TEXTO 1
– A pátria das plásticas
Ultrapassamos os Estados Unidos em
número de cirurgias plásticas feitas em 2013! Foram 1,49 milhão de
procedimentos aqui na nossa pátria amada, quase 13% de todas as cirurgias
plásticas feitas no mundo inteiro no ano passado. Bastante coisa, não?
E a maior parte foi feita por elas:
quase 90% dos procedimentos estéticos foram realizados em mulheres (87,2%).
Aqui contam procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos, como aplicação de botox,
por exemplo. Depois das brasileiras e americanas, entram no ranking das
cirurgias plásticas as mexicanas e as alemãs.
Não surpreendente, as cirurgias para
aumentar e para levantar as mamas, a lipoaspiração e a cirurgia de abdome. Vamos
ver um pouco mais sobre cada uma:
Mastoplastia de aumento: a famosa
cirurgia que aumenta o volume das mamas com o uso de próteses de silicone.
Lipoaspiração: essa cirurgia também
caiu no gosto dos brasileiros e retira a gordura corporal, em geral da barriga,
costas, coxas e pernas melhorando o contorno corporal.
Mastopexia: é a cirurgia plástica que
“levanta” as mamas com a retirada de excesso de pele e reposicionamento da
aréola, compondo um novo contorno mamário.
Abdominoplastia: para quem quer um abdome
bem definido, o procedimento retira o excesso de pele e de gordura da região.
Ele também ajuda a reforçar os músculos abdominais, dando-lhes firmeza.
Todos esses dados mostram que pessoas
que querem melhorar alguma coisa em seu corpo estão procurando a cirurgia
plástica para isso. Fico feliz que a área esteja se consagrando cada vez mais
no Brasil e que mais e mais as pessoas estejam tendo informações e acesso a
ela. Mas eu acho que é importante comentar sobre segurança. Lembre sempre que é
preciso tomar alguns cuidados para o sonho não virar pesadelo. O primeiro passo
é a escolha do cirurgião plástico. Sempre opte por um profissional que seja
especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Sempre!
TEXTO 2–
Paciente de Dr. Bumbum morreu de embolia pulmonar, confirma laudo
Um laudo
do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro confirmou que embolia pulmonar
—obstrução em artérias do pulmão— foi a causa da morte de Lilian Calixto, 46. A
bancária morreu no último dia 15 após realizar um procedimento estético com o
médico Denis César Barros Furtado, conhecido como Dr. Bumbum
(https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/07/medicoconhecido-como-dr-bumbum-e-preso-no-rio-de-janeiro.shtml).
O perito
apontou que havia micro partículas espalhadas pelo pulmão da paciente,
impedindo a oxigenação do sangue, segundo a TV Globo. O laudo também indicou
quadro de choque, com falência de órgãos como fígado e rim.
O médico,
que não tem registro para atuar no Rio nem formação em cirurgia plástica, já
havia admitido em depoimento à polícia que havia injetado cerca de 300 ml de um
produto chamado PMMA (polimetilmetacrilato, derivado do acrílico) no glúteo da
paciente.
De acordo
com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o PMMA pode ser usado
para corrigir rugas e restaurar pequenos volumes perdidos de tecidos com o
envelhecimento, mas em pequenas quantidades.
Nem a SBCP
(Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) nem a SBD (Sociedade Brasileira de
Dermatologia) recomendam o uso do produto para fins
TEXTO 3–
Entenda as mudanças de padrão de beleza ao longo da história
Em cada
época é fácil identificar o apreço generalizado por um ou outro tipo físico,
dos corpos roliços aos mais secos, das barriguinhas pronunciadas aos abdomens
tanquinho, dos seios minúsculos aos bustos siliconados. Mas, se hoje qualquer
pessoa é dona de seu nariz para decidir se quer frequentar a academia ou viver
feliz acima do peso, houve tempos em que ninguém era responsável pelo próprio
corpo. Por milênios, a forma física era colocada a serviço de propósitos
sociais, militares ou religiosos.
“Na
Pré-História, o corpo era arma de sobrevivência, a fim de caçar e correr dos
predadores, mas nas primeiras civilizações, os treinos e as atividades sempre
estiveram voltados a necessidades coletivas, como guerrear”, diz Denise
Bernuzzi de Sant’Anna, professora de história da PUC-SP, autora dos livros
Corpos de Passagem e Políticas do Corpo. Em outros períodos, a religião moldou
a visão coletiva das questões relativas ao corpo. “Como o corpo era considerado
sagrado, a Igreja proibia dissecações e estudos de cadáveres”, diz Luís Ferla,
professor de história da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Só entre
os séculos 15 e 16 despontou uma nova perspectiva, mais individualizada. Um
processo que perdura e se radicaliza até hoje.
