domingo, 19 de novembro de 2017

Aula 21/2017 - Uma nova Guerra Fria?






TEXTO 1 – FATO MOTIVADOR  - Estados Unidos e Rússia projetam 'nova Guerra Fria'
No auge da Guerra Fria, na década de 1980, os EUA tinham cerca de 300 mil militares baseados na Europa, de prontidão para resistir a uma invasão soviética. Com o fim da URSS em 1991, Washington trouxe para casa quase todo esse pessoal.
Hoje restam apenas 30 mil americanos no Velho Continente. Ironicamente, estão voltando a ter o mesmo papel dissuasivo de antes, à medida que crescem as tensões com o principal Estado sucessor da URSS, a Rússia.
Os EUA, e em menor grau o Reino Unido, a França e outros aliados da Europa ocidental estão agora realizando cada vez mais manobras militares na parte oriental do continente, em países como Lituânia, Bulgária e Polônia.
Os efetivos são meramente simbólicos —por exemplo, uma brigada blindada americana foi enviada à Polônia (com 4.000 homens e 90 tanques pesados M1 Abrams). O objetivo é garantir a segurança dos novos aliados contra aventuras russas, como foram a tomada da Crimeia e o ataque à Geórgia. A Rússia ficou particularmente indignada com a expansão a leste da aliança militar Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) porque são países que antes eram seus aliados do Pacto de Varsóvia. O ano de 2017 pode estar vendo o começo de uma nova Guerra Fria. Assim como no clássico conflito entre URSS e EUA, é difícil chegar a um consenso sobre quando começou.
Pode-se argumentar que já em 1917 foram lançadas as sementes do conflito. Em outubro, será comemorado o centenário da Revolução Russa. Instalou-se, então, um regime político diferente de todos os outros, e que argumentava que não poderia existir convivência com os odiados países capitalistas. Vários países intervieram com tropas para eliminar o nascente Estado socialista. A lembrança dessa intervenção alimenta a tradicional paranoia russa, assim como o ataque surpresa dos alemães em 1941.
Os historiadores costumam usar um discurso de 1947 do presidente americano Harry Truman (1884-1972) como o marco inicial da Guerra Fria. A chamada Doutrina Truman foi criada para combater a expansão geopolítica da URSS. Ela implicava o apoio americano a países ameaçadas pelo comunismo. Os primeiros recipientes dessa ajuda econômica e militar foram Grécia —que viveu uma guerra civil com a guerrilha de esquerda— e Turquia. Em 5 de março de 1946, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill fez um famoso discurso nos EUA, com Truman presente, em que dizia que uma "cortina de ferro" tinha descido na Europa.

TEXTO 2 – Manobras militares russas na fronteira da NATO geram medo e conspirações
Quando um Governo tem de esclarecer publicamente em várias ocasiões que os exercícios militares que o Exército está a planear não são o prelúdio de uma invasão, falar de simples desconfiança será uma subvalorização. Foi o que aconteceu nas semanas que antecederam as grandes manobras militares russas e bielorrussas que começam esta quinta-feira e duram até dia 20.
Moscovo tem tentado acalmar o nervosismo sentido em algumas capitais de Estados-membros da NATO que nos próximos dias terão a poucas centenas de quilómetros das suas fronteiras uma mobilização maciça de activos militares russos. “Algumas pessoas chegam ao ponto de dizer que os exercícios Zapad vão ser usados como uma rampa de lançamento para ocupar a Lituânia, Polónia ou Ucrânia. Nenhuma destas versões paradoxais tem a ver com a realidade”, afirmou no final de Agosto o vice-ministro russo da Defesa, Alexander Fomin, num encontro com adidos militares ocidentais.
Todos os anos, numa metodologia que remonta à era soviética, o Exército russo organiza os seus principais exercícios numa das quatro regiões militares prioritárias – Zapad, que significa Oeste; Vostok, que é Leste; Tsentr, na região central do país, e Kavkaz, no Cáucaso. Ou seja, de quatro em quatro anos, a Rússia mobiliza milhares de soldados, tanques, peças de artilharia, aviação e alguns navios para testar as suas capacidades de defesa junto à sua fronteira ocidental, partilhada com a Aliança Atlântica. Segundo o Ministério da Defesa, os exercícios da edição deste ano terão lugar na Bielorrússia, e nas regiões russas de Leningrado e Pskov, e também no exclave de Kaliningrado, entre a Polónia e a Lituânia.
Mas desde o último Zapad, em 2013, muito mudou nas relações entre a NATO e a Rússia. A Península da Crimeia foi anexada depois de uma rápida ocupação militar por forças russas; grupos rebeldes tomaram de assalto grande parte do Leste da Ucrânia, com alegado apoio de Moscovo; a intervenção do Exército russo na guerra na Síria alterou de forma profunda o desenrolar do conflito a favor do regime de Bashar al-Assad; o Ocidente diz-se vítima de uma ciberguerra lançada por operacionais ligados ao Kremlin para desacreditar as suas instituições democráticas, com destaque para a alegada interferência russa nas eleições dos EUA.
Desconfiança
É neste clima de profunda desconfiança entre os dois blocos, com ecos da Guerra Fria, que as manobras militares em ambos os lados ganham novos contornos. Na sequência da anexação da Crimeia, a NATO reforçou a sua presença nos países limítrofes a Leste, enviando batalhões de “intervenção rápida” que vão rodar entre os três Estados bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) e a Polónia. Em Julho, um exercício liderado pelos EUA mobilizou 25 mil soldados provenientes de mais de vinte países que se dividiram entre a Hungria, Roménia e Bulgária.

TEXTO 3 –'Nova guerra fria' pós-Trump divide Alasca, ex-território russo
No Alasca, a previsão do tempo diária para as cidades de Anchorage, Fairbanks e Juneau divide a tela da TV com as temperaturas previstas para as regiões russas de Chukotka e Kamchatka, do outro lado do estreito de Bering.
O costume só causa estranheza aos turistas, já que, para os moradores do Alasca, a Rússia é um vizinho mais próximo que a maioria dos outros 49 Estados americanos –e não só pela distância de 3,8 km que separa as ilhas de Big Diomede, na Rússia, e Little Diomede, nos EUA. O Alasca guarda até hoje a herança de seus tempos de "América Russa", quando esteve sob domínio do país euroasiático, e seus moradores recusam o clima de "nova guerra fria" desde que o Kremlin foi acusado de interferir nas eleições de 2016.
"A situação política entre a Rússia e os EUA não é o reflexo do que são esses dois países", diz o padre John Zabinko, 62, neto de russos que se diz apaixonado pelas duas nações. "Sou mais americano, mas o meu 'ser americano' é manter as tradições da minha família", explica. Na sua casa, não faltam as tradicionais "borscht", uma sopa de beterraba, e "pirozhki", uma torta de peixe. "Meu filho faz um ótimo 'kulich' [o pão de páscoa russo]", orgulha-se Zabinko, titular da Catedral Ortodoxa Russa Santo Inocêncio, em Anchorage. O religioso diz tentar não trazer a política para a igreja, mas, quando questionado a respeito das investigações sobre a Rússia, ele não hesita:
"Tenho certeza que eles interferiram nas eleições". "Não acho que seja nada novo, é só porque agora eles foram pegos", completa, rindo. Segundo Zabinko, cerca de 200 fieis frequentam a igreja com as tradicionais cúpulas em forma de bulbo, dos quais três quartos são membros de comunidades nativas do Alasca.
Ainda hoje, bonecas matrioskas e garrafas de vodka estão entre os itens mais populares nas lojas de souvenir.
O técnico de manutenção John Oleksa, 38, descendente de russos e americanos, se diz orgulhoso das tradições "dos dois lados", mas nem sempre foi assim. Ele lembra de, ainda criança, na Guerra Fria, não contar para os colegas de escola no Alasca que iria viajar com os pais para Moscou. "Achava que eles iam pensar que éramos comunistas", conta.
O Alasca começou a ser explorado pelos russos perto de 1780, quando os EUA já tinham declarado independência do Reino Unido. Há 150 anos, decidiram vender o 1,55 milhão de km ; para os americanos por US$ 7,2 milhões (US$ 126 milhões em valores atualizados, ou R$ 392 milhões – US$ 87 por km ). Nacionalistas russos defendem que o Alasca volte a ser território do país e chamam o Estado de "Crimeia Americana", em referência à região ucraniana anexada em 2014. No mesmo ano, uma petição criada no site da Casa Branca pedindo a independência do Alasca dos EUA e sua reanexação à Rússia teve mais de 37 mil assinaturas.
"Os EUA pagaram US$ 7,2 milhões em 1867. Hoje o Alasca gera, em poucas horas, um valor muito maior que esse em produção de petróleo."

TEXTO 4 – Não é somente a Rússia!
A história mostra que os Estados Unidos se valeram muitas vezes da sua condição de superpotência para ditar o comportamento de outros países. Desde a política de intervenção do Big Stick (O Grande Porrete) de Theodore Roosevelt, no começo do século XX, até a invasão do Iraque, 100 anos depois, os americanos eram os diretores da escola mundial, distribuindo tanto conselhos como advertências pela classe. Agora, um de seus melhores alunos já dá palpites na vida dos mestres. A China não se considera mais um mero receptor de discursos de Washington sobre economia - ou democracia. Logo após o rebaixamento da nota dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos pela Standard&Poor’s, no último dia 5, os chineses cobraram mudanças na conduta americana. “A China, o maior credor da única superpotência do mundo, tem todo o direito de exigir que os Estados Unidos resolvam seus problemas estruturais da dívida e garantam a segurança dos ativos chineses em dólares”, afirmou uma nota da agência oficial do país, Xinhua. Horas depois, a Casa Branca se manifestou. Sem mencionar os chineses, o porta-voz Jay Carney admitiu que os EUA “precisam melhorar” na tarefa de enfrentar os problemas de sua economia. Na Guerra Fria que se configura neste século XXI, a voz de Pequim está mais grossa do que nunca.



domingo, 22 de outubro de 2017

Aula 20/2017 - Massacre, Bullying e Resiliência




Material da aula
TEXTO 1 – FATO MOTIVADOR  - Aluno atira em colegas dentro de escola em Goiânia, mata dois e fere quatro
Um estudante de 14 anos atirou no fim da manhã desta sexta-feira (20) dentro do Colégio Goyases, escola particular de ensino infantil e fundamental, em Goiânia. De acordo com o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, dois estudantes morreram e outros quatro ficaram feridos na unidade, localizada no Conjunto Riviera, bairro de classe média.
O crime ocorreu às 11h50. Testemunhas relataram ao G1 que o adolescente, que cursa o 8º ano e é filho de policiais militares, estava dentro da sala de aula e, no intervalo, tirou da mochila a arma, uma pistola .40, que pegou da mãe em casa, e efetuou os disparos. Em seguida, quando ele se preparava para recarregar o revólver, foi convencido pela coordenadora a travar a arma.
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sepe) de Goiânia junto ao Conselho Estadual informou à TV Anhanguera, por meio de nota, nesta sexta-feira, que estão dando todo apoio à escola e aos parentes dos alunos da instituição.
Ainda conforme os órgãos, representantes foram até o colégio, conversaram com professores e direção e apuraram que o estudante autor dos disparos não apresentava comportamento suspeito. O texto destaca que as aulas no Colégio Goyases estão suspensas sem previsão de retorno.
O que se sabe até agora:
Sequência de fatos:
Colegas relatam que ouviram um barulho.
Em seguida, os colegas viram o adolescente tirando a arma da mochila e atirando para todos os lados.
Alunos correram para fora da sala de aula.
Assim que descarregou o cartucho, o aluno se preparava para recarregar a arma.
Estudante foi convencido pela coordenadora a travar a arma.
"Ele sofria bullying, o pessoal chamava ele de fedorento, pois não usa desodorante. No intervalo da aula, ele sacou a arma da mochila e começou a atirar. Ele não escolheu alvo. Aí todo mundo saiu correndo", relatou o estudante.
Adolescente suspeito de matar a tiros dois colegas sofria bullying, diz estudante

