domingo, 27 de setembro de 2015

Aula 25/2015 -Estado Islâmico - Causa-Fato-Consequências


Em 29 de agosto de 2014, o grupo terrorista sunita Estado Islâmico – que já foi denominado também como Estado Islâmico no Iraque e na Síria (EIIS) e Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) – conhecido também pela sigla EI, anunciou que seu líder, Abu A-Bagdhadi, havia se autoproclamado califa da região situada ao noroeste do Iraque e em parte da região central da Síria.
O título de califa era dado aos antigos sucessores de Maomé, que possuíam autoridade política legitimada pela religião islâmica. O Estado Islâmico, desde então, vem sendo largamente abordado pela mídia ocidental, sobretudo por conta de suas ações extremas contra a população civil da Síria e do Iraque, como estupros, massacre de cristãos e de xiitas e, também, por conta da decapitação de dois jornalistas, entre os meses de agosto e setembro de 2014.
A história do grupo terrorista Estado Islâmico está relacionada com o processo de crise política que se desencadeou no Iraque após a guerra iniciada em 2003. Como sabemos, a Guerra do Iraque se deu dois anos após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, chefiados por membros da organização Al-Qaeda, então liderada por Osama Bin Laden. A Al-Qaeda possuía grande espaço de atuação no território iraquiano e em parte da Síria. O grupo Estado Islâmico nasceu como uma derivação da Al-Qaeda, fundamentado nos mesmos princípios desta organização, que remontam à ideologia pan-islâmica de Sayyid Qutb, antigo líder da Irmandade Muçulmana. Contudo, as ações do EI ficaram gradativamente mais radicais, até mesmo para os padrões da Al-Qaeda, o que provocou a separação entre as duas organizações terroristas.
Os objetivos do Estado Islâmico é expandir o seu califado por todo o Oriente Médio, que se pautaria pela Sharia, a Lei Islâmica interpretada a partir do Alcorão, e estabelecer conexões na Europa e outras regiões do mundo, com o propósito de realizar atentados que lhes possam conferir autoridade através do terror. A concepção de Jihad, ou Guerra Santa para o Islã, que o EI possui é a mesma de outras organizações terroristas, como a Al-Qaeda ou o Hamas: expandir o modelo teocrático radical islâmico de governo pelo mundo, por meio dos métodos terroristas.
É curiosa a grande adesão de simpatizantes não islâmicos e, frenquentemente, de origem europeia às causas do EI. Muitos jovens do Ocidente se oferecem para integrar o grupo e servir ao seu propósito jhadista. Esse tipo de comportamento preocupa vários chefes de estado da Europa, sobretudo pela possibilidade de infiltração que tais jovens, treinados como terroristas, possam realizar em solo europeu.
As principais cidades iraquianas que estão atualmente sob o domínio do EI são: Mossul, Tal Afar, Kirkuk e Tikrit. Um grande contingente populacional migrou dessas cidades para cidades ou vilas vizinhas, fugindo da expansão brutal do Estado Islâmico. Entretanto, não se sabe até quando estas cidades vizinhas continuarão livres da ação do “califado” islâmico do EI.


Material da Aula

TEXTO 1 – FATO MOTIVADOR
As forças do governo sírio passaram a usar aviões de guerra russos recém-chegados para bombardear combatentes do Estado Islâmico na província de Aleppo, no norte da Síria, em uma tentativa de romper um cerco a uma base aérea nas proximidades, afirmou nesta quinta-feira um grupo que monitora o conflito.
A Rússia está reforçando o governo sírio, seu aliado, com a entrega de ajuda militar que autoridades dos Estados Unidos dizem incluir jatos de guerra, helicópteros de combate, artilharia e forças terrestres. Os ataques aéreos, que começaram no início da semana, foram acompanhados por ações terrestres perto da base aérea de Kweiris, no leste da província de Aleppo, onde as tropas do governo estavam sob o cerco de militantes, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, grupo oposicionista que monitora o conflito sírio, com sede na Grã-Bretanha.
Os jatos russos chegaram apenas "recentemente" à Síria, mas estão sendo pilotados por sírios, disse o Observatório, que acompanha a guerra por intermédio de uma rede de fontes no território. Muitos países ocidentais reagiram com alarme ao aumento do apoio militar de Moscou ao presidente Bashar al-Assad, a quem eles se opõem. Mas a ascensão de um inimigo comum, o Estado Islâmico, tornou a divisões menos claras.
Os Estados Unidos lançaram no ano passado uma campanha aérea contra os militantes islamistas na Síria e no Iraque.
A Rússia diz que Assad tem que ser parte dos esforços internacionais para combater o Estado Islâmico, enquanto os Estados Unidos acreditam que ele é parte do problema.

