavam presos.
Cerca de 12 ativistas foram levados por agentes da polícia, enquanto outros foram orientados a não sair de suas casas, disse Elizardo Sánchez, líder de uma comissão de direitos humanos dissidente que monitora essas detenções.
A atitude das autoridades cubanas na terça-feira ocorreu antes de um evento aberto na Praça da Revolução, na capital, em que os ativistas falariam em microfones sobre suas visões de Cuba.

TEXTO 7 – Fim do embargo, uma visão de esquerda
Os anúncios de 17 de dezembro do ano passado, em discursos de Raul Castro e Barack Obama, são uma grande vitória da resistência determinada do povo cubano. Para tentar superar os quase 54 anos de rompimento de relações diplomáticas, depois de 18 meses de negociações intermediadas pelo Vaticano e pelo Canadá.
Depois de 52 anos de bloqueio, o anúncio de que seu fim pode estar próximo, e o reconhecimento do imperialismo estadunidense de que a estratégia de bloqueio não deu o resultado esperado e está superada, são as evidências da vitória histórica de Cuba, que os povos de todo o mundo comemoram junto com os cubanos. A luta anti-imperialista e a perspectiva socialista se fortalecem, na América Latina e no mundo, com essa extraordinária conquista do povo cubano.
Entretanto, as vitórias de Cuba são parciais. E além do fim do bloqueio, que não será uma questão de fácil nem de rápida resolução, há outros temas referentes à soberania de Cuba que precisam ser equacionados. Se os EUA querem normalizar as relações diplomáticas, devem respeitar a soberania de Cuba, devem retirar Cuba da sua lista de países que patrocinam o terrorismo, devem cessar as atividades militares e abandonar de uma vez por todas o território que ocupam em Guantánamo – onde há uma base militar naval estadunidense e uma prisão para supostos terroristas –, e cancelar as agressões no campo das comunicações, entre elas as transmissões ilegais de rádio e televisão para Cuba, o que os cubanos chamam com razão de “terrorismo midiático”.
Há muitas outras razões que levam a essa alteração na política dos EUA para a região, e entre as mais importantes estão:
As mudanças na relação de forças no mundo;
O novo contexto político latino-americano e caribenho;
A resistência de Cuba, a unidade de seu povo, a resiliência do regime socialista, e a solidariedade internacionalista;
As mudanças políticas e demográficas internas nos EUA.

TEXTO 8 – Mais algumas imagens

  



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DOCUMENTÁRIO SOBRE FIDEL CASTRO

REPÓRTER RECORD


Mapa Conceitual sobre o tema:




Questões sobre a Revolução cubana

1) (FGV/2011)  A Revolução Cubana, vitoriosa em 1959, teve como principal característica: A) A mobilização popular por meio de manifestações de massas e a organização de seguidas greves gerais que interromperam as atividades econômicas de Cuba.
B) A prática do “foquismo”, com grupos armados que se dedicavam à luta armada caracterizada pela tática de guerrilhas.
C) A mobilização internacional por meio de campanhas que denunciavam o desrespeito aos direitos humanos por parte do governo cubano.
D) A intervenção soviética, que enviou tropas de apoio aos revolucionários e bombardeou bases do governo cubano.
E) A vitória eleitoral dos revolucionários no pleito de 1958 e a gradativa implementação de medidas socializantes por Fidel Castro.

2) No século XVIII surgiram os primeiros descontentamentos com a política colonial espanhola na ilha de Cuba, principalmente com a imposição do monopólio comercial do tabaco pela metrópole a partir de 1716. A reação ao monopólio comercial se deu através de uma revolta, conhecida como:

A) Revolução cubana.
B) Insurreição dos Vergueiros.
C) República em Armas.
D) Guerra dos Dez anos.
E) Revolução chilena.

3) (UFPR) A Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro, estimulou a intelectualidade de esquerda na
América Latina na busca por um futuro melhor para os povos latino-americanos.
Em relação à Revolução Cubana, é CORRETO afirmar que:

01. a tomada do palácio La Moneda deu início ao processo revolucionário em Cuba.
02. contou com a participação decisiva do grupo guerrilheiro de inspiração marxista chamado Sendero Luminoso.
04. no processo da Revolução, o governo corrupto e repressivo de Fulgêncio Batista foi derrubado do poder por meio de um golpe apoiado pelos EUA.
08. na década de 1950, a economia cubana, controlada por capital norte-americano, baseava-se fundamentalmente na produção de açúcar.
16. com a vitória da Revolução, empresas foram estatizadas e as propriedades rurais submetidas à reforma agrária. Em represália, os EUA suspenderam a compra do açúcar cubano, criando dificuldades econômicas e forçando Cuba a se aproximar da URSS.
32. teve início em 1959 e o seu significado para a América Latina equivale ao significado que a Revolução Russa (1917) teve para a Europa e a Revolução japonesa (1949) para a Ásia.

4) (UEG - 2010) Na década de 1960, as Américas foram sacudidas por um verdadeiro furacão: a Revolução Cubana. Iniciada em 1959, devastou as estruturas políticas até então existentes. Figuras como Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Che Guevara tornaram-se ícones da juventude do período e foram "imitados" por jovens de todo o mundo que buscavam contestar os regimes políticos e o poder tradicional.