TEXTO 2 – Massacres de Columbine e Realengo despertaram em adolescente 'interesse em matar', diz delegado
Meses antes de tirar a pistola .40 da mãe do móvel em que ficava escondida em casa, sair para a escola com a arma na mochila e abrir fogo contra seus colegas na sala de aula do 8º ano do Colégio Goyases, em Goiânia, o adolescente X., de 14 anos, fez pesquisas na internet sobre os massacres de Columbine, nos EUA, e de Realengo, no Rio de Janeiro.
Os ataques de atiradores nas duas cidades - que mataram 12 alunos e um professor em 1999 e 12 adolescentes em 2011, respectivamente - "despertaram interesse em matar", como o jovem relatou em depoimento à Polícia Civil horas depois do ataque.
"Ele foi inspirado por essas duas tragédias e motivado pelo bullying que sofria de um dos adolescentes de sua turma, que ele resolveu matar", diz o delegado Luiz Gonzaga Júnior, da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), que colheu o depoimento de X. horas após o ataque.
Bullying na escola
Alunos colegas de X. contaram à imprensa local que o jovem costumava sofrer bullying e era chamado de fedido por não usar, segundo corria na turma, desodorante. O segundo jovem morto, de acordo com o delegado, era um amigo próximo do atirador, de quem ele "gostava muito", como teria dito no depoimento.
O jovem falou à polícia acompanhado de seu pai, "completamente consternado", segundo o delegado. Ambos os pais do adolescente são policiais militares, e a arma era ferramenta de trabalho de sua mãe, propriedade da Polícia Militar do Estado de Goiás. De acordo com o delegado, o número de vítimas poderia ter sido maior. A intervenção da coordenadora parece ter sido decisivo para conter X.
Caso 'raro'
Após o ataque, moradores de Goiânia colocaram símbolos e manifestações de luto em suas páginas nas redes sociais. O choque se espalhou pelo país todo, diante de uma modalidade de crime rara no Brasil. "Nos EUA esses ataques são difundidos e armas de fogo têm acesso muito livre", aponta Gonzaga Júnior. "Aqui em Goiânia, nunca vimos um caso desses. Afora o caso de Realengo não conseguimos nos lembrar de outro no Brasil", diz o delegado.
Em abril de 2011, um atirador abriu fogo contra crianças e adolescentes da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio, matando 12 alunos e deixando outros 13 feridos.
O caso gerou um duplo choque - com o massacre em si, e com a importação de um crime visto com uma frequência desconcertante nos EUA, mas não no Brasil.
Como no caso de Realengo, o ataque em Goiânia despertou uma nova onda de debate sobre o acesso a armas - mas, sobretudo, sobre o grave problema do bullying nas escolas.
De acordo com Gonzaga Junior, informações preliminares indicam que X. não levava os relatos de bullying de volta para casa nem para a direção da escola. "Os pais, aparentemente, nunca haviam tomado conhecimento disso", diz. De acordo com o delegado, as investigações agora serão aprofundadas para atestar a real motivação do crime.

TEXTO 3 –Bullying teria sido a motivação de ataque em escola de Goiânia
De acordo com familiares de alunos da escola em Goiânia, onde um adolescente abriu fogo contra colegas dentro de sala, o atirador era vítima de bullying. Os sentimentos provocados pelas piadas de colegas podem ter sido a motivação do estudante. Depois de um disparo dentro da própria mochila e de um tiro para o alto, o adolescente mirou em um colega sentado na carteira atrás dele, que implicava com ele, segundo parente de uma aluna da mesma turma. O caso aconteceu nesta sexta-feira e deixou ao menos dois adolescentes mortos e quatro feridos.
Ao GLOBO, Juliana Gomes contou que alguns alunos implicavam com ele por causa de seu cheiro, segundo sua sobrinha, de 13 anos, que é da mesma turma que ele.
— Diziam que ele tinha um cheiro forte de cecê. Um colega uma vez levou um desodorante e borrifou nele. É algo pesado — disse a psicóloga, que também é mãe de uma aluna do sexto ano da mesma unidade de ensino.
No entanto, ela conta que sua filha, que fazia aulas de violão com o atirador e estava em uma sala no mesmo andar do ataque, não desconfiava de qualquer sinal de perigo que ele pudesse representar. De acordo com Juliana, não houve nenhuma ação que pudesse indicar que o estudante faria tal ato.
A sobrinha de Juliana, que estava sentada a duas carteiras do adolescente, contou que o primeiro disparo foi feito dentro da própria mochila dele.
— Ele deu tiro para cima e depois mirou em um colega que estava atrás dele que implicava muito por causa do cheiro. Um dos colegas foi atingido na costela e a professora orientou para que todos saíssem e evitassem o tumulto. Na sala da minha filha também houve essa orientação, mas alguns quiseram buscar os irmãos da ala da educação infantil. Quando eu cheguei, estavam todos sentados no muro em volta da escola — afirmou.

TEXTO 4 – “Não foi bullying” – tragédia em que adolescente atira em 6 colegas, resultando na morte de 2
Jordan Campos, psicoterapeuta transpessoal clínico, iridólogo, escritor, palestrante, conferencista e músico, publicou em seu perfil pessoal na internet a sua análise sobre o temperamento e a personalidade do adolescente que atirou, na última sexta-feira, contra os seus colegas de sala de aula em Goiânia – Goiás. No final da postagem, ele afirma que “não é um exame, avaliação ou diagnóstico psicoterapeutico“, mas de uma análise geral com base nas informações que ele obtivera até aquele momento.
Na opinião do terapeuta, a questão não gira em torno do bullying. Confira abaixo:
“Sim, um adolescente matou dois colegas de escola com uma arma de fogo. Sim, pessoas desinformadas e com a ajuda da mídia espalham que o bullying foi o motivo. Não, não foi este o motivo. E vou aqui explicar um pouco sobre tudo isto.
Sou pai de quatro filhos, psicoterapeuta clínico de crianças, jovens e adultos e discordo completamente da “desculpa esfarrapada” desta pseudo-versão dos fatos. Bullying é o resultado de um abuso persistente na forma de violência física ou psicológica a uma outra pessoa. Bullying não é a piada sem graça, a ofensa solta ou uma provocação por conta do odor resultante da falta de desodorante por quatro dias, que foi exatamente o “caso” do adolescente que matou seus colegas. O motivo pelo qual o jovem assassinou seus colegas é um conjunto de fatores na formação de sua personalidade sob responsabilidade de seus pais.
O GATILHO que deu o start em seu plano de matar pode ter surgido da provocação de seus colegas, sim. Foi uma reação desmedida, autoritária, perversa e calculada a um conflito em que ele se viu inserido. A falta de preparo emocional e educacional deste jovem para lidar com frustrações é o ponto alto deste simples quebra-cabeças. Quando somos colocados frente a um conflito, ou o enfrentamos, ou fugimos ou paralisamos. As vítimas de bullying costumam paralisar e passam anos no gerúndio do próprio verbo que identifica este problema. Bullying é uma ressaca, um trauma no gerúndio, que vai minando as forças, destruindo a autoestima e a identidade frágil de suas vítimas.
NÃO FOI BULLYING – Por mais espantoso que possa ser, desculpem mídia e pseudo-sábios filósofos contemporâneos – o garoto matou porque tinha na sua formação de personalidade uma espécie de autorização para fazer! A identidade deste jovem de 14 anos estava formada em um alicerce que permitia isso. Ele provavelmente iria fazer isso logo logo… Na escola, com o vizinho, na briga de trânsito ou com a namorada que terminasse com ele, e isso nada tem a ver com Bullying. A provocação foi apenas o motivo para “fazer o que já se era.” Agora, falando do Bullying, digo sem pestanejar que o maior culpado pela sedimentação do bullying e suas prováveis repercussões não são os coleguinhas “maldosos”, e sim a FAMÍLIA de quem sofre este tipo de ação. Se quem sofresse bullying fosse um potencial assassino a humanidade estava extinta. Mata-se muito por traições, brigas de trânsito, desavenças de trabalho, machismo, homofobia… Mas não por Bullying. Do contrário – é muito mais provável um suicídio, depressão, implosão.
O que faz com que alguém resista ou não a uma ação que pode virar bullying? Simples – a capacidade do jovem em lidar com frustrações e aprender a enfrentar seus problemas e conflitos. Esta é a maior prevenção ao bullying – aprender a vencer frustrações se submetendo a elas de forma sadia e com orientação. Aprender a respeitar os pais e a vida. Ter lições diárias de cidadania, direitos humanos – mas o mais importante – passar por frustrações e ter apoio dos pais, sem lamentar e encontrar culpados e sim crescer forte entendendo que neste mundo não podemos ter o controle das coisas.
Pais, ensinem seus filhos a respeitarem vocês e aos outros. Sei que muitos de vocês estão cheio de carências, desesperados em relações funcionais fúteis, e projetando em seus filhos o amor que não tiveram de quem acham que deveriam ter. Negligenciam assim o respeito e querem ser amados – isso contribui para fazer jovens fracos, deprimidos, ansiosos, confusos e vítimas fáceis para o bullying. Lembrem-se: só se ama e se valoriza o que se aprende a respeitar!

TEXTO 5 – Pessoas resilientes têm a capacidade de dar a volta por cima; você é uma delas?
Frente a uma situação difícil, o que você faz: chora, foge ou enfrenta? Pois é, há pessoas que além de ficarem e enfrentarem os problemas, ainda conseguem se beneficiar com eles, aprendendo e crescendo emocionalmente. Essas são as pessoas resilientes.
O termo veio da física para designar a capacidade que alguns materiais têm de absorver impactos e retornar à forma original.
Quando se trata do comportamento humano, a palavra significa a habilidade de lidar e superar as adversidades, transformando experiências negativas em aprendizado e oportunidade de mudança. Ou seja, "dar a volta por cima".
"Ser resiliente é ter a capacidade de enfrentar crises, traumas, perdas, graves adversidades, transformações, rupturas e desafios, elaborando as situações e recuperando-se diante delas", explica Paulo Yazig Sabbag, professor de gestão de projetos e gestão do conhecimento da Faculdade Getúlio Vargas-FGV, e presidente da Sabbag Consultoria. Apesar de o termo ser usado há mais de 30 anos pela psicologia, a palavra ganhou popularidade depois do ataque terrorista ao World Trade Center, nos EUA, em 11 de setembro de 2001.
Depois da tragédia, o governo do então presidente George W. Bush distribuiu cartilhas às pessoas envolvidas com o acidente para ensiná-las e estimulá-las a retomar a vida normalmente, superando o trauma.
No entanto, muitas vezes confunde-se resiliência com resistência – que são duas características diferentes, de acordo com Ana Maria Rossi, presidente do Isma-BR, associação voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento de estresse no mundo.
"Uma pessoa resistente é aquela que 'segura as pontas', resistindo a situações de pressão. Já uma pessoa resiliente, além de suportar a pressão, aprende com as dificuldades e os desafios, usando sua flexibilidade para se adaptar e sua criatividade para encontrar soluções alternativas", explica ela.
Superando traumas
Existem muitos exemplos famosos de pessoas resilientes, que transformaram verdadeiras tragédias em oportunidade de crescimento. Entre eles estão o físico britânico Stephen Hawking, que formulou a teoria da cosmologia quântica após ser acometido por esclerose amiotrófica que comprometeu toda sua mobilidade; o romancista húngaro Imre Kertész, sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz e hoje Prêmio Nobel de Literatura; e o ator Reynaldo Gianecchini que foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkin, um tipo raro de câncer que se desenvolve nos linfócitos e conseguiu se recuperar. Até mesmo o pesquisador que começou a utilizar o termo para estudar o comportamento humano é um exemplo de pessoa resiliente. De acordo com a pesquisadora, ninguém é resiliente sozinho: a interação com outras pessoas é fundamental para superar situações difíceis. "A comunidade onde crianças e adultos vivem pode ajudar a sublimar traumas e compor pessoas resilientes, pela energia vinda dessa interação", afirma.
Fonte: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/09/07/pessoas-resilientes-tem-a-capacidade-de-dar-a-volta-por-cima-voce-e-uma-delas.htm








terça-feira, 17 de outubro de 2017

Aula 19/2017 - UMA NOVA GUERRA FRIA?