TEXTO 2 – O que é o Estado Islâmico?
De onde veio e quais são as suas intenções? A simplicidade destas perguntas pode ser enganadora e poucos líderes ocidentais parecem saber as respostas. Em Dezembro, o New York Times publicou declarações confidenciais do major Michael K. Nagata, o comandante de Operações Especiais dos Estados Unidos no Médio Oriente, em que este admitia que não conseguia perceber o autoproclamado Estado Islâmico (EI). “Não conseguimos derrotar a ideia [por trás do movimento]”, disse. “Nem sequer conseguimos perceber a ideia.” No último ano, o Presidente Barack Obama tem-se referido ao Estado Islâmico ora como “não islâmico”, ora como “a equipe de novatos” da Al-Qaeda, comentários que revelam a confusão sobre o grupo e que podem ter contribuído para erros de estratégia grosseiros.
O EI conquistou Mossul, no Iraque, em Junho passado, e já exerce poder sobre uma área maior do que o Reino Unido. Desde Maio de 2010 que Abu Bakr al-Baghdadi é o seu líder, mas até ao Verão passado, a última vez que tinha sido filmado fora sob cativeiro americano em Camp Bucca durante a ocupação do Iraque, onde aparecia numas imagens granuladas. Então, a 5 de Julho do ano passado, durante o Ramadão, subiu ao púlpito da Grande Mesquita de al-Nuri, em Mossul, para um sermão em que se autodeclarava o primeiro califa ao fim de várias gerações — fazendo um upgrade na resolução da sua imagem, que passou de granulada a alta definição, e da sua posição de guerrilheiro fugido das autoridades a comandante de todos os muçulmanos. O afluxo de jihadistas que se seguiu, vindo de todo o mundo, foi inédito em ritmo e quantidade, e ainda não parou.
De certa forma, a nossa ignorância sobre o Estado Islâmico é compreensível: é um reino obscuro e poucos foram até lá e regressaram. Baghdadi só falou para as câmaras uma vez, mas o seu discurso e os incontáveis vídeos de propaganda e encíclicas do EI estão acessíveis na Internet, e os apoiantes do califado têm feito tudo o que está ao seu alcance para dar a conhecer o seu projeto. Podemos concluir que o EI rejeita que a paz seja uma questão de princípio; que deseja um genocídio; que as suas posições o tornam constitucionalmente incapaz de certas mudanças, mesmo que estas garantam a sua sobrevivência; e que se considera o agente — e ator principal — do fim do mundo, que está iminente.

