TEXTO 1 – FATO MOTIVADOR – POLICIA X EMPRESAS DE
TECNOLOGIA
A Polícia Federal prendeu preventivamente na manhã de hoje
(1/3/2016) vice-presidente do Facebook
na América Latina, Diego Dzodan. Ele foi preso enquanto ia para o trabalho, no
bairro Itaim Bibi, zona sul da capital paulista.
Segundo a PF, a rede social descumpriu ordens judiciais que
exigiam a liberação de informações presentes na página. Os dados seriam usados
na produção de provas de investigações ligadas ao crime organizado e ao tráfico
de drogas, que tramitam em segredo de justiça no Juízo Criminal da Comarca de
Lagarto, em Sergipe. O pedido de prisão foi feito pelo juiz Marcel Maia
Montalvão.
Diego Dzodan é argentino e mora no Brasil. Ele prestou
depoimento na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, onde
permanecerá preso à disposição da Justiça.
Mais cedo, o juiz Marcel Montalvão informou que o processo
corre em segredo de justiça e a única informação que pode ser divulgada no
momento é que se trata de um processo de tráfico de drogas interestadual, em
que a Polícia Federal solicitou ao Juízo a quebra do sigilo de mensagens
trocadas no WhatsApp.
A PF já havia feito três pedidos à empresa Facebook, que não
liberou as conversas solicitadas. Diante das negativas, o juiz determinou uma
multa diária de R$ 50 mil. Mesmo assim, o Facebook não atendeu ao pedido de
liberação das conversas. A multa diária foi, então, elevada para R$ 1 milhão e,
ainda assim, a empresa não cumpriu a determinação judicial de quebra do sigilo
das conversas do aplicativo WhatsApp.
Como as determinações judiciais foram descumpridas, Montalvão
decretou a prisão do responsável pela empresa no Brasil, usando como argumento
o fato de ele impedir a investigação policial, com base no Artigo 2º, da Lei
12.850/2013.
TEXTO 2 – UMA HISTÓRIA DE
PROBLEMAS COM O ACESSO À INFORMAÇÃO – SNOWDEN E ASSANGE
O Wikileaks voltou a suas aventuras. Acaba de anunciar a
divulgação de meio milhão de mensagens e outros documentos secretos do
Ministério de Assuntos Exteriores da Arábia Saudita, entre eles e-mails
trocados com outros Governos, e também relatórios confidenciais do Ministério
do Interior e dos serviços de inteligência.
Em seu comunicado, o Wikileaks recorda que a publicação
coincide com o terceiro aniversário da reclusão de seu fundador, Julian
Assange, na embaixada do Equador em Londres. Assange se asilou para evitar ser
extraditado para a Suécia, onde enfrenta um julgamento pelo abuso sexual de
duas mulheres (Assange nega as acusações).
Outro que faz aniversário é Edward Snowden, o funcionário
contratado da CIA que divulgou uma montanha de informações secretas dos Estados
Unidos. Há dias as revelações completaram dois anos e Snowden publicou um
artigo no The New York Times, celebrando suas conquistas. Nele, recorda que os
vazamentos levantaram um intenso debate que forçou o Governo norte-americano a
impor limites à espionagem eletrônica indiscriminada rotineiramente efetuada
pela Agência Nacional de Segurança, a NSA.
Desde 2013, instituições de toda a Europa declararam ilegais
as operações desse tipo e impuseram restrições a atividades similares no
futuro, disse Snowden, que conclui assim: “Somos testemunhas do nascimento de
uma geração pós-terror que rechaça uma visão de mundo definida por uma tragédia
específica. Pela primeira vez desde os ataques de 11 de Setembro, vemos a
possibilidade de a política se afastar da reação e do medo e se mover para a
resiliência e a razão”.
Pode ser. E comemoro que a NSA e outros espiões
norte-americanos agora tenham mais restrições para ler meu e-mail ou saber com
quem me comunico. E que a luta para proteger minha privacidade das intromissões
do Governo dos Estados Unidos e de algumas democracias europeias tenha
conseguido algumas vitórias. Mas me preocupam mais as ameaças cibernéticas a
minha privacidade que emanam da Rússia, da China e de outros regimes
autoritários que as que vêm de Washington.