TEXTO 1 – FATO MOTIVADOR  - Estados Unidos e Rússia projetam 'nova Guerra Fria'
No auge da Guerra Fria, na década de 1980, os EUA tinham cerca de 300 mil militares baseados na Europa, de prontidão para resistir a uma invasão soviética. Com o fim da URSS em 1991, Washington trouxe para casa quase todo esse pessoal.
Hoje restam apenas 30 mil americanos no Velho Continente. Ironicamente, estão voltando a ter o mesmo papel dissuasivo de antes, à medida que crescem as tensões com o principal Estado sucessor da URSS, a Rússia.
Os EUA, e em menor grau o Reino Unido, a França e outros aliados da Europa ocidental estão agora realizando cada vez mais manobras militares na parte oriental do continente, em países como Lituânia, Bulgária e Polônia.
Os efetivos são meramente simbólicos —por exemplo, uma brigada blindada americana foi enviada à Polônia (com 4.000 homens e 90 tanques pesados M1 Abrams). O objetivo é garantir a segurança dos novos aliados contra aventuras russas, como foram a tomada da Crimeia e o ataque à Geórgia. A Rússia ficou particularmente indignada com a expansão a leste da aliança militar Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) porque são países que antes eram seus aliados do Pacto de Varsóvia. O ano de 2017 pode estar vendo o começo de uma nova Guerra Fria. Assim como no clássico conflito entre URSS e EUA, é difícil chegar a um consenso sobre quando começou.
Pode-se argumentar que já em 1917 foram lançadas as sementes do conflito. Em outubro, será comemorado o centenário da Revolução Russa. Instalou-se, então, um regime político diferente de todos os outros, e que argumentava que não poderia existir convivência com os odiados países capitalistas. Vários países intervieram com tropas para eliminar o nascente Estado socialista. A lembrança dessa intervenção alimenta a tradicional paranoia russa, assim como o ataque surpresa dos alemães em 1941.
Os historiadores costumam usar um discurso de 1947 do presidente americano Harry Truman (1884-1972) como o marco inicial da Guerra Fria. A chamada Doutrina Truman foi criada para combater a expansão geopolítica da URSS. Ela implicava o apoio americano a países ameaçadas pelo comunismo. Os primeiros recipientes dessa ajuda econômica e militar foram Grécia —que viveu uma guerra civil com a guerrilha de esquerda— e Turquia. Em 5 de março de 1946, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill fez um famoso discurso nos EUA, com Truman presente, em que dizia que uma "cortina de ferro" tinha descido na Europa.

TEXTO 2 – Manobras militares russas na fronteira da NATO geram medo e conspirações
Quando um Governo tem de esclarecer publicamente em várias ocasiões que os exercícios militares que o Exército está a planear não são o prelúdio de uma invasão, falar de simples desconfiança será uma subvalorização. Foi o que aconteceu nas semanas que antecederam as grandes manobras militares russas e bielorrussas que começam esta quinta-feira e duram até dia 20.
Moscovo tem tentado acalmar o nervosismo sentido em algumas capitais de Estados-membros da NATO que nos próximos dias terão a poucas centenas de quilómetros das suas fronteiras uma mobilização maciça de activos militares russos. “Algumas pessoas chegam ao ponto de dizer que os exercícios Zapad vão ser usados como uma rampa de lançamento para ocupar a Lituânia, Polónia ou Ucrânia. Nenhuma destas versões paradoxais tem a ver com a realidade”, afirmou no final de Agosto o vice-ministro russo da Defesa, Alexander Fomin, num encontro com adidos militares ocidentais.
Todos os anos, numa metodologia que remonta à era soviética, o Exército russo organiza os seus principais exercícios numa das quatro regiões militares prioritárias – Zapad, que significa Oeste; Vostok, que é Leste; Tsentr, na região central do país, e Kavkaz, no Cáucaso. Ou seja, de quatro em quatro anos, a Rússia mobiliza milhares de soldados, tanques, peças de artilharia, aviação e alguns navios para testar as suas capacidades de defesa junto à sua fronteira ocidental, partilhada com a Aliança Atlântica. Segundo o Ministério da Defesa, os exercícios da edição deste ano terão lugar na Bielorrússia, e nas regiões russas de Leningrado e Pskov, e também no exclave de Kaliningrado, entre a Polónia e a Lituânia.
Mas desde o último Zapad, em 2013, muito mudou nas relações entre a NATO e a Rússia. A Península da Crimeia foi anexada depois de uma rápida ocupação militar por forças russas; grupos rebeldes tomaram de assalto grande parte do Leste da Ucrânia, com alegado apoio de Moscovo; a intervenção do Exército russo na guerra na Síria alterou de forma profunda o desenrolar do conflito a favor do regime de Bashar al-Assad; o Ocidente diz-se vítima de uma ciberguerra lançada por operacionais ligados ao Kremlin para desacreditar as suas instituições democráticas, com destaque para a alegada interferência russa nas eleições dos EUA.
Desconfiança
É neste clima de profunda desconfiança entre os dois blocos, com ecos da Guerra Fria, que as manobras militares em ambos os lados ganham novos contornos. Na sequência da anexação da Crimeia, a NATO reforçou a sua presença nos países limítrofes a Leste, enviando batalhões de “intervenção rápida” que vão rodar entre os três Estados bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) e a Polónia. Em Julho, um exercício liderado pelos EUA mobilizou 25 mil soldados provenientes de mais de vinte países que se dividiram entre a Hungria, Roménia e Bulgária.

TEXTO 3 –'Nova guerra fria' pós-Trump divide Alasca, ex-território russo
No Alasca, a previsão do tempo diária para as cidades de Anchorage, Fairbanks e Juneau divide a tela da TV com as temperaturas previstas para as regiões russas de Chukotka e Kamchatka, do outro lado do estreito de Bering.
O costume só causa estranheza aos turistas, já que, para os moradores do Alasca, a Rússia é um vizinho mais próximo que a maioria dos outros 49 Estados americanos –e não só pela distância de 3,8 km que separa as ilhas de Big Diomede, na Rússia, e Little Diomede, nos EUA. O Alasca guarda até hoje a herança de seus tempos de "América Russa", quando esteve sob domínio do país euroasiático, e seus moradores recusam o clima de "nova guerra fria" desde que o Kremlin foi acusado de interferir nas eleições de 2016.
"A situação política entre a Rússia e os EUA não é o reflexo do que são esses dois países", diz o padre John Zabinko, 62, neto de russos que se diz apaixonado pelas duas nações. "Sou mais americano, mas o meu 'ser americano' é manter as tradições da minha família", explica. Na sua casa, não faltam as tradicionais "borscht", uma sopa de beterraba, e "pirozhki", uma torta de peixe. "Meu filho faz um ótimo 'kulich' [o pão de páscoa russo]", orgulha-se Zabinko, titular da Catedral Ortodoxa Russa Santo Inocêncio, em Anchorage. O religioso diz tentar não trazer a política para a igreja, mas, quando questionado a respeito das investigações sobre a Rússia, ele não hesita:
"Tenho certeza que eles interferiram nas eleições". "Não acho que seja nada novo, é só porque agora eles foram pegos", completa, rindo. Segundo Zabinko, cerca de 200 fieis frequentam a igreja com as tradicionais cúpulas em forma de bulbo, dos quais três quartos são membros de comunidades nativas do Alasca.
Ainda hoje, bonecas matrioskas e garrafas de vodka estão entre os itens mais populares nas lojas de souvenir.
O técnico de manutenção John Oleksa, 38, descendente de russos e americanos, se diz orgulhoso das tradições "dos dois lados", mas nem sempre foi assim. Ele lembra de, ainda criança, na Guerra Fria, não contar para os colegas de escola no Alasca que iria viajar com os pais para Moscou. "Achava que eles iam pensar que éramos comunistas", conta.
O Alasca começou a ser explorado pelos russos perto de 1780, quando os EUA já tinham declarado independência do Reino Unido. Há 150 anos, decidiram vender o 1,55 milhão de km ; para os americanos por US$ 7,2 milhões (US$ 126 milhões em valores atualizados, ou R$ 392 milhões – US$ 87 por km ). Nacionalistas russos defendem que o Alasca volte a ser território do país e chamam o Estado de "Crimeia Americana", em referência à região ucraniana anexada em 2014. No mesmo ano, uma petição criada no site da Casa Branca pedindo a independência do Alasca dos EUA e sua reanexação à Rússia teve mais de 37 mil assinaturas.
"Os EUA pagaram US$ 7,2 milhões em 1867. Hoje o Alasca gera, em poucas horas, um valor muito maior que esse em produção de petróleo."

TEXTO 4 – Não é somente a Rússia!
A história mostra que os Estados Unidos se valeram muitas vezes da sua condição de superpotência para ditar o comportamento de outros países. Desde a política de intervenção do Big Stick (O Grande Porrete) de Theodore Roosevelt, no começo do século XX, até a invasão do Iraque, 100 anos depois, os americanos eram os diretores da escola mundial, distribuindo tanto conselhos como advertências pela classe. Agora, um de seus melhores alunos já dá palpites na vida dos mestres. A China não se considera mais um mero receptor de discursos de Washington sobre economia - ou democracia. Logo após o rebaixamento da nota dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos pela Standard&Poor’s, no último dia 5, os chineses cobraram mudanças na conduta americana. “A China, o maior credor da única superpotência do mundo, tem todo o direito de exigir que os Estados Unidos resolvam seus problemas estruturais da dívida e garantam a segurança dos ativos chineses em dólares”, afirmou uma nota da agência oficial do país, Xinhua. Horas depois, a Casa Branca se manifestou. Sem mencionar os chineses, o porta-voz Jay Carney admitiu que os EUA “precisam melhorar” na tarefa de enfrentar os problemas de sua economia. Na Guerra Fria que se configura neste século XXI, a voz de Pequim está mais grossa do que nunca.










domingo, 8 de outubro de 2017

Aula 18/2017 - Separtatismos




Material da Aula

TEXTO 1 – FATO MOTIVADOR  - Catalunha desafia Governo espanhol e dá início à campanha separatista
O Governo da Catalunha e as lideranças independentistas ignoraram as advertências do órgão máximo da Justiça espanhola, o Tribunal Constitucional, sobre a suspensão do referendo para a separação da Catalunha, previsto para acontecer no dia 1º de outubro, e deram início à campanha eleitoral pelo 'sim' na tarde desta quinta-feira (noite, no horário local). O comício na Praça de Touros da cidade de Tarragona reúne cerca de 7.500 pessoas - 6.000 nas arquibancadas e 1.500 na arena - incluindo o presidente da Generalidade da Catalunha, Carles Puigdemont.
Com gritos de "independência, vamos votar!", "Não temos medo!" e "fora Ballesteros!" (o prefeito socialista que se recusa a ceder espaços para a campanha), os independentistas deram uma nova demonstração de força diante do governo de Mariano Rajoy.
Rajoy decidiu não agir contra o ato. No entanto, o Governo avisou ao responsável pelo local onde acontece o evento que a sua realização pode ser considerada crime e, portanto, pode envolver consequências penais.
A Catalunha, uma das regiões mais ricas da Espanha, representa 19% do PIB do país e tem 7,5 milhões de habitantes, 12% da população total. Os independentistas têm maioria no Parlamento regional e há três anos promovem um processo para se separar da Espanha. O Governo de Madri sempre recusou a convocatória de um referendo pedido pelos nacionalistas catalães. As autoridades da Catalunha decidiram então fazer essa consulta popular sem reconhecer a legalidade espanhola.
O conselheiro (secretário) de Interior do Governo regional da Catalunha, Joaquim Forn, manifestou nesta manhã sua esperança de que a Justiça espanhola não obrigue os Mossos d’Esquadra (polícia regional) a impedirem a realização do comício independentista. Da mesma maneira, Forn espera que os Mossos “sejam poupados” da ordem de deter prefeitos catalães que deponham como investigados por colaborarem com a realização do referendo. “Buscaremos uma maneira tranquila” de cumprir as ordens judiciais, acrescentou o conselheiro.

