domingo, 25 de setembro de 2016

Aula 22/2016 - Coréia do Norte, uma ameaça?



Material da aula

TEXTO 1 – Fato motivador – Teste nuclear como garantia da paz move discurso da Coreia do Norte
"Não queremos a guerra, quem quer a guerra catastrófica? Mas não temos medo da guerra", diz com voz calma e modos gentis a professora norte­coreana de filosofia Ri Jong Hwa, 50. "Dizemos que estamos prontos para a guerra e para a paz." Ri, que atuou como intérprete da Folha durante a estada de uma semana no país, até a última terça­feira (20), afirma estar pronta ideologicamente para defender sua nação em caso de ameaça: "Apesar da minha idade, até eu estou preparada para combater o inimigo".
O discurso oficial, repetido sem variações, é que, como teria sido demonstrado pelo quinto teste nuclear da Coreia do Norte, realizado no dia 9 deste mês sob críticas da comunidade internacional, o país se colocou em equilíbrio de forças com nações ditas "imperialistas". Só assim, argumenta o regime, é possível garantir a paz na península coreana, dividida desde a década de 1940 e que estaria sob constante ameaça externa. Segundo o regime, a bomba teve seu tamanho reduzido e seu alcance potencializado.
"Nosso país tem forças militares poderosas, então o destino do nosso povo está garantido, e eles vivem uma vida pacífica e estável. Eu mesmo vivo uma vida pacífica e estável", afirma Kim Chang Gyong, professor da Faculdade de Ciências Sociais em Pyongyang e integrante da Kass (associação coreana de cientistas sociais).
O trauma vivido pelo país durante o domínio japonês (1910­1945) é revisitado com frequência na construção da ideologia militarista, reforçado diariamente pela TV, pelos filmes nacionais e por grandes monumentos. Nesse período, a cultura coreana foi marginalizada e a economia funcionava em benefício do regime imperial em Tóquio.

TEXTO 2 – Guerra da Coréia, onde tudo começou
A guerra da Coreia foi um conflito militar que ocorreu entre os anos de 1950 a 1953. Tendo de um lado a Coreia do Norte apoiada pela China, e do outro, a Coreia do Sul, com apoio dos Estados Unidos (EUA) e as forças das Nações Unidas.
Até 1945 a Coreia era um território de domínio japonês, quando o Japão foi derrotado na Segunda Guerra Mundial e assinou a sua rendição, os EUA e a ex-URSS naquele momento as principais nações mundiais, concederam então autonomia e soberania aos coreanos e a Coreia.
A Coreia é separada pelo paralelo 38°, como ficou estabelecido na Conferência de Potsdam. Esta demarcação divide a Coreia em dois sistemas políticos opostos:  Coreia do Sul (República da Coreia), capitalista por influência dos EUA, e Coreia do Norte (República Popular Democrática da Coreia), comunista, apoiada pela União Soviética.
Os dois governos reivindicam o poder sobre a totalidade do território coreano, o que torna a área de fronteira uma região de crise e incidentes.
Em 25 de junho de 1950, depois de inúmeras tentativas para derrubar o governo do sul, tropas da Coréia do Norte, a pretexto de violação do paralelo 38º, realizam um ataque surpresa, invadem o sul e tomam a capital Seul em uma  tentativa de unificar o país sob o regime comunista.
As Nações Unidas desaprovam o ataque, declara a República Popular agressora e envia tropas militares, lideradas pelo general americano Douglas MacArthur, para ajudar a Coreia do Sul a afastar os invasores.
Em 15 de setembro as forças militares da ONU, compostas quase totalmente de soldados dos EUA, iniciam, então, uma contra-ofensiva em Inchon para retomar a costa oeste, ocupada pelo exército norte-coreano.
Os combates são violentos e as tropas da ONU avançam pelo território da Coréia do Norte. Em outubro, os norte-coreanos são empurrados de volta para o rio Yalu, aproximando-se da fronteira chinesa. A China então, sentindo-se ameaçada envia o seu  exército para ajudar a Coréia do Norte. Com este auxílio, as forças militares das Nações Unidas são expulsas e retornam para a Coreia do Sul e, em 4 de janeiro de 1951, os chineses conquistam Seul, capital da Coréia do Sul.
Entre fevereiro e março do ano seguinte, uma nova ofensiva norte-americana, empurra as tropas chinesas e norte-coreanas de volta ao paralelo 38º. A partir disso, as posições permanecem inalteradas, prolongando esta guerra por mais dois anos, com muitas mortes dos dois lados.  Ao longo de quase três anos, um sangrento  combate entre irmãos mancha a história de uma das culturas mais notáveis da Ásia.
A paz chega somente com o Armistício de Panmunjom, assinado em 27 de julho de 1953. O acordo mantém a fronteira definida em 1948 e constitui uma zona desmilitarizada entre as duas Coréias. O conflito, no entanto, continua sem solução definitiva, e a tensão permanece, com ameaças constantes pairando no ar entre os dois países até hoje.

