domingo, 7 de junho de 2015

Aula 17/2015 - A homofobia em questão



Respeito é bom e todos gostam!
Você sabe o que significa homofobia? Homofobia é o preconceito contra aqueles que amam pessoas do mesmo sexo. É o preconceito contra pessoas que tem sentimentos, anseios, necessidades e esperança como qualquer outro humano. E o que há de errado nisso? Nada. Não devem existir regras para o amor, ele deve seguir apenas o respeito e a liberdade.


Temas da aula

TEXTO 1 – Notícia motivadora - Propaganda de O Boticário com gays gera polêmica e chega ao Conar
A campanha de Dia dos Namorados do Boticário que mostra diferentes tipos de casais, heterossexuais e homossexuais, trocando presentes, virou alvo de protestos e ameaça de boicote à marca nas redes sociais e até de denúncia ao Conar (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária).
O órgão informou nesta terça-feira (2/6) que abriu um processo para julgar a propaganda após receber mais de 20 reclamações de consumidores que consideraram a peça "desrespeitosa à sociedade e à família". Ainda não há data para o julgamento.
Procurada pelo G1, O Boticário informou que "não recebeu, até o momento, nenhuma notificação do Conar em referência à campanha “Casais” para o Dia dos Namorados". A página da marca de cosméticos no Facebook também recebeu uma enxurrada de manifestações, incluindo mensagens de teor homofóbico, mas também muitos elogios à propaganda. No YouTube, acabou se instalando uma espécie de "competição" para ver se o comercial ganhava mais aprovações ou reprovações. Na tarde desta terça-feira, por volta das 17h, os "likes" ultrapassaram os "dislikes", com número de 172.833 contra 149.622.
Vários internautas chegaram também a registrar seus protestos no Reclame Aqui, site de reclamações sobre atendimento compra e venda de produtos e serviço.
"O Boticário perdeu a noção da realidade, empurrando essa propaganda que desrespeita a família brasileira. Não tenho preconceito mas acho que a propaganda á inapropriada para a TV aberta, a partir de hoje não compro mais nem um só sabonete lá e eu era cliente", escreveu um consumidor.
Segundo o Reclame Aqui, desde o dia 25 de maio, quando o vídeo foi lançado, até o dia 1º de junho, foram 90 reclamações abertas, sendo 84 delas contra e 6 a favor da propaganda.
A marca anunciou o lançamento do comercial como uma defesa da "diversidade do amor", "além das convenções". "O Boticário esclarece que acredita na beleza das relações, presente em toda sua comunicação. A proposta da campanha “Casais”, que estreou na TV aberta no dia 24 de maio, é abordar, com respeito e sensibilidade, a ressonância atual sobre as mais diferentes formas de amor - independentemente de idade, raça, gênero ou orientação sexual - representadas pelo prazer em presentear a pessoa amada no Dia dos Namorados. O Boticário reitera, ainda, que valoriza a tolerância e respeita a diversidade de escolhas e pontos de vista.”