TEXTO 2 – Milhares nas ruas de várias cidades contra referendo separatista
Milhares de pessoas concentraram-se hoje (30/09) em frente às câmaras municipais de várias cidades espanholas, incluindo de Barcelona, para se manifestarem contra a realização do referendo pela independência na Catalunha, agendado para domingo, e para reivindicar a "unidade de Espanha".
De acordo com a agência espanhola EFE, a maior manifestação ocorreu em frente à Câmara Municipal (Ayuntamiento) de Madrid, na praça de Cibeles.
Milhares de pessoas concentraram-se no local, entoando gritos de protesto como "A Espanha unida, jamais será vencida" ou "[Carles] Puigdement para a prisão", numa referência ao presidente do governo regional catalão, que tem insistido na realização do referendo pela independência.
O Tribunal Constitucional espanhol considerou ilegal uma consulta popular nos moldes propostos pelo Governo regional, pelo que o Governo espanhol e a justiça espanhola têm vindo a tomar medidas para impedir a votação no domingo. Ainda assim, a Generalitat (governo catalão) insiste que ocorrerá uma votação pela separação da Catalunha.
A multidão em Madrid também lançou gritos de apoio ao trabalho da Guardia Civil e da Polícia Nacional espanhola, ambas encarregadas de garantir que a polícia regional catalã, os Mossos d'Esquadra, impeça a votação nas mais de 2.300 assembleias de voto designadas.
O protesto foi convocado pela Fundação para a Defesa da Nação Espanhola (Denaes), sob o lema "Espanha somos todos". A Delegação do Governo de Madrid (equivalente aos antigos Governos Civis em Portugal) estimou que cerca de dez mil pessoas participaram no protesto. Muitas delas desfraldaram bandeiras espanholas na manifestação.

TEXTO 3 –Movimentos Separatistas da Espanha: Bascos e Catalães
A Espanha – assim como inúmeros outros países – possui um Estado multinacional, ou seja, contempla em seu território inúmeras nações ou troncos étnicos que possuem um relativo grau autônomo de organização e coesão sociais. No entanto, ao contrário de muitas outras localidades, em que a convivência dessa pluralidade se sustenta de forma relativamente pacífica, no espaço geográfico espanhol há uma elevada instabilidade política envolvendo, especialmente, catalães e bascos, além de algumas outras etnias (como os galegos e navarros).
A questão dos catalães e dos bascos, apesar de possuir raízes históricas mais antigas, tornou-se mais evidente durante a ditadura espanhola de Francisco Franco, que durante 38 anos (1939-1977) reprimiu duramente qualquer manifestação de independência por parte desses povos. A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre os objetivos e as caracterizações histórico-geográficas desses povos que buscam a constituição de seus respectivos Estados nacionais.
A questão da Catalunha
Os catalães localizam-se na região nordeste da Espanha, constituindo uma nação relativamente coesa sobre o território espanhol, com uma língua própria (o catalão) e sua própria matriz cultural. Estima-se que essa nacionalidade tenha constituído sua territorialidade na Europa por volta do século XII e teve sua autonomia destituída, de forma definitiva, ao final da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714), que unificou de vez o território espanhol sob o domínio do idioma castelhano.
Apesar da dependência política em relação ao Governo Espanhol, a região da Catalunha foi uma das que mais se desenvolveram economicamente na região, tendo sido a primeira a se industrializar no país, ao longo do século XVIII. Assim, por ter se tornado a localidade economicamente mais estável, a Catalunha presenciou um movimento intelectual em seus domínios, no século XIX, chamado de “Renaixença” (Renascimento), em que se buscava resgatar a identidade cultural e o idioma original dos catalães. Esse movimento esteve na base da busca pela independência da Catalunha.
Em 1932, chegou-se a aprovar um estatuto catalão com a criação de um governo autônomo reconhecido por Madrid, capital e centro do Governo Espanhol, e uma consequente proclamação da República Catalã. No entanto, essa república durou pouco tempo, uma vez que a ditadura de Francisco Franco acabou com qualquer autonomia dessa nação, agindo com forte repressão e proibindo, inclusive, o uso do idioma catalão no país.
A concessão de uma certa autonomia catalã, ao contrário do que imaginava a Espanha, não acalmou o sentimento de separação por parte dos catalães, que até hoje reivindicam avanços nesse sentido. Atualmente, pesquisas recentes demonstram uma indecisão da população da Catalunha entre o estabelecimento ou não de um Estado-nação totalmente independente. Apesar disso, as manifestações e protestos pró-independência são frequentes na região, deflagrando a elevada instabilidade política local.
A questão do País Basco
O País Basco – que, na verdade, não é um país – configura-se, atualmente, como uma das regiões autônomas da Espanha, ocupando uma área de 20 mil quilômetros quadrados, onde vivem mais de 3 milhões de habitantes. Os bascos ocupam a Península Ibérica há mais de 5 mil anos, resistindo a diversas invasões (inclusive a dos Romanos) e preservando os seus costumes ao longo do tempo, mesmo com a dominação posterior exercida pelos povos bárbaros. Atualmente, o idioma dessa nação é o mais antigo dentre os atualmente utilizados na Europa.
Além de ocupar parte do território espanhol, em sua porção norte, os bascos também habitam parte do sul da França, onde a convivência é mais pacífica, em razão do fato de apenas 10% daquilo que seria propriamente o país dos bascos se localizar em território francês.
Os bascos passaram a ser parte do território da Espanha a partir do século XV, tendo sua divisão com a França solucionada no século XVII. Apesar disso, os bascos conquistaram, ao longo do tempo, uma relativa autonomia, diferentemente, até então, das demais etnias localizadas no território espanhol.
No entanto, assim como ocorreu na Catalunha, o País Basco sofreu a dura repressão da ditadura de Francisco Franco, que restringiu os movimentos de independência e proibiu o uso do idioma basco. Assim como ocorreu com os catalães, esse período serviu para aflorar ainda mais o sentimento de recusa à dominação hispânica, fazendo surgir, inclusive, o grupo terrorista ETA (Euskadi Ta Askatasuna: “Pátria Basca e Liberdade”, em basco), que realizou atentados terroristas a partir da década de 1970.
O que se pode concluir com o caso dos bascos e dos catalães é que esses sentimentos separatistas em relação à Espanha tiveram duas matrizes diferentes: os primeiros possuem um cunho histórico e político muito fortes, enquanto os segundos seguem uma agenda cultural desde o movimento renascentista do século XIX. Diferenças à parte, os cientistas políticos consideram que a tendência é que eles não consigam suas independências durante os próximos anos, em face do forte apoio que o Estado Espanhol possui por parte da União Europeia e da ONU (Organização das Nações Unidas).
TEXTO 4 - Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência?
Não é de hoje que territórios e países em diferentes partes do mundo buscam independência. Da Crimeia, que foi recentemente anexada à Rússia em um controverso processo, à Escócia, que desejava a independência em relação ao Reino Unido, assim como Irlanda do Norte e País de Gales, à Catalunha, na Espanha, vários movimentos tentaram obter ou persistem na ideia de separação.
Os movimentos separatistas surgem por diferentes motivos. Podem ter cunho político, étnico ou racial, religioso ou social. Em sua maioria, trata-se de colônias ou territórios pequenos que se sentem desvalorizados pelos governos principais de seus países e buscam na independência uma forma de valorizar e garantir mais direitos e investimentos à sua população.
A Europa é o continente que mais vivencia essa situação de “desejo de independência”. Tal situação preocupa a União Europeia, que teme que caso um grupo separatista ganhe a causa provoque um efeito cascata nos demais movimentos.
Quando uma região ou território se torna independente mudam-se fronteiras, alianças, relações econômicas e blocos, e os “novos” países têm que iniciar uma série de reformas, criando instituições próprias como Banco Central, Forças Armadas, entre outras, e o “novo” país precisa ser reconhecido por outros países.
Conheça os principais territórios e países que, atualmente, desejam a separação ou ainda buscam o reconhecimento de sua independência, e os objetivos de cada um.
REINO UNIDO
O Reino Unido é um país europeu formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Sua capital é Londres, a mesma da Inglaterra, o que já aponta uma liderança desse país no bloco. Essa liderança, enxergada como favorecimento por uns, é um dos motivos do surgimento de movimentos separatistas nos demais países.
EX-UNIÃO SOVIÉTICA
Muitos movimentos separatistas que existem hoje na área da antiga União Soviética (composta pelos países Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Transcaucásia, Estônia, Lituânia, Letônia, Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguizão e Tadjiquistão) ainda remontam da época do final do país, em 1991, que deu à região uma nova configuração, com novos países. Muitos territórios ainda brigam pelo reconhecimento de sua independência.
OUTRAS PARTES DA EUROPA
Flanders (Bélgica): Com uma população de 6,4 milhões de habitantes, Flandres busca sua independência completa da Bélgica. A causa é defendida por partidos da ala conservadora, como o Vlaams Belang.
Ilha de Córsega (França): Na terra natal de Napoleão Bonaparte a vontade de tornar-se um território independente existe desde 1976. Quem mais difunde esse ideal é a FLNC (Frente de Libertação Nacional da Córsega), movimento político nacionalista e de luta armada. Os moradores da ilha tem seu próprio idioma e se referem ao resto da França como “continente”.
Padania (Itália): A unificação da Itália na segunda metade do século 19 não eliminou as diferenças regionais de seus territórios. Desde 1991 a Liga Norte (Lega Nord), grupo criado pelo político Umberto Bossi, defende a separação de uma área da região norte chamada de 'Padania'.
Kosovo (Sérvia): Declarou sua independência da Sérvia em 2008, é reconhecido por vários países, mas não é membro da ONU. Sérvia, Rússia, China e outros países também não reconhecem a separação. Por esse motivo, sua independência não é tida como bem-sucedida. OUTRAS PARTES DO MUNDO
Quebéc (Canadá): O movimento de independência é liderado pelo PQ (Parti Québécois). No entanto, contra eles pesam os resultados de dois referendos sobre a questão, um em 1980 e outro em 1995, onde o “não” saiu vitorioso. Mesmo assim, o PQ quer convocar um terceiro referendo.
Tibete (China): O Tibete manteve o status de país independente entre 1911 e 1950. A situação mudou com a chegada de Mao Tsé-tung ao poder. Em 1963, a região foi nomeada Região Autônoma e hoje tem um governo apoiado pela China, que não abre mão de controlar o território.
República Turca do Chipre do Norte (Chipre): Parte do território da ilha de Chipre que se considera independente desde 1983 e vive de acordo com as próprias leis sem, no entanto, ter sua independência reconhecida pela comunidade internacional. A região foi invadida pela Turquia em 1974 após um golpe militar greco-cipriota.
Curdistão (Iraque): Considerada a área mais estável do Oriente Médio, o Curdistão iraquiano já é uma região autônoma, mas ainda busca sua plena independência. Além do Iraque, a área do Curdistão se distribui pela Turquia, Irã, Síria, Armênia e Azerbaijão. Os curdos são um grupo étnico com sua própria língua e cultura, diferentes das populações árabe, persa e turca predominantes na região. As diferenças culturais, a estabilidade econômica (a área é rica em petróleo) e a visão não tão radical da religião motiva os curdos iraquianos a desejarem a independência.

Fonte: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/geopolitica-quais-sao-e-o-que-querem-os-territorios-que-brigam-por-independencia.htm


Alguns Videos






Algumas Questões

Os conflitos étnicos e os separatismos - Questões de vestibular

VESTIBULAR 2014


(UEA) O debate sobre a organização do espaço feito pela Geografia é auxiliado por uma categoria que está ligada à ideia de domínio ou gestão de determinada área. Estas características correspondem à categoria
a) região.
b) paisagem.
c) espaço.
d) lugar.
e) território.



(UDESC) Analise as proposições sobre Israel e Palestina.

I. O conflito entre Israel e Palestina começou no século XX, quando os judeus começaram a comprar terras na Palestina. Na década de 30, milhares de judeus já viviam nesta região.
II. O primeiro confronto armado entre Israel e Palestina aconteceu em 1967, o que se convencionou chamar de Guerra dos Sete Dias.
III. A mais importante tentativa de paz entre Israel e Palestina, durante o século XX, aconteceu em 1993. O acordo foi assinado entre Yasser Arafat, líder da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), e o primeiro ministro de Israel, Yitzhak Rabin.
IV. Em 2000, nova tentativa de paz foi negociada pelos EUA, sem sucesso, dando início à segunda intifada, o levante armado palestino.

Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

(ESPM) No momento em que Israel e palestinos retomaram negociações de paz, após quase três anos de interrupção, cabe lembrar um momento referencial para essa questão. Encerrada a Segunda Guerra Mundial e sob o impacto da revelação dos horrores dos campos de concentração nazistas na Europa, na sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas de 1947 foi aprovada a resolução no. 181 que recomendava:
a) a confirmação mandato de ocupação britânica em toda a Palestina, onde deveriam viver como súditos britânicos tanto judeus como palestinos;
b) a partilha da Palestina em dois Estados, um árabe e um judeu;
c) a concessão de todo o território da Palestina para a criação de um Estado judeu;
d) o reconhecimento do direito dos árabes muçulmanos ao território da Palestina, negando qualquer direito aos judeus;
e) o estabelecimento de um mandato da ONU sobre o território da Palestina a partir daquela data.

(UERJ) A Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948) conta hoje com a adesão da maioria dos estados-nacionais. O conteúdo desse documento, no entanto, permanece como um ideal a ser alcançado. Observe o que está disposto em seu artigo XV:

1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.

portal.mj.gov.br


Desde a década de 1960, em virtude de conflitos, o direito expresso nesse artigo vem sendo sonegado à maior parte da população pertencente ao seguinte povo e respectivo recorte espacial:
a) árabe – regiões ocupadas pela Índia   
b) esloveno – distritos anexados pela Sérvia   
cpalestino – territórios controlados por Israel   
d) afegão – províncias dominadas pelo Paquistão   

VESTIBULAR 2013

(UNICENTRO) Sobre os conflitos étnicos e a questão das nacionalidades, assinale a alternativa correta.

a) Os conflitos étnicos da Irlanda têm como principal foco o rompimento da supremacia britânica sobre os irlandeses, dentro da Grã-Bretanha. Neste caso, a Irlanda do Norte e a Irlanda do Sul uniram-se contra ingleses e escoceses.
b) Os conflitos étnicos mais recentes, ocorridos na África, opõem as populações tribais locais ao colonizador. Em Angola, por exemplo, as tribos locais uniram-se contra a população de origem portuguesa, o antigo dominador.
c) Os conflitos entre árabes e judeus são essencialmente de fundo religioso, alimentando a oposição entre palestinos e judeus. Neste caso, os conflitos por território são apenas secundários tendo, mesmo, deixado de fazer parte da pauta de negociações, na última década.
d) A “Questão Basca” envolve a reivindicação dos bascos quanto ao aumento da autonomia política e também cultural, junto ao governo espanhol, bem como uma possível independência do País Basco.
e) Os curdos pertencem a uma etnia de origem libanesa, sendo um povo de características raciais e culturais muito homogêneas. Vivem na província do Curdistão, no leste da Turquia e reivindicam maior liberdade religiosa, não se envolvendo em conflitos pela posse de território.





(ESPM) Leia os textos e responda:

Em visita a Israel, o candidato republicano Mitt Romney afirmou que Jerusalém é a capital do Estado judeu.
A declaração de Romney de que Jerusalém é a capital de Israel está alinhada à afirmação feita pelos governos israelenses, ainda que os Estados Unidos e outras nações tenham suas embaixadas em Tel Aviv.
(http//www.valor.com.br/internacional)

Os palestinos acusaram o candidato republicano à presidência dos EUA, Mitt Romney, de minar as perspectivas de paz, pois segundo o próprio chefe negociador palestino, Saeb Erekat, não pode haver Estado palestino sem Jerusalém Oriental.
(http//www.g1.globo.com/mundo/notícias/2012/07)

A ocupação de Jerusalém Oriental pelo exército de Israel e o domínio de toda a cidade pelos israelenses ocorreu :
a) durante a Guerra da Fundação de Israel, em 1949;
b) na Guerra de Suez, em 1956;
cna Guerra dos 6 Dias, em 1967;
d) na Guerra do Golfo, em 1991;
e) depois do 11 de Setembro, em 2001.

(UEA) Índia e Paquistão disputam a região da Caxemira desde 1947. Os intensos conflitos armados entre esses países os levaram a uma acirrada corrida armamentista que culminou com a sua entrada no grupo de países detentores de armas nucleares. As causas dos conflitos na região da Caxemira estão relacionadas

a) ao imperialismo francês, que colonizou a região e juntou povos com diferentes religiões e culturas.
b) à sua posição geográfica estratégica, localizada no sul da Índia, sendo a principal rota marítima das grandes embarcações.
c) às diferenças religiosas entre a Índia, de maioria hindu, e a região da Caxemira, de maioria muçulmana.
d) às rivalidades milenares entre povos paquistaneses, de origem báltica, e os indianos de origem muçulmana.
e) à presença de fartas reservas de petróleo, que torna a região estratégica para o desenvolvimento da Índia.



(URCA)  “Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?” Eduardo Galeano


“Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem
permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo
castigada. Converteu­se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.”

Com base no fragmento do texto de Eduardo Galeano é correto afirmar que:
a) Os Estados Unidos se consideram em estado de guerra com Israel e, desde 1948, não cessam de
proclamar sua vontade de lançar os israelitas no mar e de riscar seu Estado do mapa do Oriente Médio.
b) O estado palestino, criado pelo Acordo de Oslo, em 1993, tem sua implantação fiscalizada pela ANP (Autoridade Nacional Palestina), com a ajuda financeira dos Estados Unidos da América, da União Européia e dos principais grupos palestinos: o Fatah e o Hamas.
c) Os conflitos entre israelenses e palestinos passa também pelo domínio das águas da bacia do rio Nilo.
d) A Organização das Nações Unidas aprovou, em 1947, a divisão da Palestina, então administrada pelos
britânicos, em um estado árabe e outro judeu, possibilitando a criação de Israel, em 1948.
e) Os grupos terroristas Judeus surgiram na década de 1980 objetivando combater o estado da Palestina e a implantação de um estado de Israel islâmico.

UFES) A onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos de países árabes, conhecida como Primavera Árabe, tem provocado a queda de alguns governos ditatoriais.

a) Cite 4 (quatro) países árabes onde ocorreram as manifestações referidas acima.

b) Explique como as redes sociais (Facebook, Twitter) e os meios de comunicação têm contribuído para o desenvolvimento dos conflitos em países árabes de governos ditatoriais.

Resolução:

a) Argélia; Líbia; Egito; Jordânia; Iêmen; Arábia Saudita; Líbano; Síria.
Também: Palestina; Omã; Mauritânia; Marrocos; Djibuti; Barein; Iraque; Kuwait...

b) O Facebook e o Twitter têm sido usados na mobilização da população e na organização de protestos. A rede de TV Al Jazeera tem sido usada na cobertura e divulgação dos movimentos.

(UCS) O racismo e a intolerância causaram diversos massacres e injustiças no decorrer da história, dos gregos e romanos até os dias atuais.

Considere as seguintes afirmativas sobre alguns desses massacres e injustiças.

I. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha nazista perseguiu minorias que não correspondiam a seu ideal de raça ariana ou raça pura. Além de seis milhões de judeus, foram executados ciganos, homossexuais, presos, deficientes, militantes políticos e outros grupos étnicos e religiosos.
II. O Apartheid, regime que durou de 1948 a 1994, restringiu os direitos dos não brancos na África. Nelson Mandela passou 27 anos preso por lutar pelos direitos dos negros em seu país e tornou-se presidente depois de libertado.
III. Os homossexuais sofreram perseguição com a expansão do cristianismo. Em alguns países, foram presos e condenados à morte. Hoje, apesar de toda a repressão legal e social, a homofobia continua sendo frequentemente expressada, muitas vezes com violência física.

Das afirmativas acima, pode-se dizer que

a) apenas está correta.
b) apenas II está correta.
c) apenas II estão corretas.
d) apenas II III estão corretas.
eIII III estão corretas.

VESTIBULAR 2012



(IFBA)

 “Os Estados Árabes se consideram em estado de guerra com Israel e, desde 1948, não cessam de proclamar sua vontade de lançar os israelitas no mar e de riscar seu Estado do mapa do Oriente próximo (...).”

FRIEDMANN, Georges. Fim do povo judeu? São Paulo: Perspectiva, 1969, p. 243.

Iniciado em 1848, o conflito palestino-israelense constituiu, no Oriente Médio, o que se convencionou chamar de Questão Palestina, que está longe de ser resolvida, ainda hoje, e pode ser relacionada à

a) exigência, pelos países do Oriente Médio, de cumprimento do Plano da ONU de Partição da Palestina, que criava o Estado Palestino no final da Segunda Guerra Mundial.
b) incapacidade dos países vencedores da Segunda Guerra de garantir a paz no Ocidente nos anos posteriores ao conflito, provocando uma fuga em massa de judeus para a Palestina.
c) construção de um padrão de instabilidade nas relações internacionais pelo recém-criado Estado de Israel, que contava com o apoio dos Estados Unidos, da União Soviética e da ONU.
d) recusa árabe à partilha da Palestina, imposta pela ONU, que submeteu a maior parte do território ao controle do recém-criado Estado de Israel, sem que se respeitasse a soberania dos povos desta região.
e) extinção oficial do mandato britânico sobre a Palestina, no final da Segunda Guerra, com reconhecimento imediato pelos países vencedores da independência de todos os países do Oriente Médio.

(UFRN) O Oriente Médio, foco de conflitos geopolíticos, nacionalistas e religiosos que geram preocupações em diferentes países, é considerado uma das principais áreas estratégicas do mundo

a) por ter o seu território banhado pelos oceanos Pacífico e Índico e por sua importância no mercado mundial, devido ao elevado consumo de carvão mineral.
b)  devido à sua localização próxima à China e à Índia e à sua importância econômica como principal produtora de carvão mineral em escala mundial.
cdevido à sua localização entre Ásia, Europa e África e à sua importância econômica como detentora das maiores reservas mundiais de petróleo em terra.
d) por ter o seu território banhado pelo Mar Mediterrâneo e Mar Vermelho e por sua importância no mercado mundial como principal consumidora de petróleo.




(ESPM) Observe o texto e o mapa abaixo:

Sudão do sul, independente e vulnerável

No sábado 9, o mundo ganhou um novo país: o Sudão do Sul. A nação, maior que a Bahia, nasce carregando o título do Estado mais pobre do mundo, onde três dos estimados nove milhões de habitantes precisam de ajuda humanitária para se alimentar e 90% vivem com até 50 centavos de dólar por dia (cerca de 0,80 centavos de reais).

(Carta Capital disponível em http://www.cartacapital.com.br/internacional/ sudao-do-sul-independente-e-vulneravel. Acesso: 30/09/11)

Em relação à geografia do novo país, está correto afirmar:

a) Localizado na África Austral, as ricas jazidas de ferro e cobre apresentam-se como oportunidades futuras em melhores dias para amenizar o alto índice de miséria existente.
b) Localizado entre a África Oriental e Central, e de maioria cristã e animista em oposição ao norte islâmico, o Sudão do Sul vê no petróleo as melhores perspectivas futuras.
c) Localizado na África Ocidental, o novo país tem nas áreas de plantation a base da economia exportadora de gêneros tropicais, como cacau e açúcar.
d) O conflito étnico entre tutsis e hutus levou a um genocídio nesse novo país da África Oriental, cuja separação em duas partes pareceu ser a única solução possível.
e) O novo país de maioria islâmica localiza-se na África Setentrional e o clima mediterrâneo favorece o cultivo de videiras e oliveiras, os principais produtos de exportação.

(UNICAMP) Em discurso proferido em 20 de maio de 2011, o presidente dos EUA, Barack Obama, pronunciou-se sobre as negociações relativas ao conflito entre palestinos e israelenses, propondo o retorno à configuração territorial anterior à Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967.

Sobre o contexto relacionado ao conflito mencionado é correto afirmar que:
a) A criação do Estado de Israel, em 1948, marcou o início de um período de instabilidade no Oriente Médio, pois significou o confisco dos territórios do Estado da Palestina que existia até então e desagradou o mundo árabe.
b) A Guerra dos Seis Dias insere-se no contexto de outras disputas entre árabes e israelenses, por causa das reservas de petróleo localizadas naquela região do Oriente Médio.
c) A Guerra dos Seis Dias significou a ampliação territorial de Israel, com a anexação de territórios, justificada pelos israelenses como medida preventiva para garantir sua segurança contra ações árabes.
d) O discurso de Obama representa a postura tradicional da diplomacia norte-americana, que defende a existência dos Estados de Israel e da Palestina, e diverge da diplomacia europeia, que condena a existência dos dois Estados.