Nos mesmos dias em que Snowden publicou seu artigo, soube-se
que piratas cibernéticos invadiram os sistemas do departamento de pessoal do
Governo dos Estados Unidos e roubaram informações detalhadas de pelo menos
quatro milhões de funcionários federais. Os arquivos roubados incluem dados
pessoais e profissionais que os funcionários são obrigados a revelar para ter
acesso à informação confidencial do Governo.
TEXTO 3 – ERA DOS CIBERATAQUES
São Francisco - Hackers têm destruído
mais dados corporativos ou criptografados em troca de resgate em vez de
simplesmente destruí-los, disse uma grande empresa de cibersegurança.
A FireEye, mais conhecida pelas
investigações conduzidas por sua unidade Mandian, disse em relatório sobre
tendências ao longo do ano passado que o chamado sequestro de dados afligiu
centenas de empresas, além de clientes.
Menos comumente, hackers têm usado
ferramentas destrutivas como as que temporariamente inutilizaram redes da Sony
e que também afetaram a Sands Las Vegas, disse a FireEye.
"Eu definitivamente não
caracterizaria isso como comum, mas é algo que estamos vendo mais", disse
o vice-presidente da Mandiant, Marshall Heilman. "Há mais umas duas
empresas vítimas que não foram a público".
Heilman também disse que ataques
chineses diminuíram como porcentagem dos casos em que a Mandiant está
trabalhando, embora isso possa ser amplamente devido aos ataques da Rússia e
outros locais estarem se tornando mais comuns.
EUA e China fecharam acordo de
cooperação em 2015 para reduzir a ciberespionagem e empresas de segurança
observaram queda, ou pelo menos transição, nas operações da China.
Fonte: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/ciberataques-sao-usados-para-obter-resgate-diz-empresa
TEXTO 4 – REDES SOCIAIS:
USANDO BEM, QUE MAL TEM?
Alguns estudos dizem que as redes sociais nos
impelem a comprar demais, que nos causam depressão, facilitam o assédio de
criminosos, que são nocivas e nos viciam etc. Ou seja, podemos evitar tais
transtornos usando as redes de maneira responsável e construtiva. Se analisarmos cada uma destas questões, veremos que, às vezes, o que acontece na verdade é resultado do mau uso que faze-mos
as redes.
Orkut virou
motivo de chacota e desprezo, um ótimo exemplo de como podemos fazer uma rede
social ser um sucesso ou um tremendo fracasso dependendo da forma como a
utilizamos.
Mas, o problema está na rede? Na grande maioria das vezes, não. Sem
levar em conta os problemas de administração ou técnicos que vez ou outra
acontecem, algo que é muito normal, na minha humilde opinião ainda
precisamos aprender a usar melhor o que temos nas mãos.
As redes oferecem ferramentas para termos uma experiência agradável, divertida e útil. Quem vai estragar tudo ou aproveitar da
melhor forma possível somos nós.
Este
turbilhão de novidades tecnológicas cresce a cada dia, mas nosso bom senso e
cautela para utilizálos não estão evoluindo na mesma proporção.
O fato é que,
por melhores que sejam os recursos disponíveis, onde existe esta diversidade de
pessoas sempre haverá perigos e problemas. Entrar na rede social acreditando
que será um mundo cor de rosa é pura ilusão. Nada é perfeito. Mas utilizando
bem, que mal tem? Os benefícios são muitos. Felizmente, temos à nossa
disposição ferramentas como o bloqueio, exclusão, canal de denúncias e mais uma
infinidade de meios para nos livrarmos do que não nos agrada. Coisas que no
mundo aqui fora, infelizmente nem sempre são possíveis.
Podemos
escolher o que vamos postar, com quem vamos falar, que leitura iremos fazer
etc.
Ter problemas ou alegrias vai depender da forma como vamos utilizálas.
