domingo, 11 de maio de 2014

Aula 13 - Geração Nem Nem

GERAÇÃO NEM NEM


Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE) aponta que 1,5 milhão de jovens entre 19 e 24 anos (excluindo mulheres com filhos ou donas de casa) não frequenta a escola e também não ocupa um posto de trabalho. O fenômeno aparece em todas as classes sociais, apesar de estar muito concentrado nas camadas mais baixas. É a chamada Geração Nem-Nem (nem estuda, nem trabalha) que preocupa educadores pelo risco de comprometimento de seu futuro.
"Um ponto importante é não responsabilizar os jovens por isso, quando na verdade é algo de responsabilidade da sociedade, do governo, da qualidade da Educação, de questões sociais e econômicas. Não podemos simplesmente culpar o jovem dizendo que é ele quem não tem interesse, que não quer se mexer, que não busca oportunidades", alerta Cynthia Bisinoto Evangelista de Oliveira, professora de Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem na UnB (Universidade de Brasília).
A opinião é apoiada pelo Alexandre Prates, especialista em liderança e sócio-fundador do ICA (Instituto de Coaching Aplicado). "A escola está longe do jovem de hoje, conectado, ligado em tecnologia, que não vê como os conteúdos apresentados na sala de aula têm relação com a vida dele", afirma, complementando que mesmo o mercado de trabalho não consegue se mostrar atraente para este público. 
Prates elenca os "3 Is da nova geração" que atrapalham esta relação: Impaciência ("Ou me satisfaz imediatamente ou não quero"), Inconsistência (causada pela avalanche de informações a que se têm acesso atualmente, o que não permite um aprofundamento do conhecimento), Iniciativa (vontade de mudar que nem sempre é devidamente valorizada ou bem trabalhada).

Material da aula

TEXTO 1
Um em cada cinco brasileiros entre 18 e 25 anos não trabalha nem estuda. É a chamada "geração nem-nem", dimensionada em estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Esses jovens são vítimas de um "desalento estrutural", como analisou Fernando de Holanda Filho, professor da Fundação Getúlio Vargas, ao jornal O Globo. Ou seja: são pessoas que desistiram de procurar trabalho, porque não têm quase nenhuma qualificação, e tampouco querem voltar a estudar, porque não se sentem atraídas pela escola.
A OCDE afirma, no entanto, que a situação dos "nem-nem" na maioria dos países estudados é transitória e que os motivos variam de lugar para lugar, incluindo-se aí questões culturais - o que explica, por exemplo, que 77% das jovens mexicanas nem trabalhem fora de casa nem estudem, preferindo dedicar-se à formação da família.

TEXTO 2

TEXTO 3
Um estudo divulgado no dia 13 de fevereiro pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) apontou que 21,8 milhões dos jovens latino-americanos se enquadram nesse perfil. Uma pesquisa anterior da OIT, divulgada logo no início do ano, apontava que, de 2007 a 2012, o fenômeno cresceu em 30 países, de uma lista de 40 analisados.
O fenômeno chamou tanta atenção que, em 2012, com o alto número de jovens até 30 anos fora do mercado de trabalho e das escolas, a italiana Benetton criou uma campanha publicitária com fotos de jovens e a frase "Desempregado do Ano". A ideia era chamar atenção para a necessidade de oportunidades de trabalho para esse grupo de pessoas, reflexo de fatores econômicos e sociais, mas também para um desânimo por parte dos jovens em encontrar oportunidades de trabalho com baixa remuneração, assim preferem ficar desempregados até que novas possibilidades apareçam.

TEXTO 4
Quase 10 milhões de jovens brasileiros (15 a 29 anos) no Brasil não trabalham nem estudam. É um exército de reserva que pode ser manobrado para o bem ou para o mal. A classe dominante brasileira sempre teve medo de uma rebelião dos escravos (Darcy Ribeiro). Mas são os antagonismos sociais (desigualdades) do nosso capitalismo selvagem e extrativista que podem um dia explodir por meio de uma violência coletiva devastadora.
Boa parcela desses milhões de jovens que não estudam nem trabalham conta, no entanto, com estrutura familiar (é o grupo Nem-Nem acolchoado). O restante é desfamiliarizado (não tem uma constituição familiar sólida nem amparo social, como é corrente nos países de capitalismo selvagem e/ou concentrador: Brasil, EUA etc., que nada têm a ver com os países de capitalismo evoluído e distributivo, civilizados, como Dinamarca, Noruega, Japão, Alemanha, Islândia etc.).