PRÉ-HISTÓRIA
A vênus
paleolítica
1200 a. C.
As
primeiras academias
SÉCULO I
Mente sã
em corpo são
IDADE MÉDIA
Mergulho
nas trevas
1450
O
redescobrimento da anatomia
RENASCIMENTO
Das
virgens às Vênus
1500
O homem nu
1900
O pai da
musculação
1920
O
sex-appeal
1940
Hollywood
1960
A
mulher-violão
1970
O
andrógino
1980
Mister
Músculos
1990
Supermodelos
ANOS 2010
Os reis do
octógono
TEXTO 4–
Namorada de Ken Humano decide fazer plástica no rosto para se tornar a Susi
Humana
Jennifer
Pamplona seguirá os passos do namorado, Celso Santebañes, o Ken Humano. A jovem
decidiu passar por cirurgias plásticas no rosto, maxilar e nariz para se tornar
a Susi Humana.
"O
Ken sempre me chamou de Susi. Quando eu era mais nova meus amigos do colégio
também chamavam. Eu tenho a cabeça grande e o formato da boca bem similar ao da
boneca. Não quero nada muito exagerado, vou fazer uma leve cirurgia no nariz e
maxilar no próximo sábado [9]”, detalhou ao “Ego”.
A
ex-estilista de Andressa Urach revelou que está apreensiva com as mudanças.
“Nunca fiz nada no rosto, vai ser a primeira vez e estou muito ansiosa. Eu pedi
ao médico Felipe Tozaki para que ele me deixe bem parecida com a Susi e ele
disse que vai ser fácil, pois já sou parecida."
Jennifer,
no entanto, não se submeterá a procedimentos para reduzir o peso e ficar mais
parecida com a boneca. "Nos últimos meses fiz uma dieta sem lactose e já
perdi quatro quilos. Decidi ficar mais magra. Estou muito feliz com essa
decisão e com as mudanças no meu corpo. O Ken me apoia em tudo."
TEXTO 5 – A vaidade que destrói
O drama da
apresentadora Andressa Urach, que estva na UTI em função de um procedimento
estético malsucedido, mostra os riscos de buscar a beleza a qualquer custo.
Até a
sexta-feira 5, a apresentadora Andressa Urach, 27 anos, permanecia na Unidade
de Terapia Intensiva do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre.
Ela estava no hospital havia seis dias, internada para tratar complicações
surgidas por causa da colocação de uma substância na forma hidrogel para
aumentar as coxas. O produto vem sendo utilizado de maneira incorreta em
procedimentos estéticos como a que Andressa se submeteu e é, já há algum tempo,
um dos alvos de maior preocupação dos médicos. Entre outras ameaças à saúde,
pode provocar infecções, cegueira e até a morte. “Ele é extremamente nocivo. É
uma bomba relógio que uma hora ou outra irá explodir”, afirma João de Moraes
Prado Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC).
Andressa
sentia dores na região desde março. Em julho, submeteu-se à primeira cirurgia
para a retirada do produto colocado há cinco anos. Seis dias depois, a
apresentadora foi internada em São Paulo, com febre. Ela estava com uma
inflamação decorrente dos resíduos do hidrogel que permaneciam em seu
organismo. De lá para cá, seu estado foi piorando, até culminar na internação
na UTI. Semanas antes de o drama da apresentadora ser divulgado, o País já
havia conhecido uma tragédia fatal, dessa vez em Goiânia.
Maria e
Andressa são as vítimas mais recentes de uma espécie de submundo do mercado da
beleza que persiste no País. Uma zona nebulosa, em que compostos químicos são
misturados de forma indevida ou ilegal e sem o mínimo de preparo por
profissionais irresponsáveis ou golpistas de ocasião. Esta combinação compõe
uma teia que escapa à fiscalização e atrai jovens dispostas a tudo para obter
formas consideradas perfeitas. E, de preferência, a um custo mais baixo do que
o desembolsado em clínicas que atuam de maneira correta e dispõem dos produtos
apropriados.
TEXTO 6 – Mulher morre ao tentar aumentar as
medidas
A clínica
estética onde a paciente Maria José Medrado de Souza Brandão, 39 anos, fez uma
aplicação de hidrogel, localizada no Setor Parque das Laranjeiras, em Goiânia,
foi interditada, na tarde desta terça-feira (28), por tempo indeterminado.