VESTIBULAR 2011



(FATEC) “Palavras de ordem, símbolos, propaganda, atos públicos, vandalismo e violência são, atualmente, manifestações de hostilidade frequentes contra estrangeiros na Europa. Os países onde mais intensamente têm ocorrido conflitos são Alemanha, França, Inglaterra, Bélgica e Suíça.”

(MOREIRA, Igor e AURICCHIO, Elizabeth. Construindo o espaço mundial. 3.ª ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 37. Adaptado.)

Sobre o fenômeno social enfocado pelo texto, é válido afirmar que se trata de conflitos

a) civis e militares, relacionados às formas históricas de exploração dos países do chamado Terceiro Mundo.
b) ligados ao nacionalismo, ao racismo e à xenofobia, no contexto globalizado das grandes migrações internacionais.
c) entre imigrantes das diversas nacionalidades que invadem a Europa, atualmente, na disputa por empregos e por melhores condições de vida.
d) culturais, principalmente causados pelo conflito armado entre países católicos e protestantes, mas também, sobretudo, conflitos contra países islâmicos.
e) étnicos e sociais decorrentes das dificuldades de desenvolvimento de países europeus em continuar a sua industrialização nos setores tecnológicos de ponta.

(UENP) Analise as assertivas abaixo referentes à Caxemira.

I. A Caxemira é uma região disputada tanto pela Índia quanto pelo Paquistão, em virtude de localizaremse, nessa área, as nascentes dos rios Indo e Ganges, além de outras razões.
II. Índia e Paquistão travaram três guerras desde a independência da Inglaterra, em 1947. Duas delas foram por disputas da Caxemira.
III. A Índia controla 40% da Caxemira; o Paquistão, um terço; a China, o resto.
IV. Os muçulmanos são maioria na região e há 12 anos eles começaram a lutar pelo separatismo, num conflito que já matou mais de 33 mil pessoas. O Paquistão propõe um plebiscito para definir o futuro da
área. A Índia prefere a mediação internacional.

Estão corretas:

a) todas as assertivas
b) apenas I e II
c) apenas II e III
d) apenas III e IV
e) apenas I e IV

(UDESC) Leia a notícia abaixo.

“França proíbe o uso do véu islâmico em locais públicos – Projeto de lei veta traje que cobre todo o corpo e/ou deixa só olhos à mostra. A França está prestes a entrar para o grupo de países europeus que decidiu proibir o uso do véu islâmico em locais públicos. A Câmara Baixa francesa aprovou, com 335 votos a favor e um contra, o projeto de lei que proíbe o uso da burca (cobre todo o corpo e rosto) ou o niqab (deixa apenas os olhos à mostra). O texto foi aprovado na última segunda-feira pelos deputados da maioria conservadora da União por Movimento Popular (UMP), sem a presença dos socialistas, que já haviam alertado que não participariam da votação. O projeto segue para o voto no Senado em setembro, onde se espera que passe facilmente. A medida conta com o apoio da população francesa, segundo pesquisas divulgadas nas últimas semanas, mas atrai críticas do mundo muçulmano.”

(Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,206,2970825,Franca-proibe-o-uso-do-veu-islamico-em-locais-publicos.html)

Com base na notícia, analise as proposições abaixo.

I. Fica clara a influência da religião islâmica no Estado Francês, que se mostra preocupado em manter as especificidades da cultura religiosa islâmica.
II. A medida de proibição que conta com apoio da população francesa está relacionada à democracia e ao ideal republicanos que os franceses alimentam, construídos desde a Revolução Francesa, e que separou o Estado de quaisquer manifestações de religiosidade.
III. Os franceses são antiterroristas e, por isso, querem impedir o crescimento do islamismo naquele país, pois para os franceses um religioso islâmico é sempre um terrorista.
IV. Os franceses são contra o uso do véu em lugares públicos porque ele seria um símbolo da subserviência feminina.

Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

(UFAC) “O grupo palestino Hamas disse que lutará até que Israel atenda suas exigências para um cessarfogo.”

BOWEN, Jeremy. Cessar-fogo não deve pôr fim à guerra na Faixa de Gaza. BBCBrasil.com. Disponível em:http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/09 0118_gazatregua_analise_fp.shtml.

O texto do site da BBCBrasil.com trata dos conflitos armados entre palestinos e o Estado de Israel, que teve seu início quando:

a) Na Declaração de Balfour, em que foi concedido apoio britânico para a criação de uma pátria judaica na Palestina.
b) A ONU, no ano de 1947, fez a divisão entre os territórios da Palestina e Israel. Ação que desencadeou um ataque da Liga Árabe ao Estado de Israel.
c) No movimento sionista, criado no séc. XIX, por Theodor Herzl, que tinha como propósito a formação de um estado judaico com reconhecimento internacional da Palestina.
d) Na assinatura dos Acordos de Camp David, pelos quais se estabelecia a concordância na negociação para a devolução do Sinai ao Egito e a autonomia restrita aos palestinos que habitavam Gaza.
e) Na Intifada e no Haganah.





(UFT)

No mundo atual presenciamos conflitos étnicos, religiosos e povos sem um Estado-Nação definido, como no caso o povo curdo. A população curda chega a 26,3 milhões nos principais países onde esta população vive.
(TAMDJIAN,2005)
Com base na informação, é CORRETO afirmar que os curdos vivem principalmente:

a) Na faixa de gaza entre a Palestina e Israel em que os conflitos são frequentes mediante a disputa de territórios, o povo curdo sofre a violência e é excluso de direitos.
b) Na antiga Alemanha Oriental, com o fim da guerra fria os curdos ficaram sem pátria.
c) Nas Repúblicas Independentes da antiga União das Repúblicas Soviéticas como Lituânia, Estônia, Letônia, em que as disputas pelo território têm ocorrido com um grande número de genocídio.
d) Em países do Oriente Médio como Turquia, Síria, Irã, Iraque e Armênia em que os curdos não têm direitos políticos e são discriminados pelos governos.
e) Em países do Oriente Médio como Arábia Saudita, Iraque, Iêmen, Israel, Líbano e Jordânia em que o petróleo tem sido um dos fatores pela disputa do território em que os curdos ficaram exclusos e sem pátria.

(UPE) Populações inteiras são, às vezes, expulsas de seus territórios. Esses povos sem-território ficam acuados e privados de seus direitos de cidadania e passam a viver em condições extremamente precárias. Exemplifica esse fato a guerra entre as etnias hutu e tutsi, que provocou aproximadamente meio milhão de refugiados. Essa desterritorialização aconteceu na(no, em)

a) Croácia.
b) Eritreia.
c) Azerbaijão.
d) Afeganistão.
e) Ruanda



(UNIFESP) As últimas duas décadas foram marcadas pela ocorrência de vários conflitos de caráter étnico, religioso e separatista. O atentado ao metrô de Moscou, em março de 2010, fez ressurgir o movimento separatista da Chechênia.

Sobre essa temática, responda.

a) Qual a localização geográfica da Chechênia?

b) Cite as principais causas desse conflito.

Resposta:

a) A Chechênia localiza-se na região do Cáucaso, entre os mares Negro e Cáspio. Fazia parte da União Soviética até o seu desmembramento, em 1991; a partir daquele ano passou a fazer parte da Federação Russa. Desde então lideranças locais têm lutado pela autonomia completa, declarando a independência da República Chechena da Ichkéria, unidade política até hoje não reconhecida por nenhum pais ou organi­zação supranacional.

b) O conflito recente da Chechênia ocorreu com a declaração de independência, não aceita pela Rússia, que procura manter sua hegemonia sobre a região. Alguns especialistas apontam que entre as causas do conflito está o fato de a Chechênia ter uma população majoritariâmente islâmica e de o governo russo temer que a constituição de um Estado fundamentalista religioso na região sirva de exemplo para outros movimentos separatistas, já que há no pais uma enorme diversidade étnica. Há ainda a preocupação com o controle dos oleodutos e gasodutos que cortam o território da Chechênia.



(ESPM) O diálogo a seguir circunscreve-se à realidade política do mapa abaixo, cujo país deixou de existir:

“Foram os sérvios que fizeram isso, pai?” pergunta o garoto de 7 anos. A tensão aumenta, e é prontamente repreendido. “Não fale essa palavra aqui, em voz alta,” aconselha Milomir, visivelmente perturbado.

(Carta Capital, 11 de agosto de 2010.)




A tensão retratada no texto refere-se à:

a) herança deixada pela hegemonia política croata, à época da existência da Iugoslávia e que hoje prossegue na Eslovênia.
b) convivência entre sérvios muçulmanos e bósnios cristãos na atual Bósnia-Herzegovina.
c) convivência entre bósnios-croatas e bósnios-muçulmanos no novo país erigido após a dissolução iugoslava e hoje formado por duas entidades na Bósnia Herzegovina.
d) realidade na atual Sérvia-Montenegro, formada por dois povos rivais, os cristãos ortodoxos e os bósnios muçulmanos.
e) nova realidade vivida no Kossovo, o mais jovem país do mundo, onde convivem duas nações distintas e inimigas, os croatas cristãos e os albaneses muçulmanos.




(FUVEST)

África vive (...) prisioneira de um passado inventado por outros.
Mia Couto, Um retrato sem moldura, in Leila Hernandez, A África na sala de aula. São Paulo: Selo Negro, p.11, 2005.

A frase acima se justifica porque
a) os movimentos de independência na África foram patrocinados pelos países imperialistas, com o objetivo de garantir a exploração econômica do continente.
b) os distintos povos da África preferem negar suas origens étnicas e culturais, pois não há espaço, no mundo de hoje, para a defesa da identidade cultural africana.
c) a colonização britânica do litoral atlântico da África provocou a definitiva associação do continente à escravidão e sua submissão aos projetos de hegemonia europeia no Ocidente.
d) os atuais conflitos dentro do continente são comandados por potências estrangeiras, interessadas em dividir a África para explorar mais facilmente suas riquezas.
e) a maioria das divisões políticas da África definidas pelos colonizadores se manteve, em linhas gerais, mesmo após os movimentos de independência.

(ESPM)

Se a origem da população cigana é alvo de debates acadêmicos, a realidade é que o grupo representa entre 10 milhões e 12 milhões de pessoas na União Europeia.
Para a ONU, a comunidade cigana é atualmente o maior desafio enfrentado pela União Europeia em termos de garantia de direitos humanos entre seus próprios cidadãos. A ONU chama a atenção para as medidas de “cunho racista”, alertando que a decisão pode provocar um surto de xenofobia.

(O Estado de São Paulo – 19/08/2010)

O texto se refere à decisão de um governo europeu de expulsar de seu território 700 ciganos, em apenas 10 dias. Assinale a alternativa que aponte corretamente o país e o governo responsável por tal decisão, bem como a justificativa apresentada:

a) A França, do presidente Nicolas Sarkozy, que alega que os ciganos vivem de forma irregular e constituem ameaça à segurança;
b) A Itália, do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que apoiado por partidos políticos de origem fascista, pratica uma política xenófoba;
c) A Inglaterra, do primeiro-ministro conservador David Cameron, em nome da política de segurança e combate ao terrorismo;
d) A Espanha, do primeiro-ministro Zapatero, em nome do combate à imigração ilegal;
e) A Alemanha, do governo de Angela Merkel, sob a alegação de proteger o mercado de trabalho para os alemães.

VESTIBULAR 2010



(UNESP) Cerca de 90% da população do Oriente Médio é muçulmana.O Islã, no entanto, está longe de ser uma fé monolítica. (...)Ainda que não disponhamos de estatísticas confiáveis, um cálculo crível aponta que 65% dos muçulmanos do Oriente Médio são sunitas e uns 30%, xiitas.

(Dan Smith. O Atlas do Oriente Médio. São Paulo: Publifolha, 2008.)