TEXTO 3 – Primavera Árabe se transformou em "inverno prolongado"
Três anos após a morte por autoimolação de um vendedor de verduras tunisiano que desencadeou a onda de revoltas que ficou conhecida como Primavera Árabe, as populações dos países que foram palco de levantes se veem hoje mergulhadas em caos.
O Egito, visto muitas vezes como o responsável por lançar tendências no mundo árabe, assiste à escalada da violência decorrente da polarização entre islamitas e militares após o golpe de julho, que depôs o membro da Irmandade Muçulmana Mohammed Mursi, o primeiro presidente eleito democraticamente no país.
Na Síria, a revolta popular que se transformou em guerra civil já deixou mais de 100 mil mortos desde março de 2011. A oposição, dividida em grupos rivais --inclusive pela chegada de extremistas islâmicos--, encontra cada vez mais dificuldades em atingir o objetivo de derrubar o governo de Bashar al-Assad. Com o país arrasado, o número de refugiados vivendo na miséria só cresce: hoje já são 2,4 milhões de sírios refugiados em vizinhos do Oriente Médio, além dos 4,5 milhões deslocados dentro do próprio país em guerra.
Para Mohamed Habib, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e conselheiro do Instituto de Cultura Árabe, a atual circunstância não permite mais que o movimento seja chamado de Primavera Árabe. Em dezembro de 2010, o tunisiano Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo, em um ato de protesto contra os abusos do governo e as condições de vida no país, o que foi o estopim dos levantes que se seguiram depois no Egito, na Líbia, na Síria e no Iêmen, e também em Bahrein, Marrocos, Argélia, Jordânia e Sudão.
"O termo Primavera Árabe representava um desejo de que todo o Oriente Médio saísse de uma fase escura de povos oprimidos e explorados. Melhorou? Não. É uma deterioração total. Não posso mais chamar de Primavera Árabe. É um 'inverno árabe' prolongado, cheio de tempestades e relâmpagos. Uma panela de pressão. É difícil imaginar uma solução positiva em curto prazo", disse Habib, que é egípcio naturalizado brasileiro e foi pró-reitor e coordenador de Relações Internacionais da Unicamp.

TEXTO 4 – A questão Síria.
A Síria tem um regime político muito específico, é estratégica para alguns países, e preocupa o mundo todo com a questão das armas químicas.
Bashar al-Assad, atual presidente da Síria, assumiu o posto em 2000, pouco após a morte de seu pai, Hafez al-Assad, que governava o país até então. Apesar de passar de pai para filho, o regime não é uma monarquia como acontece em países como a Arábia Saudita, mas uma ditadura.
Conforme explica Heni Ozi Cukier, professor de resolução de conflitos internacionais da ESPM, o plano era criar uma espécie de dinastia em meio a um regime ditatorial. “É o mesmo plano que havia no Egito, que só não se realizou", explica. Embora não fosse oficial, Gamal Mubarak, filho do então presidente do Egito, passou anos sendo apontado como o possível sucessor do pai no governo daquele país.
Outro ponto importante sobre o governo do país é que ele é formado pela minoria étnico-religiosa da Síria. Isso só é possível por meio da construção de alianças, conforme explica o professor Cukier. O governo é composto principalmente por alauítas, uma corrente do islamismo. Embora o foco dos alauítas seja na Síria, eles são uma das minorias no país e respondem por 12% da população, segundo dados coletados pela empresa de informações Insight Geopolitico.
Para conseguir formar esse governo é preciso uma coalizão e, nesse sentido, há uma boa distribuição de cargos entre outras minorias, como explica Cukier. Não é a primeira vez que isso acontece na região. Saddam Hussein, que por anos ficou no poder no Iraque, era sunita (outro braço do islamismo), enquanto a maioria no país era xiita, a corrente oposta.
Como a maioria só tem o poder por meio de alianças, qualquer deserção pode enfraquecer fortemente o regime. E isso está acontecendo na Síria agora. O governo da Síria pode estar perdendo o apoio entre as minorias, mas o país, por questões estratégicas, ainda tem dois importantes apoiadores: China e Rússia.
Os países já exerceram pela terceira vez seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU ao votarem contra um projeto que ameaça impor sanções ao governo do presidente Assad.
O interesse em ficar ‘ao lado’ da Síria é bem estratégico. Da parte da Rússia, por exemplo, tem a questão de que o país é um importante comprador de seu armamento, embora tenha congelado recentemente a venda de novas armas.
Conforme explica o professor da ESPM, há ainda interesse da Rússia no porto de Tartus, na Síria. Ele é estratégico para o país pois não congela, o que é uma raridade na região.
Além disso, existem questões menos ligadas ao poder comercial. A Rússia tem tradição em se opor ao ocidente, enquanto a China defende sempre a soberania nacional e não tem interesse nenhum em abrir precedentes.