TEXTO 3 – A Coréia do Norte é louca?
A Coreia do Norte é irracional? Ou só finge ser? Ameaças de guerra, ataques ocasionais contra a Coreia do Sul, líderes excêntricos e propaganda exagerada são alguns dos motivos dados pela Coreia do Norte para suscitar essas perguntas.
Com o avanço de seu programa nuclear e de mísseis, com um quinto teste nuclear na semana passada, essa preocupação se tornou mais urgente. Mas cientistas políticos vêm repetidamente considerando essa questão e, na maioria das ocasiões, chegam à mesma resposta: o comportamento da Coreia do Norte, longe de insano, é completamente racional. A beligerância que o país exibe, concluem, parece calculada para manter no poder um governo fraco e isolado que de outra forma sucumbiria às forças da História. Suas provocações geram tremendo perigo, mas evitam o que Pyongyang vê como ameaça ainda maior: uma invasão ou colapso.
O cientista Denny Roy escreveu em 1994, em um artigo acadêmico que continua a ser citado, que a reputação do país como "Estado louco" "insensatamente violento" havia "funcionado em benefício da Coreia do Norte", bloqueando as ações de inimigos mais poderosos. Mas essa imagem, ele concluía, era "em larga medida um produto de incompreensão e propaganda".
De muitas maneiras, isso é mais perigoso do que a irracionalidade. Embora o país não deseje guerra, seu cálculo estratégico o leva a cultivar o risco constante de um conflito –e a se preparar para evitar uma derrota, caso a guerra aconteça, potencialmente pelo uso de armas nucleares. Esse é um perigo mais sutil, mas ainda assim grave.
Por que os analistas acreditam que a Coreia do Norte é racional? Quando os analistas políticos definem um Estado como racional, não estão dizendo que seus líderes sempre tomam as melhores decisões, ou decisões moralmente corretas, ou que eles representem exemplos de estabilidade mental. Em lugar disso, estão afirmando que o Estado se comporta de acordo com aquilo que vê como seus interesses, o primeiro dos quais é a autopreservação. Quando um Estado é racional, ele nem sempre encontrará sucesso em termos de agir de acordo com seus melhores interesses, ou de equilibrar metas de curto e de longo prazo, mas pelo menos tentará fazê­lo. Isso permite que o mundo direcione os incentivos de um Estado, conduzindo­o na direção desejada.
Estados são irracionais quando não seguem seu autointeresse. Na forma "forte" de irracionalidade, os líderes são tão lunáticos que se mostram incapazes de determinar quais são seus interesses. Na versão "branda", fatores domésticos tais como o zelo ideológico ou disputas internas pelo poder distorcem os incentivos, fazendo que os Estados se comportem de maneiras contraproducentes mas ao menos previsíveis. As ações da Coreia do Norte, embora repulsivas, parecem servir bem ao seu autointeresse racional, de acordo com um estudo publicado em 2003 por David Kang, um cientista político que hoje leciona na Universidade do Sul da Califórnia.

TEXTO 4 – Plano para matar Kin Jong-un
A Coreia do Sul contempla o possível assassinato do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Foi o que admitiu o ministro da Defesa, Han Min-koo, em uma sessão parlamentar realizada na quarta-feira. A declaração de Han chegou como resposta à pergunta de um deputado, Ki Sung-chang, do partido no governo Saenuri, sobre os rumores que circulavam ativamente em Seul sobre a existência do plano.
Em sua resposta, divulgada pelo jornal Korean Times, o ministro esclareceu que a Coreia do Sul “considera ativar uma unidade de forças especiais para que assassinem o líder norte-coreano, Kim Jong-un”, no caso de a Coreia do Norte dar sinais inequívocos de estar a ponto de lançar um ataque contra seu vizinho do sul. O plano está incluído no projeto “Castigo e Resposta Maciça Sul-Coreana”, a resposta militar a uma hipotética agressão norte-coreana, que A Coreia do Sul anunciou depois que o regime de Kim realizou no dia 9 seu quinto teste nuclear.
Esse plano prevê que, no caso de ameaça iminente, a Coreia do Sul desfecharia um ataque preventivo que incluiria tanto o lançamento simultâneo de mísseis de alta precisão como o envio de unidades especialmente treinadas. O objetivo final seria a própria liderança norte-coreana e suas instalações militares.
O projeto “Castigo e Resposta” faz parte, por sua vez, de uma estratégia militar para fazer frente a possíveis ameaças norte-coreanas e inclui também o escudo antimísseis já existente no país e um sistema de ataques preventivos a cargo do Comando Conjunto EUA-Coreia do Sul, conhecido como Kill Chain (Cadeia para Matar).
“Se ficasse claro que o inimigo está dando passos para atacar com seus mísseis nucleares, para impedi-lo a ideia é destruir figuras e áreas-chave que incluem a liderança norte-coreana”