Em relação aos conflitos religiosos do Oriente Médio, é possível afirmar que

a) a disputa religiosa entre judeus e muçulmanos nunca atrapalhou o amplo intercâmbio comercial na região.
b) os muçulmanos se mantêm politicamente unidos e xiitas e sunitas jamais se opuseram ou se enfrentaram.
c) islamismo, judaísmo e cristianismo nasceram na região, mas só os muçulmanos conservaram seus lugares santos.
d) os judeus reivindicam o controle territorial completo do Oriente Médio, pois são maioria em todos os países da região.
e) a maior população muçulmana não impediu a formação de um Estado judeu, nem proporcionou a criação de um Estado palestino.

(FEI) Os dois países possuem arsenal nuclear e travam uma disputa histórica por um território que é reivindicado por ambos. A falta de disposição para o diálogo e a recusa dos dois países em assinar o
Tratado de não Proliferação Nuclear (TNP) leva à preocupação da comunidade internacional. Os países que são palco desta disputa são:

a) Israel e Irã.
b) Coréia de Sul e Coréia do Norte.
c) Índia e Paquistão.
d) Síria e Israel.
e) Quirziquistão e Turcomenistão.

(UERJ)

Quinze anos depois do genocídio que vitimou mais de 800 mil pessoas, visitar Ruanda ainda é uma espécie de jogo de adivinhação – a cada rosto que passa tenta-se descobrir quem foi vítima e quem foi algoz na tragédia de 1994. O governo do país recorre à união do povo. O censo e as carteiras de identidade étnicas não existem mais, todos agora são apenas considerados ruandeses. O esforço do presidente Paul Kagame em evitar um novo conflito é tão grande que chamar alguém de “tutsi” ou “hutu” de maneira ofensiva é crime, com pena que pode chegar a 14 anos.

Marta Reis

A presença do trauma do genocídio é o principal problema social de Ruanda, maior inclusive que a pobreza. Tratar esse trauma coletivo devia ser prioridade número um, e não transformá-lo num tabu. A política do governo é a do esquecimento por lei, por obrigação. Errada é a vitimização do genocídio,  pois existe uma história de conflitos anterior e posterior ao massacre.

Marcio Gagçiato
Adaptado de O Globo, 12/04/2009

(UERJ) A polêmica sobre os efeitos do genocídio de Ruanda, ocorrido em 1994, aponta para contradições dos processos de constituição de Estados nacionais na África contemporânea. Com base na análise dos textos, a resolução dessas contradições estaria relacionada à adoção das seguintes medidas:

a) conciliação político-religiosa – afirmação das identidades locais
b) punição das diferenças culturais – unificação da memória nacional
c) denúncia da dominação colonial – integração ao mundo globalizado
d) reforço do pertencimento nacional – revisão das heranças da descolonização

(MACK) Em 2003, o governo russo convocou um plebiscito para definir o futuro político da Chechênia. A grande maioria dos votantes apoiou a permanência da Chechênia no interior da Federação Russa. Esse resultado foi entendido pelo governo russo como apoio explícito dos chechenos às propostas de Moscou, que tem interesses para manter esse território sob seu controle.

A respeito desses interesses, analise as afirmativas I, II, III e IV, abaixo.

I. Interesse ambiental, pelo território em que se encontra, às margens do Mar de Aral, fonte de recurso hídrico para o abastecimento de água potável à população urbana de Moscou.
II. Interesse econômico, por ser esse território cortado por dutos, levando o petróleo extraído na Bacia do Cáspio para os portos russos do Mar Negro.
III. Interesse geopolítico, pois uma Chechênia independente estimularia outras repúblicas autônomas da Federação Russa a tentar seguir o mesmo caminho.
IV. Interesse cultural-religioso, pois uma Chechênia livre promoveria o recrudescimento do fundamentalismo islâmico na região, levando grupos de fanáticos a se expandirem por outras áreas autônomas da Rússia asiática.

Estão corretas

a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

(UFG) Há cinco décadas, a China enfrenta protestos que fazem parte da luta pela independência do Tibete. Essa região, ilustrada a seguir, tem forte importância geoestratégica e uma marcante influência dos monges budistas. Baseando-se nestas informações, explique um fator geopolítico, condicionado por questões naturais, que torna essa região importante estrategicamente para o Estado chinês.




Resolução:

A rica hidrografia da região, sendo nascente dos principais rios que abastecem a China (o Huang-Ho, Mekong e Yang Tsé) Por ser uma região de fronteira com países litigiosos (Índia, Nepal), o Planalto Tibetano, onde se situa a maior cordilheira montanhosa do mundo, o Himalaia (e nela o Monte Everest), assume uma importante posição estratégica.




VESTIBULAR 2009

(PUCMG) A Guerra entre Rússia e Geórgia implica uma reflexão sobre nacionalismo e globalização. Sobre a construção do sentimento nacional no mundo globalizado, marque a única afirmativa CORRETA.

a) A "implosão" do império soviético nos anos 1990 coincide com o surgimento de uma nova geração de nações diferentes daquelas formadas ao longo das lutas anticoloniais. O sistema capitalista global caracteriza o mundo numa movimentação de unificação em torno das grandes potências.
b) O nacionalismo vem sendo esvaziado do seu sentimento de autonomia com a lembrança, de forma constante, de que o mundo se tornou menor e mais integrado, onde vínculos estreitos são forjados entre as economias e as sociedades, Estados e nações numa "comunidade internacional".
c) A profecia da "aldeia global" de Mc Luhan vem sendo confirmada pela generalização dos meios de transporte de massa e de comunicação eletrônica. Certos símbolos, como o da Coca-cola, tornaram-se universais, invertendo o nacionalismo por universalismo com a ideia de que todos somos um.
d) O desafio contemporâneo é marcado pelo paradoxo da tendência à globalização e à superação desta, criando laços estreitos das nações do mundo entre si por um lado, e, simultaneamente, pelos conflitos que se assentam sobre as identidades políticas e à fragmentação étnica por outro.

(UEPB)

“Tropas da República da Geórgia e da Rússia iniciaram nesta sexta (08/08/2008) um conflito armado, numa disputa pela Ossétia do Sul. A região vive em conflito desde o fim da antiga União Soviética, em 1991. A Ossétia do Sul pertence à Geórgia, mas tem um governo autônomo e luta pela independência com o apoio da Rússia”.

Disponível in: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL717429-10406,00-GEORGIA+E+RUSSIA+INICIAM+CONFLITO+ARMADO.html Acesso em 08/08/2008.

O conflito que inquieta as grandes potências e atraiu a atenção mundial em pleno período das Olimpíadas 2008 explica-se a partir
ada emergência das tensões étnico-nacionalistas que se mantiveram submersas diante do conflito Leste-Oeste, mas que proliferaram em todo o mundo com o fim da guerra fria e da bipolaridade.
b) da emergência do novo terrorismo global, que se mune de todo arsenal financeiro e tecnológico além de contar com a ajuda de Estados-Nacionais que dão apoio militar a grupos terroristas.
c) da internacionalização das guerrilhas que se beneficiam do desenvolvimento dos meios de comunicação e têm no narcotráfico a principal fonte de financiamento para combater Estados-Nacionais constituídos.
d) do ranço da guerra fria, no qual Estados Unidos e Rússia tomam partidos opostos e não só apóiam, mas até estimulam alguns conflitos com a finalidade de desenvolverem suas indústrias bélicas com a venda de armamentos.
e) do surgimento do mais novo tipo de tensão mundial, que é tipicamente cultural, no qual algumas etnias se opõem ao avanço da globalização e lutam para preservar sua identidade, religião e costumes.



VESTIBULAR 2008


(CÁSPER LÍBERO) A Folha Online publicou, em 10/7/2007, a seguinte notícia:

O premiê italiano Romano Prodi pediu nesta terça-feira mais apoio da comunidade internacional para o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. O pedido veio após uma reunião entre os dois líderes
em Ramallah, na Cisjordânia. Para Prodi, apenas a ajuda humanitária não é suficiente para dar “esperança aos palestinos”. “Este é o momento de dar esperança aos palestinos”, afirmou o premiê em uma entrevista coletiva após sua reunião em Ramallah. Ele disse também que seu governo buscará novas vias de apoio ao presidente da ANP. A reunião, de cerca de uma hora e meia, tratou da situação dos territórios palestinos (...)
Devido à nova dimensão que os conflitos nos territórios palestinos adquiriram no ano de 2007 (situação muito próxima à de uma guerra civil), identifique as afirmações corretas sobre a atual situação vivida na Palestina.
I. O governo palestino até os atuais conflitos era exercido por uma coalização entre o Hamas e o Fatah.
II. O Fatah quer um governo islâmico para a palestina e sofre a oposição do Hezbollah.
III. O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, é membro do Fatah.
IV. A Autoridade Nacional Palestina inclui Cisjordânia, Faixa de Gaza e os territórios do sul do Líbano.
V. Israel não quer que os territórios do sul do Líbano fiquem com os palestinos e isso desencadeou uma guerra civil entre o Fatah e o Hamas.

Estão corretas:

a) I e V.
b) I e III.
c) III e V.
d) II e V.
e) III e IV.

(UNEAL) A Caxemira é um dos focos de conflito na atualidade. Ela é o pivô de uma disputa entre os seguintes países:

a) China e Índia.
b) Paquistão e China.
c) Paquistão e Índia.
d) Índia, Paquistão e Afeganistão.
e) China, Índia e Paquistão.

(UNIPAM) Segundo o historiador britânico, Eric Hobsbawm, o “breve século XX” encerrou-se com a fragmentação do império soviético e com o conseqüente fracasso da referência sócio-ideológica do
Socialismo Real. No entanto, é possível, perante a fragilidade das instituições multilaterais, observar a continuidade de manifestações étnicas, religiosas e nacional-territoriais. O fim de uma Era não possibilitou a descontinuidade de ocorrências violentas em áreas de conflitos.

Sobre os principais focos de conflitos na atualidade, é INCORRETO afirmar:

a) A expressão nacional emancipacionista, liderada pelo P.K.K. (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), reflete os princípios da causa curda e coloca em xeque as diretrizes da Doutrina Bush, em relação à estabilização político-institucional no Iraque.
b) A Província Autônoma da Chechênia, localizada na região montanhosa do Cáucaso russo, próxima
ao mar Cáspio, é um dos principais focos de tensão separatista, em razão das diferenças de  identidades nacionais entre russos e chechenos, além da importância energética da região.
c) A vitória parlamentar do Hamas, nas eleições palestinas de 2006, significou o fim do sectarismo político-religioso em relação ao Fatah e uma possibilidade maior para a formação definitiva do Estado Palestino.
d) A guerrilha muçulmana, na Caxemira Indiana, luta pela independência em relação à Índia e recebe o apoio do governo do Paquistão. Esse envolvimento desestabiliza a região em razão da potencialidade bélica nuclear dos respectivos países.

(ESPM) Leia a matéria:

Os confrontos, que já duram vários dias, são o mais recente episódio de violência em um país marcado por diferenças religiosas e étnicas e por uma história de conflitos sangrentos. Outro episódio recente foi o conflito militar entre Israel e o grupo militante Hezbollah, em julho de 2006, que uniu a população durante os mais de trinta dias de bombardeio contra o país, mas parece ter agravado muito as tensões internas ...

(www.bbc.com.uk - acesso: 25/08/07)

Indique o país e a justificativa correta em relação ao texto:

a) Iraque, país que concentra hoje vários grupos terroristas.
b) Síria, país que dá suporte logístico ao Hezbollah e que combateu Israel durante a invasão ao sul do país em 2006.
c) Afeganistão, que após ter destituído o regime Taleban, resistiu aos ataques do Hezbollah em 2006.
d) Irã, dividido internamente entre xiitas e sunitas e inimigo histórico de Israel.
e) Líbano, país que apresenta uma constituição confessional devido ao emaranhado religioso.

(UFPI-específica) Após o término da bipolaridade, que caracterizou o período da Guerra Fria, os conflitos armados:

1 ( ) Diminuíram, devido ao surgimento de outros pólos de poder no mundo.
2 ( ) Diminuíram, como conseqüência da derrota do socialismo soviético.
3 ( ) Aumentaram, devido à retomada de antigas diferenças étnicas e religiosas entre os povos envolvidos.
4 ( ) Aumentaram, em função do crescimento populacional de países envolvidos nos conflitos.