TEXTO 5 – Algumas imagens
  




TEXTO 6 – Seis perguntas sobre a crise de imigração na Europa
De acordo com dados da ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 2,5 mil imigrantes se afogaram no mar Mediterrâneo neste ano vítimas dos muitos barcos superlotados que tentam chegar à costa da Itália e da Grécia. O fluxo de pessoas desesperadas que parte da Síria e do norte da África na tentativa de alcançar a Europa já é muito maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Números recentes mostram que milhares de pessoas estão usando uma rota perigosa através dos Bálcãs para chegar à Alemanha e a outros países do norte da União Europeia (UE). Na última semana, novas tragédias voltaram a expor ao mundo a gravidade do problema.
Confira algumas questões-chave para entender a crise:
Quantas pessoas estão migrando?
Mais de 300 mil imigrantes já arriscaram suas vidas tentando atravessar o Mediterrâneo neste ano, segundo as Nações Unidas. Em todo o ano passado, foram 219 mil pessoas.
Cerca de 200 mil pessoas desembarcaram na Grécia desde janeiro, enquanto outras 110 mil chegaram à Itália.
De onde eles vêm?
O maior grupo de imigrantes é de sírios, que fogem da violenta guerra civil em curso no país.
Afegãos e eritreus vêm em seguida, geralmente tentando escapar da pobreza e de violações aos direitos humanos.
Os grupos originários da Nigéria e do Kosovo também são grandes – pobres e marginalizados integrantes do povo romà (cigano) são boa parte dos imigrantes vindos do último país.
Para onde eles vão depois?
País da União Europeia que mais recebe pedidos de asilo, a Alemanha espera a chegada de cerca de 800 mil refugiados neste ano.
Rastreamentos recentes mostram milhares de pessoas tentando alcançar a Alemanha e outros países da UE por meio da Grécia e pelo oeste dos Bálcãs. Espera-se que cerca de 3 mil pessoas atravessem a Macedônia todos os dias nos próximos meses, segundo a ONU.
Muitos então chegam à Sérvia, que diz já ter registrado a presença de 90 mil imigrantes neste ano. Eles seguem para a Hungria e outros países signatários Tratado de Schengen, entre os quais é mais fácil cruzar fronteiras sem ter de mostrar um passaporte ou outro documento.
O que os políticos estão fazendo?
Depois de muita discussão, em abril os líderes da União Europeia concordaram em triplicar o financiamento da operação Triton para cerca de 120 milhões de euros (cerca de R$ 480 mil)
No entanto, a Frontex afirmou neste mês que não recebeu a ajuda prometida pelos países-membros da UE para socorrer a Grécia e a Hungria.
No ano passado, a Itália pôs fim à sua missão de procura e resgate, chamada Mare Nostrum (do latim “Nosso Mar”) após alguns países do bloco – incluindo o Reino Unido – afirmarem não ter como mantê-la financeiramente. Essa decisão foi duramente criticada por grupos de direitos humanos.
Imigrantes em navio belga.
Os países da UE estão fazendo uma divisão justa?
Há anos a União Europeia tem tentado acordar uma política de asilo. Algo difícil quando se tem 28 Estados-membros, cada um com suas forças policiais e judiciárias.
Defender os direitos dos imigrantes pobres está difícil em um ambiente econômico sombrio. Muitos europeus estão desempregados e temem a concorrência com os trabalhadores estrangeiros, e os países da União Europeia não se entendem sobre como dividir o problema dos refugiados.
Como os imigrantes obtêm asilo na União Europeia?
Eles devem provar às autoridades que são alvo de perseguição e poderiam ser feridos ou até mesmo mortos se devolvidos para seu país de origem. De acordo com as regras da União Europeia, pessoas em busca de asilo têm direito a alimentação, a primeiros socorros e a serem abrigadas em um centro de recepção. Também deve ter suas necessidades avaliadas individualmente.
As autoridades podem conceder o asilo em primeira instância. Se isso não ocorre, o solicitante pode apelar contra a decisão na Justiça, com chances de ganhar.
A pessoa em busca de asilo deve receber o direito de trabalhar em até nove meses após sua chegada.