TEXTO 5 – De Hiroshima às Torres Gêmeas



TEXTO 6 – 3ª Guerra?
A Coreia do Norte declarou nesta segunda­feira (7) que suas forças nucleares estão preparadas para realizar um “ataque preventivo” contra a parte continental dos EUA e a Coreia do Sul se a medida for necessária para a segurança do país, informou a agência de notícias KCNA, citada pela AFP. As informações são do site: br.sputniknews
"O ataque nuclear preventivo de justiça será realizado de acordo com a declaração do chefe do Exército Popular da Coreia", diz um comunicado da pasta de Defesa norte­coreana citado pela Agência Central de Notícias Coreana (KCNA, na sigla em inglês).
A ameaça reflete a reação de Pyongyang ao anúncio feito anteriormente pelas autoridades sul-coreanas a respeito dos exercícios militares conjuntos com os EUA, os quais têm importância histórica devido à sua magnitude. As manobras, que começam nesta segunda­feira e se prolongam até o dia 18 de março, envolverão cerca de 300.000 soldados sul­coreanos e 17 mil militares dos EUA.
Os exercícios foram anunciados na sequência de uma série de ações provocativas da Coreia do Norte, como a realização de um teste nuclear e o lançamento de um míssil balístico, após o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado uma nova lista de severas sanções contra o país.
Em 3 de março, o líder norte­coreano Kim Jong­un ordenou por decreto que as forças nucleares do país fossem preparadas para realizar um ataque a qualquer momento em caso de necessidade.
Os mísseis norte­coreanos têm um alcance de até 10.000 quilômetros e podem chegar à maioria dos países da Europa, da Ásia e da América do Norte. O único continente que parece estar a salvo dos mísseis norte­coreanos, que são capazes de portar ogivas nucleares, é a América do Sul.
Após a declaração de Pyongyang nesta segunda­feira, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse considerar "categoricamente inadmissíveis" as ameaças norte­coreanas contra Washington e Seul.

TEXTO 7 – Coreia do Norte condena estudante americano a 15 anos de prisão
O jovem americano detido há dois meses na Coreia do Norte foi condenado nesta quarta-feira a 15 anos de prisão e trabalhos forçados por tentar roubar um cartaz de propaganda política do hotel onde estava hospedado na capital Pyongyang, informou a agência japonesa Kyodo. Otto Frederick Warmbier, um estudante de 21 anos da Universidade da Virgínia, foi condenado pela Justiça norte-coreana dezesseis dias depois que reconheceu publicamente seu “crime”, em uma confissão que pode ter sido forçada.
A Coreia do Norte utilizou em outras ocasiões detenções de cidadãos americanos para tentar iniciar negociações políticas com Washington, já que os dois países não mantêm relações diplomáticas. A decisão judicial considera que o estudante realizou um “ato hostil contra o Estado” ao tentar roubar o cartaz com um slogan político de uma área reservada para funcionários do hotel Yanggakdo. Em sua confissão feita em 29 de fevereiro, Warmbier declarou que agiu por ordem de uma igreja protestante de Ohio e com apoio de uma agremiação universitária para “prejudicar a motivação e a ética de trabalho do povo coreano” e “insultar” a Coreia do Norte “em nome do Ocidente”.
Também afirmou que a CIA (Agência de Inteligência do governo dos EUA) tinha conhecimento de sua “missão” e mencionou um “plano” de Washington para causar prejuízo à Coreia do Norte através da igreja metodista. A pena de 15 anos de trabalhos forçados é a mesma que foi ditada contra o missionário Kenneth Bae, o americano que permaneceu mais tempo retido na Coreia do Norte – mais de 2 anos até sua libertação em novembro de 2014.
A condenação acontece em um momento de alta tensão entre Pyongyang e a comunidade internacional, depois que a Coreia do Norte foi alvo de novas sanções por causa dos testes nuclear e de mísseis realizados no início deste ano. Desde então, o regime de Kim Jong-un ameaçou EUA e Coreia do Sul com “ataques preventivos”.

