Respeito é bom e todos gostam!
Você sabe o que significa homofobia? Homofobia é o preconceito contra aqueles que amam pessoas do mesmo sexo. É o preconceito contra pessoas que tem sentimentos, anseios, necessidades e esperança como qualquer outro humano. E o que há de errado nisso? Nada. Não devem existir regras para o amor, ele deve seguir apenas o respeito e a liberdade.
Temas da aula
TEXTO
1 – Notícia motivadora - Propaganda
de O Boticário com gays gera polêmica e chega ao Conar
A campanha de Dia dos Namorados do Boticário que mostra
diferentes tipos de casais, heterossexuais e homossexuais, trocando presentes,
virou alvo de protestos e ameaça de boicote à marca nas redes sociais e até de
denúncia ao Conar (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária).
O órgão informou nesta terça-feira (2/6) que abriu um
processo para julgar a propaganda após receber mais de 20 reclamações de
consumidores que consideraram a peça "desrespeitosa à sociedade e à
família". Ainda não há data para o julgamento.
Procurada pelo G1, O Boticário informou que "não
recebeu, até o momento, nenhuma notificação do Conar em referência à campanha
“Casais” para o Dia dos Namorados". A página da marca de cosméticos no
Facebook também recebeu uma enxurrada de manifestações, incluindo mensagens de
teor homofóbico, mas também muitos elogios à propaganda. No YouTube, acabou se
instalando uma espécie de "competição" para ver se o comercial
ganhava mais aprovações ou reprovações. Na tarde desta terça-feira, por volta
das 17h, os "likes" ultrapassaram os "dislikes", com número
de 172.833 contra 149.622.
Vários internautas chegaram também a registrar seus protestos
no Reclame Aqui, site de reclamações sobre atendimento compra e venda de
produtos e serviço.
"O Boticário perdeu a noção da realidade, empurrando
essa propaganda que desrespeita a família brasileira. Não tenho preconceito mas
acho que a propaganda á inapropriada para a TV aberta, a partir de hoje não
compro mais nem um só sabonete lá e eu era cliente", escreveu um
consumidor.
Segundo o Reclame Aqui, desde o dia 25 de maio, quando o
vídeo foi lançado, até o dia 1º de junho, foram 90 reclamações abertas, sendo
84 delas contra e 6 a favor da propaganda.
A marca anunciou o lançamento do comercial como uma defesa da
"diversidade do amor", "além das convenções". "O
Boticário esclarece que acredita na beleza das relações, presente em toda sua
comunicação. A proposta da campanha “Casais”, que estreou na TV aberta no dia
24 de maio, é abordar, com respeito e sensibilidade, a ressonância atual sobre
as mais diferentes formas de amor - independentemente de idade, raça, gênero ou
orientação sexual - representadas pelo prazer em presentear a pessoa amada no
Dia dos Namorados. O Boticário reitera, ainda, que valoriza a tolerância e
respeita a diversidade de escolhas e pontos de vista.”
TEXTO 2 – Enquanto isso no Tocantins... Deputado se manifesta contra implantação do “KIT
Gay” em escolas do Tocantins
O deputado estadual, Eli Borges, condena o tópico 12.6 do Documento Referência do Plano
Estadual de Educação do Tocantins onde no Documento Referencia, propõe inserir
nas escolas públicas, a Ideologia de Gênero.
“Todos que se opõem, eles chamam de homofóbico,
preconceituosos, pessoas capazes de discriminar e ausentes de sentimento, de
amor e misericórdia. Em outros aspectos, trilhando os caminhos das leis,
sobretudo, daquelas que tratam da grade curricular das escolas. O Plano
Nacional retirou esse novo conceito de família, retirou a Ideologia de Gênero,
retirou a possibilidade de doutrinação de material pedagógico, que é o KIT
GAY”, considera do deputado.
O tópico 12.6 questionado pelo deputado tem a seguinte redação:
“Garantir condições institucionais para o debate e a promoção da diversidade
ético-racial, de gênero, diversidade sexual e religiosa, por meio de políticas
pedagógicas e de gestão especificas para esse fim”.