Alguns Videos
O Estado Islâmico - Canal Livre

Conheça o EI - Globo News


A Primavera Árabe - TV Cultura

A Questão Siria

Onda migratória na Europa


Algumas Charges









Algumas Questões
Primavera Árabe
Questão 1
Os protestos nessa revolução iniciaram-se em janeiro de 2011, com o objetivo de derrubar o então ditador Hosni Mubarak, o que foi concretizado em menos de um mês. Os rebeldes foram profundamente influenciados por outra revolução realizada em um país próximo, que derrubou o então ditador Zine El Abidini Ben Ali, que se encontrava há 24 anos no poder.

As revoluções a que o texto se refere são, respectivamente:
a) Revolução dos Clérigos, em Bangladesh, e a Revolução dos Trópicos, na China.
b) Revolução de Independência da Bósnia e a Revolta Militar Sérvia.
c) Revolução de Lótus, no Egito, e Revolução de Jasmim, na Tunísia.
d) Revolução da Síria e Revolução Iraniana.

Questão 2
Assinale a alternativa com o nome da primeira das revoltas que marcaram a Primavera Árabe.
a) Revolução árabe
b) Revolução de Lótus
c) Revolução Líbia
d) Revolução de Jasmim
e) Revolução Palestina

Questão 3
"Primavera Árabe" precisa ser aposentada
Eu acho que agora é oficial: a "Primavera Árabe" precisa ser aposentada. Não tem nada de primaveril acontecendo por lá. O mais amplo, mas ainda vagamente esperançoso, "Despertar Árabe" também já não parece válido, considerando-se tudo o que já foi despertado. E, por isso, o estrategista Anthony Cordesman provavelmente está certo quando afirma que atualmente é melhor falar da "Década Árabe" ou do "Quarto de Século Árabe" – um longo período de instabilidade intranacional e intrarregional, durante o qual a luta tanto pelo futuro do Islã quanto pelo futuro de cada país árabe se misturou em um "choque dentro de uma civilização" [...].
FRIEDMAN, Thomas L. "Primavera Árabe" precisa ser aposentada. Uol Notícias, 13/04/2013. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/thomas-friedman/2013/04/13/primavera-arabe-precisa-ser-aposentada.htm
De acordo com a leitura do texto e com os seus conhecimentos sobre o que se denominou por “Primavera Árabe”, assinale a alternativa incorreta:
a) O autor defende a ideia de que a expressão “Primavera Árabe” não é suficiente para designar as sucessivas revoltas populares no Oriente Médio em razão do caráter duradouro desses movimentos, que se estendem por mais tempo do que uma simples estação do ano.
b) A escolha do autor pela expressão “Década Árabe” se deve ao fato de as revoluções da Primavera Árabe já terem completado dez anos de existência.
c) Ao contrário do que ocorre na Tunísia e no Egito, as revoluções na Líbia e na Síria caracterizam-se pelo confronto militar entre tropas leais aos regimes e os povos rebeldes.
d) Nem todas as revoluções da Primavera Árabe desejam a deposição dos governantes, a exemplo da população do Marrocos, que defende apenas a diminuição dos plenos poderes do Rei Mohammed VI.
e) Percebe-se no texto que o autor preconiza a ideia de que a duração das sucessivas revoluções árabes pode ser maior do que a comunidade internacional imaginava.

Questão 4
(Enem - 2011)
No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais — como o Facebook e o Twitter — ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.
SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. IstoÉ Internacional. 2 mar. 2011 (adaptado).
Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes:
a) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
b) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
c) manter o distanciamento necessário à sua segurança.
d) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.
e) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.

Questão 5
Relacione as colunas, ligando os ditadores que foram alvos das revoluções da Primavera Árabe aos seus respectivos países.
(1) Muammar Kadhafi.
(2) Hosni Mubarak
(3) Ali Abdullah Saleh
(4) Bashar al-Assad
(5) Zine El Abidini Ben Ali.

(  ) Iêmen
(  ) Tunísia
(  ) Líbia
(  ) Egito
(  ) Síria

Respostas
Resposta Questão 1
Os primeiros protestos, que visaram à derrubada de Hosni Mubarak, referem-se à Revolução de Lótus, também chamada de “Dias de Fúria”, que ocorreu no Egito após a influência da também bem-sucedida Revolução de Jasmim, na Tunísia, concluída um mês antes.
Letra C.