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Algumas questões de vestibulares

1. As mudanças no panorama internacional representadas pela vitória socialista de Mao-Tsé-tung na China, pela eclosão da Guerra da Coréia e pelas crescentes dificuldades no relacionamento com a URSS, repercutiram na forma de tratamento dispensada pelos Estados Unidos ao Japão.
Este, de "inimigo vencido", passou a 
a) Atuar como o mais forte aliado da URSS naquela região.
b) Ser a principal base de operações norte-americanas na Ásia.
c) Competir com as forças econômicas alemãs e inglesas.
d) Buscar o seu nível econômico de antes da Primeira Guerra Mundial.
e) Menosprezar o "consenso" - política de participação de pessoal, que visa à integração do trabalhador no esquema da empresa capitalista.

2. Foi uma verdadeira histeria anticomunista nos Estados Unidos na década de 50, caracterizada pela perseguição a artistas, intelectuais e políticos com a criação das Listas Negras e a Caça às bruxas:
a) Doutrina Monroe.
b) Doutrina Truman.
c) New Deal.
d) Watergate.
e) Macartismo.

3. A Indochina, após a rendição japonesa, em 1945, resistiu ao retorno dos seus antigos senhores - os franceses. Daí uma sucessão de conflitos e negociações, tais como:
I - a derrota dos franceses em Dien Bien Phu, (1954), que afastou definitivamente a hipótese de
se manter o domínio francês nessa região;
II - a divisão provisória do Vietnã em duas partes, uma comunista (Norte), e a outra capitalista
(Sul), pelos Acordos de Genebra (1956);
III - o progressivo desenvolvimento dos Estados Unidos no conflito para conter o Vietcong e evitar a queda de toda a Indochina em poder dos comunistas;
IV - o triunfo militar norte-americano sobre os guerrilheiros comunistas, prejudicado pelas manobras diplomáticas que entregaram aos comunistas o Vietnã do Sul. 
Assinale se estão corretas apenas:
a) I e II
b) II e III
c) III e IV
d) I, II e III
e) I, III e IV

4. Ao final da Segunda Guerra Mundial, a ruptura do acordo que unira os aliados vitoriosos gerou um ordenamento político internacional baseado na bipolaridade. Nesse contexto, crises políticas e tensões sociais desencadearam um processo de construção do socialismo em diversos países.
Assinale a opção que apresenta uma afirmativa correta sobre a construção do socialismo no mundo do pós-guerra:
a) Na Iugoslávia (1944-45), o regime comunista implantado pelo Marechal Tito submeteu-se à hegemonia política e econômica soviética, o que acarretou sua expulsão do movimento dos países não alinhados.
b) Na Tchecoslováquia (1946), o socialismo reformista, baseado na descentralização e liberalização do sistema frente ao modelo stalinista, retomado na política de Brejnev, foi interrompido pela repressão russa, encerrando a "Primavera de Praga".
c) Na China (1949), a revolução comunista derrubou o regime imperial e expulsou os invasores japoneses da Manchúria, reunindo os nacionalistas, os "senhores da guerra" e os comunistas maoístas em um governo de coalizão que instituiu uma república popular no país.
d) Na Coréia (1950-53), a intervenção militar norte-americana impediu o avanço das forças revolucionárias comunistas que ocupavam o norte do país, reunificando as duas Coreias sob a tutela do Conselho de Segurança da ONU.
e) Em Cuba (1959), a vitória dos revolucionários castristas foi favorecida pela promulgação da Emenda Platt no Senado americano, que regularizou o envio de armamentos aos guerrilheiros contrários à ditadura de Fulgêncio Batista.

5. A Guerra do Vietnã ultrapassa os limites da luta pela libertação do domínio estrangeiro e se insere nos quadros da Guerra Fria, quando:
a) A URSS oferece seu apoio irrestrito ao partido comunista de Ho-Chi-Minh.
b) Os EUA atuam no sentido de impedir o avanço do comunismo no sudeste asiático.
c) O regime comunista do Vietnã do Norte se alia ao regime socialista de Mao-Tsé-Tung.
d) A aliança França-EUA se consolida na luta contra a libertação da Indochina.
e) A política bem sucedida de Ho-Chi-Minh se expande por toda a península indochinesa.

