Racismo, preconceito e discriminação em geral
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá
Para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente, infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente
Esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
Contudo o que mais tem sido noticiado são perseguições, invasões, mortes!
Desde o remoto passado tem sido normal tomar a própria religião como superior e denegrir a dos outros, ou mesmo quem não tem nenhuma.
Leiam essas matérias...
TEXTO 1
A tolerância religiosa no Brasil nunca foi
pura e simplesmente uma medida imposta por decreto. É, antes disso, um aspecto
cultural. Por um lado, foi preciso incluir na Constituição artigo resguardando a
liberdade de culto e proteção contra a discriminação, porque tais garantias não
seriam naturais; por outro, a convivência entre credos distintos foi facilitada
pela formação do povo. A miscigenação e a intimidade entre a casa-grande e a
senzala resultaram em mecanismos de acomodação, como o sincretismo que uniu
religiões aparentemente tão diferentes quanto o catolicismo e o candomblé. Na
Bahia, por exemplo, eles se misturaram.
No entanto, a tendência à convivência
pacífica tem sido cada vez mais posta em xeque, e de uma forma que as
autoridades não podem fazer vista grossa. A série de reportagens publicada pelo
GLOBO semana passada mostra que os fiéis da umbanda e do candomblé — 600 mil
pelo Censo 2010 — foram vítimas de 22 das 53 denúncias de intolerância
religiosa recebidas pelo Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência, de janeiro a 11 de julho deste ano. Além disso, um estudo da
PUC-Rio registrou que, num grupo de 840 terreiros, 430 foram alvo de
discriminação, sendo 57% dos casos em locais públicos.
TEXTO 2
Um estudante da rede municipal de ensino
foi transferido de escola após passar por um episódio de intolerância
religiosa. Aos 12 anos, um aluno da Escola Municipal Francisco Campos, no
Grajaú, Zona Norte do Rio, teria sido barrado pela diretora da instituição por
usar guias de candomblé por baixo do uniforme, além de bermuda e boné brancos.
De acordo com matéria da revista Fórum, a denúncia foi feita pela família do
estudante. A mãe do garoto, Rita de Cássia Araújo, disse ter avisado à
professora que ele iria aderir à religião e que, como parte da iniciação,
precisaria vestir roupas claras, tapar a cabeça e usar as guias por três meses.
Em resposta, a docente afirmou que o menino não entraria no colégio. Após um mês
sem frequentar as aulas, o estudante tentou voltar à escola no último dia 25,
mas teria sido impedido pela direção. A mãe dele contou que o garoto se sentiu
humilhado diante dos colegas, chorou muito e decidiu não frequentar mais o
local. Porém, se manteve firme na ideia de continuar no candomblé. Ele acabou
sendo transferido para a Escola Municipal Panamá, também no Grajaú. A
Secretaria Municipal de Educação informou que tudo não passou de um “mal
entendido”.
TEXTO 3
TEXTO 4
Cristofobia
Pouco denunciada, a opressão violenta das
minorias cristãs nos países muçulmanos é um problema cada vez mais grave. Ouvimos
falar com frequência de muçulmanos como vítimas de abuso no Ocidente e dos
manifestantes da Primavera Árabe que lutam contra a tirania. Outra guerra
completamente diferente está em curso – uma batalha ignorada, que tem custado
milhares de vidas. Cristãos estão sendo mortos no mundo islâmico por causa de
sua religião. É um genocídio crescente que deveria provocar um alarme em todo o
mundo.
O retrato dos muçulmanos como vítimas ou
heróis é, na melhor das hipóteses, parcialmente verdadeiro. Nos últimos anos, a
opressão violenta das minorias cristãs tornou-se a norma em países de maioria
islâmica, da África Ocidental ao Oriente Médio e do sul da Ásia à Oceania. Em
alguns países, o próprio governo e seus agentes queimam igrejas e prendem
fiéis. Em outros, grupos rebeldes e justiceiros resolvem o problema com as
próprias mãos, assassinando cristãos e expulsando-os de regiões em que suas
raízes remontam a séculos.
TEXTO 6
TEXTO 7
A humanidade inteira segue uma religião ou crê em
algum ser ou fenômeno transcendental que dê sentido à existência. Os que não
sentem necessidade de teorias para explicar a que viemos e para onde iremos são
tão poucos que parecem extraterrestres.
Dono de um cérebro com capacidade de
processamento de dados incomparável na escala animal, ao que tudo indica só o
homem faz conjecturas sobre o destino depois da morte. A possibilidade de que a
última batida do coração decrete o fim do espetáculo é aterradora. Do medo e do
inconformismo gerado por ela, nasce a tendência a acreditar que somos eternos,
caso único entre os seres vivos.
Todos os povos que deixaram registros
manifestaram a crença de que sobreviveriam à decomposição de seus corpos. Para
atender esse desejo, o imaginário humano criou uma infinidade de deuses e
paraísos celestiais. Jamais faltaram, entretanto, mulheres e homens avessos à
interferências mágicas em assuntos terrenos. Perseguidos e assassinados no
passado, para eles a vida eterna não faz sentido. Não se trata de opção
ideológica: o ateu não acredita simplesmente porque não consegue. O mesmo mecanismo
intelectual que leva alguém a crer leva outro a desacreditar.
Os religiosos que têm dificuldade para entender
como alguém pode discordar de sua cosmovisão, devem pensar que eles também são
ateus quando confrontados com crenças alheias. Que sentido tem para um
protestante a reverência que o hindu faz diante da estátua de uma vaca dourada?
Ou a oração do muçulmano voltado para Meca? Ou o espírita que afirma ser a
reencarnação de Alexandre, o Grande? Para hindus, muçulmanos e espíritas esse
cristão não seria ateu?
Na realidade, a religião do próximo não passa de
um amontoado de falsidades e superstições. Não é o que pensa o evangélico na
encruzilhada, quando vê as velas e o galo preto? Ou o judeu quando encontra um
católico ajoelhado aos pés da virgem imaculada que teria dado à luz ao filho do
Senhor? Ou o politeísta, ao ouvir que não há milhares, mas um único Deus?
Quantas tragédias foram desencadeadas pela
intolerância dos que não admitem princípios religiosos diferentes dos seus?
Quantos acusados de hereges ou infiéis perderam a vida?
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