Tendo isso em conta, Cite duas causas que expliquem a Revolução Cubana.

5) Quem foi Fulgêncio Batista?

A) Mártir da luta pela Independência de Cuba, inspiração dos revolucionários cubanos.
B) Pai de Fidel Castro.
C) Presidente cubano apoiado pelos Estados Unidos, expulso pelos revolucionários.
D) Líder da Cooperativa de Plantadores de Cana de Açúcar de Cuba.
E) Abolicionista cubano.


6) Qual foi o apoio dado pela União Soviética aos revolucionários até a conquista de Havana?

a) financeiro
b) militar
c) moral
d) nenhum.

7) O governo revolucionário em Cuba foi instalado em 1959. Quais foram os primeiros cargos exercidos por Fidel Castro e Che Guevara, respectivamente?

A) Primeiro Ministro de Cuba e Diretor do Instituto Nacional da Reforma Agrária.
B) Ditador e chefe do exército.
C) Ditador e Ministro de Cuba
D) Primeiro ministro de Cuba e chefe do exército.

8) (UFF, 1999) "A Revolução Cubana era tudo: romance, heroísmo nas montanhas, ex-líderes com a desprendida generosidade de sua juventude - os mais velhos mal tinham passado dos 30 -, um povo exultante, num paraíso turístico tropical, pulsando com os ritmos da rumba" ( HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos. SP, Cia das Letras, 1995, p. 427). O resultado da Revolução Cubana foi a organização de um estado comunista na América Latina, desafiando a política de domínio norte-americana. Essa nova realidade determinou o estabelecimento de relações entre Cuba e os demais países latino-americanos que tomaram caminhos e perfis diferenciados. A partir das relações entre Cuba e outros países latino-americanos analise as afirmativas: 

I. " O Brasil reatou relações diplomáticas com Cuba em 1986, estabelecendo-se um ponto de partida para vários acordos comerciais e culturais entre os dois países. 
II. O Movimento Sendero Luminoso, em El Salvadcr, sofreu influências profundas da Revolução Cubana. III. Influenciada pela experiência cubana, a guerrilha paraguaia da década de 70 foi liderada por Alfredo Stroessner. 
IV. A experiência socialista de Allende, no Chile, na década de 50, influenciou positivamente a Revolução Cubana. V. A Frente Sandinista de Libertação Nacional, na Nicarágua, inspirou-se, em parte, na experiência cubana. As afirmativas que estão corretas são as indicadas por:

A) II, IV e V
B) II e III
C) I, II e IV
D) I e II
E) I e IV

9) Quais eram os slogans que resumiam as idéias revolucionárias de Fidel castro, ao atingir o poder?

a) 'Estamos vivos' e 'Não passarão!'
b) 'Reforma agrária já e 'Não passarão!'
c) 'Reforma agrária já e 'Viva a Revolução'
d) 'Estamos vivos' e 'Viva a Revolução'

10) “(...) Fidel se beneficiou da Guerra Fria e vendeu a importância geopoIítica de Cuba à União Soviética, em troca de generosos subsídios. Cuba é muito mais importante no mundo como um símbolo. E ela é um símbolo por causa de Fidel. Sem Fidel, o regime cubano perde o símbolo da vanguarda do comunismo internacional ou, ao menos, do anti-imperialismo, especialmente do antiamericanismo. A Revolução Cubana nunca se viu como uma mudança de governo em Cuba apenas. A atuação de Ernesto Che Guevara na África e na América do Sul era parte da mística em torno dos combatentes de Sierra Maestra. Para a América Latina, especificamente, Fidel foi o ícone das mudanças que organizações de esquerda do Continente inteiro buscavam.”

(Revista Época, fevereiro de 2008)

A saída de Fidel Castro da liderança do governo reacendeu o debate acerca da controvertida História Cubana.
  A respeito do tema, considere as afirmações abaixo.

I. Cuba foi um palco importante na disputa entre os EUA e a ex-URSS, com destaque para a ‘Crise dos Mísseis’, em 1962, quando o mundo esteve à beira de um confronto nuclear.
II. A Revolução Cubana inspirou movimentos de esquerda na América Latina, a partir da década de 1960, sendo adotada como modelo para os grupos guerrilheiros pró-socialistas, a exemplo da Guerrilha do Araguaia, no Brasil.
III. Para superar a crise vivida por Cuba desde o fim da URSS, o país busca ampliar suas relações econômico-comerciais, sobretudo na América Latina, destacando-se sua aproximação com a Venezuela de Hugo Chávez.

Dessa forma,

A) apenas as afirmações I e II estão corretas.
B) apenas as afirmações II e III estão corretas.
C) apenas as afirmações I e III estão corretas.
D) apenas a afirmação III está correta.
E) todas as afirmações estão corretas.

Gabarito:

1) B  2) B  3) 08 + 16 = 24   5) C  6) A  7) A  8) E   9) B  10) E




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