6. Entre meados da década de 1950 e meados dos anos 1970, os Estados Unidos e a União Soviética realizaram uma política de aproximação chamada "Détente". Sobre esse momento das relações entre as duas superpotências, é correto afirmar:
a) Americanos e soviéticos assinaram tratados para controle dos arsenais nucleares e ampliaram os contatos diplomáticos como caminho para resolver as situações de conflito entre os dois países.
b) A aproximação entre os Estados Unidos e a União Soviética diminuiu o investimento em armas e tecnologia, do que resultaram diversas crises na indústria militar de ambos os países.
c) A política de "Coexistência Pacífica" fracassou, aprofundando a instabilidade nas relações políticas internacionais.
d) A "Coexistência Pacífica" pôs fim à Guerra Fria e significou um novo período nas relações entre os dois países, caracterizado pela competição econômica e não pelo conflito militar.
e) O relaxamento das tensões políticas entre americanos e soviéticos possibilitou a ascensão de outras potências - tais como China, Japão e Alemanha - o que provocou, a partir dos anos 1970 a desagregação da ordem internacional bipolar.

7. Sobre a Guerra da Coréia (1950-1953), é correto afirmar, EXCETO:
a) O teatro de operações estendeu-se pelo território chinês, ficando a população submetida a um clima de "fogo cruzado" entre os norte-americanos e russos.
b) O início do conflito está relacionado com a invasão da Coréia do sul por tropas da Coréia do Norte sob a influência dos russos e chineses.
c) O sul da Coréia, área de influência norte-americana, tendia para o regime democrático e a Coréia do Norte, para o regime socialista, sendo que as duas partes não conseguiram chegar a um acordo político.
d) A Coréia era uma antiga possessão japonesa que fora ocupada durante a Segunda Guerra Mundial e, após o conflito, com a vitória dos aliados, transformou-se em cenário da Guerra Fria.
e) As tropas da ONU, comandadas pelo general Mac Arthur, conseguiram rechaçar os nortecoreanos, sendo, posteriormente, fixadas as fronteiras entre os dois países na altura do paralelo 38°.

8. A intervenção dos Estados Unidos da América no Vietnã, no contexto dos conflitos militares da Guerra Fria, tinha como propósito:
a) Evitar a reunificação do Vietnã sob o poder do governo socialista do Norte, o que representaria a ampliação da zona de influência soviética.
b) Garantir a realização de eleições gerais e diretas em todo o Vietnã a fim de possibilitar a desocupação militar americana da Coréia do Sul.
c) Retirar as bases militares soviéticas estabelecidas em território vietnamita com a finalidade de pôr fim à corrida armamentista.
d) Restituir o domínio colonial francês no território a fim de salvaguardar o regime democrático na Coréia.
e) Impedir o massacre de civis do Vietnã do Sul pelo governo socialista do Norte, que seguia a orientação de práticas stalinistas.

9. Entre junho de 1950 e julho de 1953, transcorreu a chamada Guerra da Coréia, sobre a qual é correto afirmar:
a) O conflito foi provocado pelos interesses expansionistas do governo sul-coreano, que procurava estabelecer sua hegemonia político-militar na região.
b) O conflito foi provocado pela negativa japonesa em aceitar a desmilitarização imposta após a Segunda Guerra Mundial.
c) A ameaça de uma revolução socialista levou o governo da Coréia do Sul a solicitar ajuda norte-americana, o que provocou a reação do governo da Coréia do Norte.
d) Tratou-se de uma guerra civil que resultou na divisão da Coréia em dois Estados
independentes.
e) O conflito teve início com a tentativa de unificação da Coreia sob iniciativa do regime comunista da Coreia do Norte, com apoio da China.

10. Entre 1961 e 1973, um total de 57.939 norte-americanos morreu no conflito da Indochina, a mais longa e custosa guerra externa na história dos Estados Unidos. A Força Aérea dos EUA jogou sobre o Vietnã uma tonelagem de bombas mais de três vezes superior ao que foi jogado na Alemanha durante a Segunda Guerra.
KEYLOR, William R. "The twentieth-century world"; an international history. New York: Oxford University Press, 1996. p. 375.
Considerando-se a Guerra do Vietnã, é CORRETO afirmar que
a) O conflito foi motivado pela intenção do Governo norte-americano de impedir a expansão do Comunismo no Sudeste asiático.
b) Os norte-americanos deram apoio decidido às ações de seu Governo no Vietnã e manifestaram insatisfação quando suas tropas foram retiradas de lá.
c) Os vietnamitas que enfrentavam o exército dos EUA lutavam em condições difíceis, pois não dispunham de apoio externo.
d) A saída das tropas norte-americanas e a subsequente derrota das forças locais pró-Ocidente levou à divisão do Vietnã.