TEXTO 5
Ao se dizer não suficientemente informada sobre a compra da refinaria Pasadena, a presidente Dilma Rousseff atiçou uma fogueira que estava sob controle. Especialmente pelo desconhecimento de algumas cláusulas comuns a operações de fusões e aquisições. Nos próximos dias será uma atoarda de denuncismo, misturando temas técnicos com escandalizações primárias. É literalmente impossível armar uma operação dessa envergadura em cima de dados falsos e com aval do Conselho da companhia. Para uma empresa como a Petrobras, com acionistas no mundo inteiro, há uma fiscalização ampla que passa por agências de risco, por departamentos econômicos de grandes bancos de investimento.
A precificação de uma refinaria obedece a padrões internacionais, que envolve poucas variáveis – a mais volátil das quais é o preço do petróleo em bolsas internacionais

Texto 6

TEXTO 7
Neném? Não, não é neném. Bem que poderia ser, já que além da semelhança fonética possuem algumas características em comum: não estudam, não trabalham e vivem à custa dos pais. Viram como se parecem? Pois é, mas é estranho. Um neném fazer isso, vá lá, está dentro da normalidade. Agora, para um jovem acima de dezoito, vinte anos? É no mínimo contraditório. Contraditório com o próprio sentido de juventude, pois juventude é energia, é reivindicação, é insatisfação, é querer alçar altos voos. É querer mudar o mundo. É querer ser independente.
A geração perdida: “nem-nem” que está aí, é aquela que cresceu longe do trabalho e da escola. O termo é uma tradução livre do espanhol, pois na Espanha é conhecida como a geração “Ni-Ni”, “ni estudian ni trabajan”; na Itália é chamada de “mammone” porque não larga da saia da mama, e no Reino Unido de “Kidult”.
O jovem está adiando cada dia mais sua saída para desfrutar da casa da mamãe. Quem não gosta de conforto? Cama, comida e roupa lavada. Nada contra desde que estudassem, mas não. Isso quando não trazem para dentro de casa uma nora ou um genro e em alguns casos, já trazem também um neném (que não tem nada a ver com a história).
Neném e “nem-nem”, o que dizer? Ironia do destino ou jogo de palavras? Quem seria o responsável por tal situação? O próprio jovem, os pais, o Estado? O que fazer? Tchan, tchaann, tchaaann. Deixo em suspense para que reflitam sobre, pois disso dependerá a salvação dessa geração.


Alguns Videos

Geração NemNem - IBGE

Programa Espaço Mulher

Entrevista portal G1

Repórter Ciência


Algumas Imagens










Algumas Questões

IFG
1 - Conforme os dados do IBGE (2010) a População Economicamente Ativa foi de 22,3 milhões. Na comparação anual, houve alta no contingente da indústria extrativa, na transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, nos serviços prestados, nos aluguéis, dentre outros. Analisando o trecho acima com os seus saberes é correto afirmar que:

a) Na População Economicamente Ativa são incluídas pessoas acima de 18 anos que trabalham, com exceção dos desempregados.
b) De setembro de 2009 a setembro de 2010 diminuiu a taxa de rendimentos e ocupação de pessoas.
c) A inserção da mulher no mercado de trabalho é um fator irrelevante para a mensuração da variação do rendimento familiar.
d) População economicamente inativa (PEI) corresponde à parcela da população que não está empregada como crianças, idosos, deficientes, estudantes, ou que não exercem atividades remuneradas como donas de casa.
e) Infere-se que um dos motivos para o decréscimo do rendimento real habitual poderia ser a instalação de UHE’s gerando emprego e renda.

2 - Observe os dados da tabela a seguir.

Por meio dos dados apresentados e de seus conhecimentos sobre os aspectos da população mundial, é correto afirmar que:
a) EUA e Brasil apresentam a mesma taxa de fecundidade.
b) A população vai aumentar apenas em países considerados muito ricos.
c) O crescimento vegetativo é positivo nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
d) Com base nos dados, a população mundial deverá se reduzir nos próximos dez anos.
e) O crescimento reduzido na Rússia deve-se à enorme extensão territorial do país.