Resposta: FFVF



(IBMEC)

 “(...) a intensidade do processo de globalização provoca graves efeitos desestabilizadores, criando um terreno fértil para a fragmentação social e territorial. Uma globalização que aprofunda as desigualdades sociais, nacionais e regionais e gera um fenômeno brutal de exclusão, tem produzido reações como o nacionalismo tribal, o separatismo e conflitos violentos, que estão marcando o fim do século. São os fatores ‘disfuncionais’, destrutivos e regressivos que constituem perigosos ‘efeitos colaterais’ da globalização da economia.”

 (Adaptado de VIZENTINI, Paulo Fagundes in http://educaterra.terra.com.br/vizentini)

Sobre o processo descrito no texto, é correto afirmar que:

a) mesmo com a integração em curso o continente europeu ainda vive manifestações separatistas, como ocorre na Bélgica, com a rivalidade entre Flandres e Valônia.
b) é possível associar o sentimento nacionalista aos integrantes do IRA (Exército Republicano Irlandês), o que impede qualquer acordo de paz com os britânicos.
c) as disputas regionais na Espanha foram definitivamente resolvidas pelos acordos assinados, durante o ano de 2007, por galegos, bascos e catalães.
d) na América, uma das mais importantes manifestações separatistas ocorre no Canadá, onde os moradores de Quebec buscam autonomia cultural ante o domínio francês.
e) mesmo com um governo de origem indígena, a Bolívia não consegue superar as disputas entre os nativos e os criollos, como atesta o movimento separatista andino.

(UFRR) “Ate o final da decada de 80, existiam na Africa treze conflitos regionais (Angola, Etiópia, Libéria,
Sudão, Chade, entre outros). Um ano depois, esse número diminuiu para seis diante dos altos custos
de sua manutenção. Com o relaxamento das tensões EUA―URSS (distensão), os países africanos
também deixaram de ser o desencalhe de armas convencionais dos dois países. Entre 1984 e 1987,
as despesas militares diminuíram de 5,2% do PNB acumulado dos países em conflito para cerca de
4,3%. O cenário que resulta é desolador. Destruição econômica e desestruturação social, com a
disseminacao da fome e da epidemia da AIDS.”

(OLIVA, J. e GIANSANTI, R. Espaço e modernidade: temas da geografia mundial. São Paulo: Atual, 1995).

Os conflitos existentes na África, juntamente com a fome e as epidemias, são elementos que constituem
o triste cenário deste continente. Entre as explicações para compreendermos a existência dessas intermináveis guerras regionais, podemos apontar que:

a) A atual disputa pelo potencial mercado de alimentos impulsiona as grandes potências africanas a investirem maciçamente na produção e venda de armamentos.
b) O continente africano exerce importante papel estratégico nas relações políticas e ideológicas entre os países que compõem os blocos econômicos mundiais.
c) Os conflitos ocorrem por conta do interesse de diversas tribos em constituírem um espaço comum africano para agregar as diversas comunidades em um mesmo grupo étnico-lingüístico-cultural.
d) As atuais fronteiras foram traçadas pelos colonizadores europeus sem respeitar a antiga
organização tribal e a distribuição geográfica das etnias no continente.
e) As comunidades étnicas optaram por entrar em conflitos armados estimulados pela inserção do
capitalismo neoliberal e, principalmente, por conta dos diversos produtos industrializados disponíveis nos mercados africanos.

(UFRR)

“Em pleno seculo XXI, as religioes continuam tendo grande influência no contexto social e cultural de diversos países e em amplas regiões do planeta. O poder da fé é de tal magnitude que é capaz de influir em aspectos políticos, sociais e econômicos de nações cujas autoridades, leis ou fronteiras são fortemente delimitadas por questões religiosas. Além disso, variados conflitos no mundo nos últimos tempos têm sua origem em divergências religiosas. (...) Jerusalém é a cidade sagrada de três grandes religiões (...). Os três credos têm em Jerusalém marcos básicos de sua doutrina e de sua historia.”

(In.: Atlas Geográfico Mundial ― para conhecer melhor o mundo em que vivemos ― vol.01
Mundo. Barcelona: Editorial Sol 90, 2005.)

O texto acima apresenta Jerusalém como a cidade sagrada de três religiões. São elas:

a) judaísmo, hinduísmo e islamismo
b) judaísmo, cristianismo e islamismo
c) judaísmo, budismo e islamismo
d) judaísmo, confucionismo e islamismo
e) judaísmo, xintoísmo e islamismo

(ESPM) Leia o texto:

... a existência de país supõe um território. Mas a existência de uma nação nem sempre é acompanhada da posse de um território e nem sempre supõe a existência de um Estado.
Pode-se falar, portanto, de territorialidade sem Estado, mas é praticamente impossível nos referirmos a um Estado sem território.

(Milton Santos, O Brasil, 2000)

Das palavras de Milton Santos, podemos deduzir:

a) Nação, Estado e território são categorias excludentes.
b) Não existe nação sem Estado.
c) A categoria território é imprescindível à existência de um Estado.
d) As fronteiras delimitam os territórios, mas não os Estados.
e) Um Estado é sempre composto por uma única nação.

(UECE Localizado no sudoeste do continente asiático, o Oriente Médio é um território limitado pelos
mares Negro, Mediterrâneo e Vermelho, pelo Golfo Pérsico e pelo Mar Arábico, no Oceano Índico. Em termos geopolíticos é considerado como um barril de pólvora devido ao complexo e explosivo clima político, fundamentado por princípios religiosos que orientam permanentes conflitos. Sobre o território em questão, assinale oINCORRETO.

a) Nele se concentra a maior riqueza do continente asiático. Localizados no Golfo Pérsico, os seus lençóis petrolíferos são considerados os maiores do globo terrestre.
b) A Faixa de Gaza e a Cisjordânia constituem as principais áreas de conflitos entre árabes e judeus, palcos de sangrentas manifestações travadas entre radicais islâmicos, bem como, de radicas israelitas
que não desejam a formação de um estado palestino.
c) O fundamentalismo islâmico, cujo ideário é a revogação dos costumes modernos e a aplicação da lei corânica à vida cotidiana, bem como, uma rejeição completa ao mundo moderno, galgaram o cenário político do Oriente Médio, a partir da Revolução Xiita iraniana, em 1979.
d) Com exceção do Líbano, onde a maioria da população segue o judaísmo, os demais países do Oriente Médio professam o islamismo como religião.


VESTIBULAR 2007

(UESB) Nas últimas décadas do século XX, ao mesmo tempo em que se intensificava o processo de globalização, ampliavam-se os conflitos étnico-nacionalistas, muitos deles relacionados a movimentos separatistas. A ampliação desses conflitos revela uma situação aparentemente contraditória, pois, ao mesmo tempo em que a reprodução da modernidade, em nível global, tende a homogeneizar hábitos por meio de consumo e da indústria cultural, e integrar mercados por meio das organizações supranacionais, diversos povos lutam por sua autonomia, fragmentando o mundo num número cada vez maior de países.

LUCCI, E. A; BRANCO, A. L; MENDONÇA, C. Geografia Geral e do Brasil – Ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 229.

Sobre os conflitos mundiais, é correto afirmar:

(01) Os conflitos entre judeus e palestinos começaram a partir da Segunda Guerra Mundial, quando a ONU criou o Estado de Israel.
(02) Os conflitos armados promovidos pelo ETA se intensificaram com os atentados terroristas em Madri.
(03) O IRA abandonou a luta armada e destruiu todo o seu arsenal, mas mantém sua luta por meios políticos.
(04) A Chechênia obteve sua independência da Federação Russa, motivo pelo qual cessaram os conflitos na região.
(05) Os conflitos internos no continente africano são sempre motivados por rivalidades políticas e religiosas.

Resposta: 3

(UFAM) O sistema de castas, apesar de extinto por lei, ainda se mantém vivo na cultura do povo:

a) druso
b) chinês               
c) muçulmano
d) indiano             
e) turco

(UFRJ)



                                                     “UMA REGIÃO QUENTE”

“ O Oriente Médio é uma região à qual a imprensa sempre se refere como uma área conturbada, espécie de barril de pólvora com o estopim aceso, prestes a explodir. Essa imagem explica-se em função de ser essa região do mundo o lugar onde talvez ocorram os conflitos mais intensos.”
                                              
Adaptado de Olic, Nelson B., Oriente Médio, São Paulo: Moderna. 1991.

Apresente três fatores que originam os conflitos entre países do Oriente Médio.

Resposta:

Entre os fatores geradores desses conflitos encontram-se: petróleo; território; água; religiões e facções religiosas.

(UFPEL A disputa que se trava no Oriente Médio entre Israel e Líbano e um confronto geopolítico que ha. mais de meio século perdura na definição das fronteiras entre os Estados envolvidos.  Em 28 de junho de 2006, o exercito israelense atacou a Faixa de Gaza e prendeu vários ministros da Autoridade Nacional Palestina na Cisjordânia, sob a alegação de resgatar um soldado seqüestrado por extremistas palestinos. Na verdade, o convívio entre israelenses e palestinos tem raízes históricas, em que pesam elementos definidores do espaço, tais como estado, nação, fronteiras e territórios.

Com base em seus conhecimentos e nas informações acima sobre Israel e os Territórios
Palestinos, é correto afirmar que

a) a independência de Israel permitiu que os judeus fossem retirados do território que ocupavam e formassem um estado na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, motivando protesto por parte dos árabes.
b) a ONU aprovou, em 1947, a divisão da Palestina, então administrada pelos britânicos, em um estado árabe e outro judeu, possibilitando a criação de Israel, em 1948.
c) os palestinos ficaram sem território e passaram a viver em acampamentos, apesar de receberem apoio político externo, sobretudo dos EUA.
d) a Organização para Libertação da Palestina (OLP) foi fundada, em 1964, com o objetivo de obter a soberania dos palestinos sobre a região, ainda que permanecessem sob o domínio de Israel.
e) a Autoridade Nacional Palestina (ANP) foi criada em 1993, pelo Acordo de Oslo. Alem disso, estava prevista a devolução dos territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia para controle libanês.
f) I.R.



(UNESP) A divisão territorial da ex-Iugoslávia originou seis novos países. Assinale a alternativa que contém o nome destes países e sua localização geográfica.

a) República Tcheca, Eslovênia, Macedônia, Croácia, Sérvia, Montenegro; Europa do Sul.
b) Albânia, Macedônia, Bósnia, Croácia, Sérvia, Montenegro; Europa Ocidental.
c) Romênia, Croácia, Eslovênia, Bósnia, Sérvia, Montenegro; Europa do Norte.
d) Bósnia, Macedônia, Croácia, Eslovênia, Sérvia, Montenegro; Europa Oriental.
e) Bulgária, Bósnia, Eslovênia, Macedônia, Sérvia, Montenegro; Europa Mediterrânea.



(ESPM) Após anos de violência, a Sérvia assistiu em dezembro de 2006 ao plebiscito na região para decidir sobre o futuro da soberania do sul. No momento, a região está sob intervenção da Otan. A Albânia, interessada direta na questão, acompanha de perto o pleito.
A região em questão é:

a) Bósnia Herzegóvina.
b) Montenegro.
c) Krajina.
d) Voivodina.
e) Kossovo.

(ESPM) Observe o texto que aborda a recente crise no Líbano:

Como ensina a Geografia Política, entregar território significa derrota política; ao vencedor, as terras (e não as batatas). Acossado internamente e assistindo a uma possível conexão xiita Irã-Hezbollah, via Síria, Israel tratou de agir.
(Carta Capital na Escola, setembro, 2006.)

Sobre o cenário geopolítico do Oriente Médio abordado pela matéria, podemos inferir que:
a) O grupo Hezbollah reivindica a devolução das Colinas de Golan ao Líbano, ocupadas por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1973.
b) A conexão religiosa mencionada no texto, envolve o Irã, Líbano e a Síria, três países de maioria xiita.
c) O Hezbollah é produto da ocupação israelense no sul do Líbano em 1982 e atua na região com freqüentes ataques à Israel.
d) Ao lado do Hammas, o Hezbollah é um grupo palestino que tem sua base na Faixa de Gaza.
e) A partir da Cisjordânia, o Hezbollah faz incursões a Israel e reivindica a devolução dessa importante e fértil região.
Real Time Web Analytics