Gabarito:
1. B
2. E
3. D
4. B
5. B
6. A
7. A
8. A
9. E
10. A

Fonte: http://s3-sa-east-1.amazonaws.com/descomplica-blog/wp-content/uploads/2014/11/Materialdeapoioextensivo-historia-exercicios-guerra-fria-guerra-da-coreia-ao-vietna.pdf

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

FESTIVAL INTERNO DE CULTURA E ATUALIDADES - FICA



O que é?
A proposta é de transformar os temas abordados na disciplina de Atualidades em arte por meio das diversas manifestações inerentes à cultura e à criatividade dos alunos.
Serão diversas manifestações tais como: Música, Dança, Teatro, Poemas, Pinturas, Fotografias e Esculturas.

Quando?
28 de outubro de 2016 às 19h (data prevista)

Onde?
O evento será organizado pelo Objetivo Gurupi na quadra de esportes.

Quem?
Alunos da 1ª e 2ª séries do Ensino Médio

Como?
A ação terá três fases distintas:
Inscrição: Ela deverá ser preenchida pelos alunos participantes através do site: objetivoatualidades.blogspot.com.
Seleção: Os inscritos passarão por uma análise da proposta do aluno ou equipe a ser realizada no dia, podendo ocorrer de a mesma ter alguma solicitação de alteração, conforme análise da Direção e/ou Coordenação da escola.
Dia do Evento: Os alunos atuarão na decoração, seguranças, staff e outras funções.

Por que?
O objetivo é oferecer aos alunos a oportunidade de demonstrar seu talento e de se expressar através de palavras, melodia, obras e gestos.

Ficha de Inscrição
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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Aula 21/2016 - 11 de setembro





TEXTO 1 – Fato motivador – Monarquias do Golfo questionam lei americana sobre 11 de setembro
As monarquias do Golfo questionaram nesta segunda-feira (12) a lei do Congresso americano que autoriza os parentes das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 a processar países como Arábia Saudita por suposto apoio aos ataques.
O secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), Abdelatif Zayani, expressou "a profunda inquietação" dos seis membros do grupo após a adoção na sexta-feira pelo Congresso desta lei "que é contrária aos fundamentos e aos princípios das relações entre os Estados", em particular a imunidade soberana dos Estados.
Zayani expressou a esperança de que a administração americana "não aplique esta lei (...) que criará um grave precedente" e "terá um impacto negativo nas relações entre os Estados". Quinze dos 19 autores dos ataques eram sauditas. O projeto de lei, rejeitado por Riad, ainda deve ser sancionado pelo presidente americano Barack Obama, que já havia expressado sua oposição a tal medida.
A lei "Justice Against Sponsors of Terrorism" foi aprovada na sexta-feira por unanimidade pela Câmara de Representantes, quatro meses depois de ter sido adotada pelo conjunto dos senadores. A lei foi aprovada pelas duas câmaras, controladas pelos republicanos, e um veto de Obama pode, por sua vez, ser revogado, se forem reunidos dois terços dos votos. Qatar e Emirados Árabes Unidos, sócios de Riad no CCG, publicaram nesta segunda-feira comunicados separados para protestar pela lei. Esta lei permite às famílias das vítimas dos atentados processar ante os tribunais federais os países estrangeiros para obter indenizações caso sua responsabilidade seja provada.
Até o momento não foi provado o envolvimento da Arábia Saudita nos atentados de 11 de setembro de 2001..

TEXTO 2 – Por que os EUA ainda vivem em estado de emergência nacional 15 anos após o 11 de setembro
Três dias depois dos ataques às Torres Gêmeas e ao Pentágono, o então presidente George W. Bush emitiu a ordem 7.463, que decretou uma emergência nacional e atribuiu poderes extraordinários ao chefe do Executivo. Desde então, esta ordem foi renovada todos os anos por Bush e, em seguida, pelo seu sucessor, o atual presidente Barack Obama. A renovação mais recente foi em 30 de agosto.
Esta declaração permite a quem ocupa a Casa Branca adotar medidas excepcionais como, por exemplo, aumentar o tamanho da reserva das forças armadas ou convocar oficiais reformados.
Amplos poderes
O especialista disse que a declaração de emergência nacional junto com a autorização do Congresso para perseguir os responsáveis ​​pelos ataques do 11 de setembro, permite que o presidente envie tropas a qualquer lugar do mundo, desde que seja algo relacionado com o terrorismo.
"Se as pessoas realmente soubessem que tipo de poderes dão ao presidente as declarações de emergência nacional, estariam muito nervosas", disse Thronson, que publicou uma extensa pesquisa sobre o assunto na Revista da Reforma Legal da Universidade de Michigan.
"Ele também permite que o governo assuma o controle de estações de rádio, canais de televisão e internet, ou, no campo judicial, impedir a execução de um habeas corpus (ordem judicial que ordena a libertação de um preso)", acrescentou.
Obama fez 13 novas declarações de emergência durante a sua estada até agora na Casa Branca e renovou outras 21 aprovadas por seus antecessores, de acordo com o jornal USA Today.
Entre as novas declarações estão, por exemplo, uma que estabelece penalidades para quem considera os Estados Unidos responsável por tentar subverter a ordem democrática na Ucrânia; outra que buscava enfrentar a epidemia de gripe H1N1; e ainda há ordens com sanções contra alguns funcionários do governo da Venezuela, considerados poe Washington como responsáveis ​​por graves violações dos direitos humanos.