Segundo a Vigilância Sanitária Municipal, o estabelecimento não tinha a
documentação necessária para funcionar. A Polícia Civil investiga o caso.
A mulher
morreu em um hospital da capital, um dia após passar pelo procedimento
realizado por uma suposta biomédica. "A clínica de estética se encontrava
irregular porque não possuía alvará sanitário, necessário para a realização de
procedimentos do tipo dos que foram realizados aqui. Por isso, foi feita a
interdição da clínica", afirmou Dagoberto Costa, chefe da Divisão de
Fiscalização em Saúde da Vigilância Sanitária.
Maria
morreu na madrugada de sábado (25) com suspeita de embolia pulmonar, após ser
internada no Hospital Jardim América. Segundo a família, ela tinha passado pelo
mesmo procedimento duas semanas antes de morrer, mas não gostou do resultado e
voltou para fazer uma correção. Na segunda aplicação, ela passou mal e acabou
falecendo após ir para o hospital.
Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/10/clinica-e-interditada-apos-mulher-morrer-ao-tentar-aumentar-o-bumbum.html
TEXTO 7 - Cinderela Frankenstein
Entre
todos os setores do mercado de moda e beleza, o que tem se desenvolvido de
forma mais radical é o das transformações corporais cirúrgicas. Esse
desenvolvimento não diz respeito apenas às inovações tecnológicas do ramo,
bastante significativas, mas principalmente ao comportamento das pessoas que
buscam esse tipo de intervenção.
Uma
comparação inicial faz entender melhor a mudança que está ocorrendo. Desde os
anos 90, com a ascensão, auge e quase normalização dos implantes de seios
siliconados (que foram se tornando menos exagerados, imitando o formato
“natural” da anatomia humana), a indústria de roupas sofreu adaptações. Sutiãs,
biquínis e até mesmo decotes foram modificados levando em conta a nova geração
de consumidoras e seus contornos. Ou
seja, a opção pela cirurgia teve reflexo numa certa gama de produtos.
Porém, o
que se observa agora é o crescimento de um movimento inverso: cirurgias feitas
para adaptar o corpo a produtos que já existem no mercado. É claro que esse
movimento já existia. A lipoaspiração estética, a lipoescultura, talvez seja
sua melhor tradução: a pessoa retira o excesso de peso para adquirir um tamanho
e formato de corpo que melhor se adapte aos padrões vigentes de beleza,
elegância etc.
TEXTO 8 – Cirurgias entre jovens
Levantamento da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica mostra que procedimentos mais comuns procurados por jovens
são lipoaspiração e implante de silicone nas mamas; aumento foi maior também na
comparação com o total de operações entre adultos. O número de cirurgias
plásticas em adolescentes entre 14 e 18 anos mais do que dobrou em quatro anos
saltou de 37.740 procedimentos em 2008 para 91.100 em 2012 (141% a mais),
segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
No mesmo período, o número total de
plásticas em adultos subiu 38,6% (saindo de 591.260 para 819.900 procedimentos)
o que significa que as cirurgias no público jovem cresceram em um ritmo 3,5
vezes maior. Além de estar num crescimento acelerado, a participação de jovens
no total de cirurgias (911 mil procedimentos), também cresceu: saltou de 6% em
2008 para 10% em 2012.
O Brasil é o segundo País do mundo em
número de cirurgias plásticas fica atrás apenas dos Estados Unidos. A
lipoaspiração é a cirurgia mais feita (foram 211 mil procedimentos só em 2011),
seguida do implante de silicone nas mamas. A regra vale tanto para adultos
quanto para adolescentes. Nos meninos, os procedimentos mais procurados são a
ginecomastia (redução das mamas que crescem demais) e a cirurgia para corrigir
a orelha de abano.
Segundo dados da SBCP, nessa época do
ano inverno associado às férias escolares a procura pelas cirurgias aumenta
em média 60%. "Isso acontece porque o frio torna o pósoperatório mais
confortável, favorecendo a recuperação mais rápida. Além disso, é recomendado
não tomar sol após a cirurgia para evitar manchas", diz o cirurgião Gustavo
Tilmann.
De acordo com o cirurgião José Horácio
Aboudib, presidente da SBCP, não existe uma norma que defina qual a idade
mínima para se submeter à cirurgia plástica. "Não há idade mínima, cada
caso tem de ser avaliado separadamente. A idade não é o mais importante. O mais
importante é avaliar a evolução física do paciente", diz.
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