O deputado mostra-se preocupado com a possibilidade dos 139
municípios do Tocantins aprovarem os Planos Municipais de Educação nas Câmaras
Municipais. Para isso, ele afirma que tem despertado sobre a frase ‘expressões
como a Ideologia de Gênero’, pois o Plano Nacional da Educação determina que os
planos sejam votados até o dia 25 de junho.
TEXTO 3 – Homofobia na escola
A homo e a bissexualidade ainda são assuntos delicados no
ambiente escolar. O preconceito por parte dos estudantes e professores, e a
falta de técnicas pedagógicas adequadas para lidar com a diversidade sexual
fazem com que a homofobia seja um problema recorrente nas salas de aula. Um
estudo divulgado em 2014 pela Organização das Nações Unidas para a Educação
(UNESCO) revelou que quase 40% dos alunos entrevistados não gostariam de ter
homossexuais como colegas, e mais de 35% dos pais prefeririam que estes não
fossem amigos dos filhos. A pesquisa levou em conta as respostas de mais de 16
mil estudantes de escolas públicas de treze capitais brasileiras. Até pouco
tempo, o termo ‘heteronormatividade’ era usado para classificar a suposta
sexualidade natural das crianças e adolescentes. Nesse cenário, a homo e a
bissexualidade seriam considerados desvios de conduta.
O tema ganhou notoriedade na mídia com o caso de Paulo, um
menino de 14 anos que foi ameaçado de expulsão em uma escola particular de São
Paulo, por ter se declarado para um colega. A história de Paulo foi contada em
uma matéria do caderno Folhateen, do jornal Folha de São Paulo, em 2009. Na
ocasião, a direção da escola negou tratar-se de “preconceito”, mas de uma “situação
insustentável” causada pelo “constrangimento” entre os alunos. Depois da
reportagem, o garoto foi ameaçado pelos próprios colegas. A Folha de São Paulo
recebeu um abaixo-assinado de 270 estudantes que apoiavam a expulsão, afirmando
que a instituição não era “preconceituosa, e sim, conservadora”. O episódio
gerou tanta polêmica que o então deputado Nilmário Miranda (PT/MG) apresentou
um projeto de lei que definia a descriminação por orientação sexual como crime.
O caso é apenas uma amostra do cotidiano em algumas escolas
brasileiras. De xingamentos à agressão física, o preconceito tem várias formas
de manifestação entre as crianças e adolescentes. “Presencio muitas
brincadeiras, principalmente por parte dos meninos, que chamam os colegas de
viado, frutinha, gay”, conta a coordenadora pedagógica de um colégio particular
de Florianópolis, Ana Maria Máximo. Mas, nem sempre, as agressões são apenas
verbais. No dia 28 de junho, um aluno do ensino médio de uma escola pública de
São José, na Grande Florianópolis, foi apedrejado na rua por membros da
comunidade onde mora – uma das mais pobres do município. O jovem havia se
assumido como homossexual e era frequentemente ofendido pelos colegas de sala
de aula.
C. cursa o ensino fundamental em uma escola pública da
capital e diz que os xingamentos são rotina na sala de aula. “Tem um menino na minha sala que fala fino e
tem um jeito delicado, mas diz que não é gay. Os meninos o chamam de “gayzão””.
Ela conta que os professores não sabem como lidar com a situação e a escola não
tem nenhum trabalho de orientação sexual “Eles não sabem como atuar, ficam meio
sem jeito. Ninguém vem na sala para falar sobre as brincadeiras”, completa.
O comportamento homofóbico pode ter muitas origens. A
família, porém, ganha destaque nesse contexto. Desde pequenas, a maioria das
crianças são orientadas pelos pais a distinguir os brinquedos de menino dos de
menina. “O ambiente familiar às vezes é muito repressor em relação à formação
da identidade sexual do jovem. Ao dizer ‘Isso é de mulherzinha’ ou ‘Não faz
isso, você parece um homem’, os pais acham que estão ajudando na formação dos
filhos quando, na verdade, podem estar influenciando um olhar preconceituoso”,
explica Máximo. “Os pais recusam a orientação sexual do filho com medo de que
ele sofra”, completa. Eles também podem dificultar o desenvolvimento das
discussões sobre homossexualidade dentro da escola, alegando que estas estariam
estimulando a conduta gay. Mas, isso não é uma regra. A psicóloga Carol Rutz
conta que assim como há pais que renegam as orientações sexuais diferentes, há
aqueles que aceitam cada opção.