TEXTO 3 – 11 de Setembro: Cinco teorias de conspiração
Dez anos depois dos ataques de 11 de setembro no Estados Unidos, diversas teorias conspiratórias continuam populares.
De um modo geral, as formulações se concentram em torno de supostas "perguntas não respondidas" pelos relatórios sobre o incidente e sugerem que o governo americano pode ter planejado os ataques juntamente com o exército.
Conheça as cinco teorias conspiratórias mais proeminentes que circulam em comunidades online.
1. Falha ao interceptar os aviões sequestrados
A pergunta: Por que a força aérea mais poderosa do mundo não conseguiu interceptar nenhum dos quatro aviões sequestrados?
2. A queda das Torres Gêmeas
A pergunta: Por que as Torres Gêmeas caíram tão rapidamente e dentro da própria área que ocupavam, após incêndios em poucos andares que duraram somente uma ou duas horas?
3. O ataque no Pentágono
A pergunta: Como um piloto amador pode ter feito uma manobra complicada em um avião comercial e lançado o avião sobre o quartel-general das forças armadas mais poderosas do mundo - 78 minutos depois do primeiro relato de um possível sequestro - e não ter deixado nenhum vestígio?
4. O quarto avião - Voo 93 da United Airlines
A pergunta: Por que a queda do quarto avião sequestrado, em Shanksville, na Pensilvânia, foi tão pequena e por que os destroços do avião não foram vistos?
5. O colapso do edifício 7 do World Trade Center
A pergunta: Como é possível que um arranha-céu que não foi atingido por um avião tenha desmoronado tão rapidamente e simetricamente, quando nenhum outro prédio revestido de aço caiu por causa de incêndios?

TEXTO 4 – Algumas charges




TEXTO 5 – De Hiroshima às Torres Gêmeas
Uma das perguntas que mais angustiaram os norte-americanos durante o último ano foi: "Por que nos odeiam tanto?" Talvez pudessem refletir sobre a manifestação cega e brutal de violência gratuita que, há 57 anos, arrasou um país - o Japão - que já estava derrotado
Uma vez que o número de vítimas civis inocentes, mortas por efeito "colateral" no Afeganistão pelos bombardeios norte-americanos, é atualmente igual ao número das que foram mortas no ataque contra as Torres Gêmeas, talvez seja possível retomar os acontecimentos a partir de uma perspectiva mais ampla, mas nunca menos trágica, e fazer uma nova pergunta: matar deliberadamente significa cometer um mal mais grave ou mais repreensível do que matar cega e sistematicamente? (Digo "sistematicamente" porque os Estados Unidos começaram a colocar em prática essa estratégia armada a partir da guerra do Golfo.) Não sei a resposta para essa pergunta. Talvez in loco, entre a grande quantidade de bombas lançadas pelos B-52 ou na fumaça sufocante da Church Street em Manhattan, qualquer comparação ética seja indecente.
Matar deliberadamente significaria cometer um mal mais grave - ou mais repreensível - do que matar cega e sistematicamente?
Os dois acontecimentos sugerem semelhanças imediatas, entre elas uma bola de fogo que desce inesperadamente de um céu sem nuvens, dois ataques cronometrados para coincidir com a hora em que os civis das cidades-alvos estão a caminho do trabalho, em que as lojas abrem, em que as crianças estão na escola fazendo suas lições. Uma idêntica redução a cinzas, além de corpos lançados pelos ares e despedaçados. Uma mesma incredulidade, um mesmo caos, provocados por uma nova arma de destruição empregada pela primeira vez - a bomba atômica há 60 anos, um avião de carreira no último outono. Por toda parte, no epicentro, sobre tudo e todos, um espesso lençol de poeira.
Eles desenvolvem o argumento de que uma guerra é "justa", ou moralmente justificável, quando tem por objetivo defender os inocentes contra o mal. Citam Santo Agostinho. E acrescentam que uma guerra desse tipo deve, na medida do possível, respeitar a imunidade dos não-combatentes.
Voltemos ao verão de 1945. Sessenta e seis das maiores cidades do Japão já tinham sido destruídas pelo fogo provocado pelos bombardeios com napalm. Em Tóquio, um milhão de civis ficaram desabrigados e 100 mil pessoas morreram. Para retomar a expressão do general de divisão Curtis Lemay, chefe dessas operações de bombardeio incendiário, elas foram "grelhadas, fervidas e cozidas até a morte". O filho do presidente Franklin Roosevelt, que era também seu confidente, declarou que os bombardeios deveriam continuar "até que tenhamos destruído cerca da metade da população civil japonesa".
No dia 18 de julho, o imperador do Japão telegrafou ao presidente Harry S. Truman, que sucedeu a Roosevelt, tornando a pedir a paz. Sua mensagem foi ignorada.
As bombas de Hiroshima e Nagasaki anunciaram os EUA como suprema potência militar. O ataque de 11 de setembro anunciou o fim dessa invulnerabilidade
O filho do presidente Franklin Roosevelt declarou que os bombardeios continuariam "até que tenhamos destruído cerca da metade da população civil japonesa"
Essa história tem como objetivo mostrar até que ponto os sessenta pensadores norte-americanos, em seu fabuloso hotel 6 estrelas, estão alheios à realidade de sua própria história nacional. Tem também como objetivo lembrar que o período de supremacia militar norte-americana, que teve início em 1945, começou, para quem se situa fora da órbita norte-americana, por uma demonstração cega de poder distante, sem piedade e cheio de ignorância.