TEXTO 2 – Enquanto isso no Tocantins... Deputado se manifesta contra implantação do “KIT Gay” em escolas do Tocantins
O deputado estadual, Eli Borges, condena o  tópico 12.6 do Documento Referência do Plano Estadual de Educação do Tocantins onde no Documento Referencia, propõe inserir nas escolas públicas, a Ideologia de Gênero.
“Todos que se opõem, eles chamam de homofóbico, preconceituosos, pessoas capazes de discriminar e ausentes de sentimento, de amor e misericórdia. Em outros aspectos, trilhando os caminhos das leis, sobretudo, daquelas que tratam da grade curricular das escolas. O Plano Nacional retirou esse novo conceito de família, retirou a Ideologia de Gênero, retirou a possibilidade de doutrinação de material pedagógico, que é o KIT GAY”, considera do deputado.
O tópico   12.6  questionado pelo deputado tem a seguinte redação: “Garantir condições institucionais para o debate e a promoção da diversidade ético-racial, de gênero, diversidade sexual e religiosa, por meio de políticas pedagógicas e de gestão especificas para esse fim”.
O deputado mostra-se preocupado com a possibilidade dos 139 municípios do Tocantins aprovarem os Planos Municipais de Educação nas Câmaras Municipais. Para isso, ele afirma que tem despertado sobre a frase ‘expressões como a Ideologia de Gênero’, pois o Plano Nacional da Educação determina que os planos sejam votados até o dia 25 de junho.
TEXTO 3 – Homofobia na escola
A homo e a bissexualidade ainda são assuntos delicados no ambiente escolar. O preconceito por parte dos estudantes e professores, e a falta de técnicas pedagógicas adequadas para lidar com a diversidade sexual fazem com que a homofobia seja um problema recorrente nas salas de aula. Um estudo divulgado em 2014 pela Organização das Nações Unidas para a Educação (UNESCO) revelou que quase 40% dos alunos entrevistados não gostariam de ter homossexuais como colegas, e mais de 35% dos pais prefeririam que estes não fossem amigos dos filhos. A pesquisa levou em conta as respostas de mais de 16 mil estudantes de escolas públicas de treze capitais brasileiras. Até pouco tempo, o termo ‘heteronormatividade’ era usado para classificar a suposta sexualidade natural das crianças e adolescentes. Nesse cenário, a homo e a bissexualidade seriam considerados desvios de conduta.
O tema ganhou notoriedade na mídia com o caso de Paulo, um menino de 14 anos que foi ameaçado de expulsão em uma escola particular de São Paulo, por ter se declarado para um colega. A história de Paulo foi contada em uma matéria do caderno Folhateen, do jornal Folha de São Paulo, em 2009. Na ocasião, a direção da escola negou tratar-se de “preconceito”, mas de uma “situação insustentável” causada pelo “constrangimento” entre os alunos. Depois da reportagem, o garoto foi ameaçado pelos próprios colegas. A Folha de São Paulo recebeu um abaixo-assinado de 270 estudantes que apoiavam a expulsão, afirmando que a instituição não era “preconceituosa, e sim, conservadora”. O episódio gerou tanta polêmica que o então deputado Nilmário Miranda (PT/MG) apresentou um projeto de lei que definia a descriminação por orientação sexual como crime.
O caso é apenas uma amostra do cotidiano em algumas escolas brasileiras. De xingamentos à agressão física, o preconceito tem várias formas de manifestação entre as crianças e adolescentes. “Presencio muitas brincadeiras, principalmente por parte dos meninos, que chamam os colegas de viado, frutinha, gay”, conta a coordenadora pedagógica de um colégio particular de Florianópolis, Ana Maria Máximo. Mas, nem sempre, as agressões são apenas verbais. No dia 28 de junho, um aluno do ensino médio de uma escola pública de São José, na Grande Florianópolis, foi apedrejado na rua por membros da comunidade onde mora – uma das mais pobres do município. O jovem havia se assumido como homossexual e era frequentemente ofendido pelos colegas de sala de aula.
C. cursa o ensino fundamental em uma escola pública da capital e diz que os xingamentos são rotina na sala de aula.  “Tem um menino na minha sala que fala fino e tem um jeito delicado, mas diz que não é gay. Os meninos o chamam de “gayzão””. Ela conta que os professores não sabem como lidar com a situação e a escola não tem nenhum trabalho de orientação sexual “Eles não sabem como atuar, ficam meio sem jeito. Ninguém vem na sala para falar sobre as brincadeiras”, completa.
O comportamento homofóbico pode ter muitas origens. A família, porém, ganha destaque nesse contexto. Desde pequenas, a maioria das crianças são orientadas pelos pais a distinguir os brinquedos de menino dos de menina. “O ambiente familiar às vezes é muito repressor em relação à formação da identidade sexual do jovem. Ao dizer ‘Isso é de mulherzinha’ ou ‘Não faz isso, você parece um homem’, os pais acham que estão ajudando na formação dos filhos quando, na verdade, podem estar influenciando um olhar preconceituoso”, explica Máximo. “Os pais recusam a orientação sexual do filho com medo de que ele sofra”, completa. Eles também podem dificultar o desenvolvimento das discussões sobre homossexualidade dentro da escola, alegando que estas estariam estimulando a conduta gay. Mas, isso não é uma regra. A psicóloga Carol Rutz conta que assim como há pais que renegam as orientações sexuais diferentes, há aqueles que aceitam cada opção.
Então, de que forma a homossexualidade deve ser discutida dentro da escola? Para Carol Rutz é preciso que haja um vínculo entre profissionais da educação e estudantes, para que ambos se sintam à vontade ao tratar da temática e para expressar que as orientações sejam assimiladas. “É preciso ouvir os dois lados e saber balancear a situação. Não existe fórmula pronta”, confessa.