As redes
sociais são ótimos canais para fazer amizades, divulgar nossos trabalhos,
trocar experiências, rir, ajudar. Enfim, existe muita utilidade neste meio.
Cabe a nós utilizálas a nosso favor e separar o joio do trigo.
O que pode
ser tedioso para você, talvez seja divertido para mim, então o nível de
satisfação será sempre diferente. E, o nível de segurança geralmente depende da
nossa conduta.
Nunca teremos redes sociais 100% seguras ou como desejamos, até porque, existe também a questão de gosto pessoal
que gostaria de sugerir é que façamos a nossa parte, nos comportando de maneira
adequada, ou seja, respeitosa e educada, ter cautela e bom senso. Assim, poderemos
aproveitar o que as redes sociais têm de bom. E não ficar se estressando
desnecessariamente por causa do comportamento alheio ou porque alguma opção de
uso não está de acordo com sua preferência.
TEXTO 5 – A NOMOFOBIA
Ansiedade,
perda de contato com pessoas próximas, sentir-se mais feliz na vida virtual que
na realidade, se preocupar com as curtidas e compartilhamentos de uma foto, e
deixar de aproveitar os momentos da vida para postar uma selfie são alguns dos
sinais de que você está passando do limite. Uso abusivo do celular pode se
tornar um transtorno psicológico, chamado nomofobia, que pode desencadear em
depressão, alertam os especialistas.
— Muita gente
usa o celular o tempo todo, mas ainda tem o controle da situação. Quando ela
coloca em risco alguma atividade que faz ao usar o celular, quando não consegue
se concentrar em outras atividades por estar focada no que está acontecendo no
aparelho, aí já pode ser um problema.
O pesquisador
do Instituto Delete, empresa dedicada a orientar e informar à sociedade sobre o
uso consciente das tecnologias, Eduardo Guedes afirma que a principal causa
para o abuso no uso do celular é a ansiedade.
— Muitas
pessoas usam o celular como muleta, porque se sentem sozinhas, e veem o celular
como companhia. São ansiosas, têm pânico, e o celular faz o contato com o
mundo.
Para o
pesquisador, o principal problema é a substituição da vida social pelas
relações virtuais, e isso se torna um círculo vicioso, que se agrava cada vez
mais.
— Tivemos uma
paciente extremamente ansiosa que trocou o vício do cigarro pela tecnologia.
Ela teve problemas pulmonares por causa do cigarro e trocou o vício. Ela
começou a jogar a fazendinha do Facebook, mas o grau de dependência era tanto,
que se ela tivesse problemas de conexão com a internet, ela ia para a LAN house
mais próxima à casa dela para fazer a colheita na hora certa.
— As pessoas
simplesmente não desligam o celular. Tem gente que dorme com o celular debaixo
do travesseiro pra ver as mensagens durante a noite. Por isso, a alteração do
padrão do sono também se caracteriza como sintoma, e mais do que isso, como
consequência, porque isso afeta todas as demais atividades que a pessoa faz.
— O vício em
tecnologia pode mascarar a depressão. Normalmente, a pessoa se sente mal por
algum motivo externo e começa a se esconder nas redes sociais. O problema é que
isso acaba virando um círculo, porque ela se isola ainda mais e se sente mais
sozinha, e isso continua.
— Ao invés de
serem felizes, elas querem mostrar que são. O mostrar passou a ser mais
importante do que o viver ou fazer. Isso faz com que a pessoa tenha menos
prazer em viver a vida.
— Para mim,
há uma deturpação do que agrega valor à vida ou não. Mas isso é
retroalimentado, porque, quanto mais eu mostro, mais os outros querem ver. As
pessoas deixaram de desfrutar do momento para postar. E fica um buraco, uma
falta de sentido, e os likes e comentários preenchem esse vazio. Aí, quando vem
o vazio de novo, eu posto outra vez. A pessoa se torna extremamente dependente
da opinião dos outros. A noção de felicidade é instantânea.
TEXTO 6 – ALGUMAS IMAGENS
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