TEXTO 6 – Quinze anos após 11 de setembro, EUA continuam sua guerra global ao terror
Como destacam especialistas consultados pela AFP, mesmo que o presidente Barack Obama - no poder desde janeiro de 2009 - tenha se recusado a adotar um intervencionismo militar desenfreado nas guerras do mundo árabe e tenha buscado reconciliar a América com os países muçulmanos, ele deixa os Estados Unidos em um estado de conflito permanente contra o "terror" islamita, ou seja, deixa um legado misto nessa área.
O democrata encerra seu mandato em janeiro do ano que vem e ficará como o presidente que tirou o país do Iraque e do Afeganistão - conflitos devastadores deflagrados por seu predecessor republicano, George W. Bush, em resposta aos piores atentados da História americana e sob a bandeira da chamada GWOT (na sigla em inglês).
"A dinâmica ameaça do terrorismo islamita levou ao presidente Obama, contra suas próprias preferências, a se engajar militarmente no Iraque mais uma vez e, desde então, na Síria e na Líbia também", afirmou Tamara Cofman Wittes, diretora do Centro de Políticas para o Oriente Médio da Brookings Institution, um prestigioso think tank com sede em Washington.
Essa política militar de Barack Obama atingiu seu ápice em maio de 2011, quando forças especiais mataram o responsável pelo 11 de Setembro e líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden, em sua própria residência, no Paquistão.
Para a tragédia síria, por exemplo, nenhuma paz durável se apresenta no horizonte, apesar das intervenções militares e das tentativas diplomáticas de Estados Unidos e Rússia.
E um reengajamento armado americano de envergadura no Oriente Médio não está incluído nos programas dos dois candidatos à Casa Branca nas eleições de 8 de novembro - a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump.
Neste sábado (10), o presidente Obama reconheceu que "a ameaça terrorista evoluiu", referindo-se aos "lobos solitários" nos Estados Unidos.
"No Afeganistão, no Iraque, na Síria e além, combatemos sem descanso as organizações terroristas como a Al-Qaeda e o grupo Estado Islâmico", garantiu ele em uma mensagem ao país sobre a simbólica data.
Isso não impede que Washington tenha medo dos atentados mais rudimentares realizados por islamitas locais radicalizados, como no caso do tiroteio em junho, na Flórida, cometido por um americano de origem afegã, que deixou 49 mortos, e aquele cometido em dezembro passado na Califórnia, por um americano de origem paquistanesa e sua mulher, com saldo de 14 mortos.
"O EI convocou seus membros a atacar os cidadãos americanos (...) onde quer que estejam", advertiu o Departamento de Estado em nota divulgada neste sábado (10) sobre o risco "terrorista".

TEXTO 7 – GRÁFICOS




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