Resposta Questão 2
A primeira revolução que desencadeou as sequências de eventos que deflagraram a Primavera Árabe ocorreu na Tunísia e recebeu o nome de Revolução de Jasmim.
Portanto, letra d.

Resposta Questão 3
a) Correta – A ideia de “primavera” se faz em razão da rápida duração e conclusão de uma determinada ação. No caso da “Primavera Árabe”, o período de duração com certeza é maior e, por isso, outra expressão deve ser escolhida para designar as ondas de protestos e revoluções que marcam o mundo árabe.
b) Incorreta – As revoluções árabes ainda não completaram 10 anos de existência. A preferência pela expressão “Década Árabe” se faz pelo fato de tais revoluções serem características da década de 2010.
c) Correta – Tanto a revolução na Líbia, que derrubou o ditador Muammar Kadhafi, quanto a onda de protestos na Síria, que luta pela deposição de Bashar al-Assad, foram marcadas pela ampla repressão do governo e os consequentes conflitos armados nesses países.
d) Correta – Assim como em outros países, não há a exigência da derrocada do líder de Estado, mas a diminuição de seus plenos poderes.
e) Correta – O autor enfatiza que as revoluções andam “vagarosamente” e que, portanto, não podem ser denominadas através das expressões “primavera” e “despertar”, pois tais nomes referem-se a movimentos mais rápidos e passageiros, o que não é o caso.

Resposta Questão 4
Alternativa E
Foi por meio das redes sociais que as principais mobilizações se manifestaram. A população jovem, insatisfeita com as condições e características dos regimes ditatoriais, organizaram-se utilizando instrumentos de sites como o Twitter e o Facebook para difundir as suas insatisfações, marcar datas e organizar os protestos que culminaram na derrocada das ditaduras na Tunísia e no Egito.

Resposta Questão 5
Sequência correta:
(3)
(5)
(1)
(2)
(4)

Fonte: http://exercicios.brasilescola.com/exercicios-geografia/exercicios-sobre-primavera-Arabe.htm

Questões sobre o Estado Islâmico
1. O Estado Islâmico aspira tomar o controle de muitas regiões de maioria islâmica, a começar pelo território da região do Levante, que inclui, exceto:
a) Jordânia
b) Israel
c) Palestina
d) Irã
e) Líbano

2. O Estado Islâmico:
a) é um grupo jihadista no Oriente Médio
b) é um Estado da província da Turquia
c) é um grupo cristã de Israel
d) é um grupo muçulmano do Líbano
e) é um grupo terrorista do Ocidente

3. São grupos terroristas sunitas insurgentes, exceto:
a) Al-Qaeda
b) Conselho Shura Mujahideen
c) Estado Islâmico
d) Jeish al-talifa
e) Saddam russem

4. Um califado foi proclamado em 29 de junho de 2014, Abu Bakr al-Baghdadi foi nomeado como seu califa e o grupo passou a se chamar:
a) Guerrilheiros do Oriente
b) Estado Islâmico
c) Al-Qaeda
d) Ataqye Abu
e) Ala Abu Bakr

5. O Estado Islâmico obriga as pessoas que vivem nas áreas que controla a se converterem:
a) ao cristianismo
b) ao budismo
c) ao islamismo
d) ao hinduísmo
e) ao judaísmo

6. Leia:
I. O Estado Islâmico tem atualmente ligações estreitas com a Al-Qaeda.
II. Aqueles que se recusam a seguir a religião do Estado Islâmico podem sofrer torturas e mutilações, ou serem condenados a pena de morte.
III. O Estado Islâmico cresceu significativamente pela sua participação na Guerra Civil Síria e ao seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi.
a) apenas a I está correta
b) a I e a II estão corretas
c) a I, a II e a III estão corretas
d) a II e a III estão corretas
e) Nenhuma está correta.

7. É considerada a instituição religiosa mais prestigiada do islã sunita:
a) Cristã-judaico
b) Al-Qeada
c) Al-Azhar
d) Estado Islâmico
e) Ala-islã

Gabarito com as respostas do simulado com questões sobre o Estado Islâmico:

1.d - 2.a - 3.e - 4.b - 5.c - 6.d - 7.c







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