Então, de que forma a homossexualidade deve ser discutida
dentro da escola? Para Carol Rutz é preciso que haja um vínculo entre
profissionais da educação e estudantes, para que ambos se sintam à vontade ao
tratar da temática e para expressar que as orientações sejam assimiladas. “É
preciso ouvir os dois lados e saber balancear a situação. Não existe fórmula
pronta”, confessa.
TEXTO 4 – Charges
TEXTO 5 – Evangélicos contra a Homofobia
Um grupo de pastores e fiéis evangélicos marcharão rumo à
Parada Gay no domingo (7). Na avenida Paulista, começam a missão: converter o
máximo de almas possíveis. Almas homofóbicas, no caso.
Para achálos no dia, procure por pontos brancos no mar de
glitter colorido e tutus de bailarina no evento LGBT. "A ideia é que todos
vistam camisetas claras. É uma proposta de paz. Um anseio pela quebra desta
corrente de ódio que se retroalimenta", diz José Barbosa Júnior, 44,
teólogo da igreja Batista e autoproclamado "pastor marginal".
A caravana, batizada "Jesus Cura a Homofobia" para
se contrapor à "cura gay", lançou um chamado no Facebook até a noite
de sexta (5), 420 pessoas aderiram a ela. Casado há dois anos com Ellen, Júnior
afirma que não é preciso estar "no armário" para "pedir perdão
pela forma como a igreja trata os homossexuais". "O cristianismo sempre
tem que estar a favor daquele que é oprimido", diz. Nos cartazes que
empunharão domingo, os dizeres "Malafaia e Feliciano não nos representam".
A pregação contra direitos LGBT dos pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano
propagam, para Júnior, é o teto de vidro de sua fé.
A reação religiosa ao comercial da Boticário não foi a
primeira pedra que o estilhaçou, mas foi decisiva, diz Danilo Fernandes, 48,
dono do Genizah, um dos sites mais influentes entre evangélicos. Ele critica o
boicote à marca de cosméticos que divulgou uma campanha com casais do mesmo
sexo se abraçando ao som de "Toda Forma de Amor", de Lulu Santos.
Para Danilo, os fiéis devem lembrar que várias marcas apoiam
a causa LGBT, "do Facebook ao McDonald's". E que boicotar perfume,
além de hipocrisia, "é picuinha".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/06/1638621-evangelicos-farao-marcha-contra-homofobia-na-parada-gay.shtml
TEXTO 6 – Escola
deve promover respeito à diversidade sexual
Deputados e especialistas ressaltaram nesta terça-feira (15),
no 9º Seminário Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
(LGBT), que a escola tem o dever de promover o respeito à diversidade sexual.
No evento, promovido pelas comissões de Educação e Cultura e de Direitos
Humanos, debatedores destacaram que a homofobia e a violência contra os
homossexuais têm origem na infância.
O deputado Newton Lima (PT-SP), presidente da Comissão de
Educação e Cultura, defendeu que o Plano Nacional de Educação (PNE - PL
8035/10, do Executivo) estabeleça que a inclusão, o respeito à diversidade e a
tolerância serão princípios norteadores do sistema educacional brasileiro.
A pesquisadora Miriam Abramovay, coordenadora da área de
Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências
Sociais (Flacso), salientou que a maioria dos jovens brasileiros ainda tem
atitude bastante preconceituosa em relação à orientação e a práticas não
heterossexuais. Pesquisa coordenada por ela apontou que 45% dos alunos e 15%
das alunas não querem ter colega homossexual. Conforme ela, o jovem brasileiro
tem menos vergonha de declarar abertamente o preconceito contra homossexuais do
que de declarar a discriminação contra negros.
Miriam afirmou que esse preconceito se traduz em insultos,
violências simbólicas e violência física contra os jovens homossexuais. De
acordo com a pesquisadora, essa violência gera sentimentos de desvalorização e
vulnerabilidade. Há casos inclusive de jovens que abandonam a escola. "Os
adultos das escolas não se dão conta disso, porque na escola, em geral, reina a
lei do silêncio", apontou.
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