TEXTO 4 – Charges




TEXTO 5 – Evangélicos contra a Homofobia
Um grupo de pastores e fiéis evangélicos marcharão rumo à Parada Gay no domingo (7). Na avenida Paulista, começam a missão: converter o máximo de almas possíveis. Almas homofóbicas, no caso.
Para achá­los no dia, procure por pontos brancos no mar de glitter colorido e tutus de bailarina no evento LGBT. "A ideia é que todos vistam camisetas claras. É uma proposta de paz. Um anseio pela quebra desta corrente de ódio que se retroalimenta", diz José Barbosa Júnior, 44, teólogo da igreja Batista e autoproclamado "pastor marginal".
A caravana, batizada "Jesus Cura a Homofobia" para se contrapor à "cura gay", lançou um chamado no Facebook ­até a noite de sexta (5), 420 pessoas aderiram a ela. Casado há dois anos com Ellen, Júnior afirma que não é preciso estar "no armário" para "pedir perdão pela forma como a igreja trata os homossexuais". "O cristianismo sempre tem que estar a favor daquele que é oprimido", diz. Nos cartazes que empunharão domingo, os dizeres "Malafaia e Feliciano não nos representam". A pregação contra direitos LGBT dos pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano propagam, para Júnior, é o teto de vidro de sua fé.
A reação religiosa ao comercial da Boticário não foi a primeira pedra que o estilhaçou, mas foi decisiva, diz Danilo Fernandes, 48, dono do Genizah, um dos sites mais influentes entre evangélicos. Ele critica o boicote à marca de cosméticos que divulgou uma campanha com casais do mesmo sexo se abraçando ao som de "Toda Forma de Amor", de Lulu Santos.
Para Danilo, os fiéis devem lembrar que várias marcas apoiam a causa LGBT, "do Facebook ao McDonald's". E que boicotar perfume, além de hipocrisia, "é picuinha".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/06/1638621-evangelicos-farao-marcha-contra-homofobia-na-parada-gay.shtml

TEXTO 6 – Escola deve promover respeito à diversidade sexual
Deputados e especialistas ressaltaram nesta terça-feira (15), no 9º Seminário Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), que a escola tem o dever de promover o respeito à diversidade sexual. No evento, promovido pelas comissões de Educação e Cultura e de Direitos Humanos, debatedores destacaram que a homofobia e a violência contra os homossexuais têm origem na infância.
O deputado Newton Lima (PT-SP), presidente da Comissão de Educação e Cultura, defendeu que o Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10, do Executivo) estabeleça que a inclusão, o respeito à diversidade e a tolerância serão princípios norteadores do sistema educacional brasileiro.
A pesquisadora Miriam Abramovay, coordenadora da área de Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), salientou que a maioria dos jovens brasileiros ainda tem atitude bastante preconceituosa em relação à orientação e a práticas não heterossexuais. Pesquisa coordenada por ela apontou que 45% dos alunos e 15% das alunas não querem ter colega homossexual. Conforme ela, o jovem brasileiro tem menos vergonha de declarar abertamente o preconceito contra homossexuais do que de declarar a discriminação contra negros.
Miriam afirmou que esse preconceito se traduz em insultos, violências simbólicas e violência física contra os jovens homossexuais. De acordo com a pesquisadora, essa violência gera sentimentos de desvalorização e vulnerabilidade. Há casos inclusive de jovens que abandonam a escola. "Os adultos das escolas não se dão conta disso, porque na escola, em geral, reina a lei do silêncio", apontou.




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