IFMT
3 - “ONDE ESTÃO AS CRIANÇAS PAULISTANAS?
A cada ano, menos crianças são vistas nas ruas, parquinhos e playgroundsde condomínios de São Paulo,
reflexo da tendência de queda de fecundidade que coloca regiões de maior renda, como Vila Mariana e Pinheiros – em que o número de filhos por mulher caiu a 1,4 e 1,3, respectivamente – com padrões do Japão e dos países mais ricos da Europa.”
(TERRA, Lígia. Conexões – estudos de Geografia geral e do Brasil. v. 1. São Paulo: Moderna, 2010. p. 243.)
Sobre os aspectos que caracterizam a dinâmica populacional brasileira nos últimos anos, é correto dizer que:
a) a taxa de natalidade brasileira caiu nos últimos anos exclusivamente nos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, devido à necessidade de trabalho das mulheres.
b) a queda da taxa de natalidade ocorre em todo o país, independentemente do poder aquisitivo e da localizaçãode moradia, atingindo o que se conhece como crescimento vegetativo negativo.
c) no caso brasileiro, a queda na taxa de fecundidade leva, a longo prazo, a uma proporção maior de população adulta, fazendo o país perder o título de país jovem e apresentar um estreitamento na base da pirâmide etária.
d) a taxa de fecundidade menor que dois filhos por mulher indica a manutenção da população sem a necessidade de migração, embora mostre uma pirâmide de base estreita.
e) a taxa de fecundidade aumentando, o que aconteceu a partir da década de 1960, fez cair a taxa de crescimento demográfico vegetativo do país.

4 - “O BRASIL ESCAPOU DA SUPERPOPULAÇÃO
O país já teve taxa de fecundidade de nação africana – 5,8 filhos por mulher, em 1970. Se essa taxa se mantivesse, a população hoje seria de 300 milhões de habitantes. Como essa taxa caiu para 1,8 filho por mulher, a população atual é de 193 milhões. [...]”
(REVISTA VEJA. São Paulo: Ed. Abril, a. 43, n. 27, p. 97, 7 jul. 2010.)
A taxa de fecundidade é um dos fatores da dinâmica populacional e reflete várias tendências da sociedade brasileira e mesmo mundial. Escolha a alternativa correta sobre a demografia e sua dinâmica:
a) O crescimento da população mundial sempre causou polêmicas. No século XVIII, Thomas Malthus já alertava
sobre a falta de alimentos para uma população mundial que cresceria descontroladamente e divulgou a sua teoria demográfica. Essa teoria não foi mais utilizada, uma vez que a produção de alimentos atende a toda a população mundial.
b) O custo de formação do indivíduo é maior nos países desenvolvidos em razão da necessidade de dar educação mais completa, de maior quantidade de roupas, material escolar, aparelhos eletrônicos e proibição
de trabalho para menores. Tudo isso pode levar a um aumento da taxa de natalidade.
c) O superpovoamento é sempre relativo e se altera com as mudanças econômicas, sociais e tecnológicas. Os países mais desenvolvidos foram os primeiros a terem suas taxas de natalidade em declínio, e um aumento da expectativa de vida, seguidos de imediato pelos países mais pobres.
d) Quando a taxa de fecundidade de um país é muito baixa (inferior a 2,1%), compromete a reposição da população que morre, ocorrendo, muitas vezes, falta de mão-de-obra e levando a um incentivo às migrações.
e) A dinâmica demográfica dos homens pode ser explicada somente pelos mecanismos naturais, desconsiderando os mecanismos culturais e econômicos de regulação.

IFPE
5 - É correto afirmar-se sobre as características atuais da estrutura da população brasileira:
A) No Brasil, o crescimento vegetativo ou natural continua apresentando índices muito baixos, típicos de países desenvolvidos.
B) De 1992 para 2001, a participação dos menores de 10 anos na população total vem aumentando de 18,7% para 22,1%.
C) A atual estrutura da população brasileira apresenta aumento das taxas de natalidade e de mortalidade e redução da expectativa de vida.
D) No processo de transição demográfica, vem aumentando a participação da população de jovens e reduzindo-se a de idosos no conjunto total da população.
E) No processo de transição demográfica, vem se reduzindo a participação da população jovem e aumentando a de idosos no conjunto total da população.

IFCE
6 - Sobre a política demográfica brasileira, analise as sentenças.
I. Manteve-se fortemente natalista até a década de 1950.
II. Nessa época, o governo acreditava que o alto crescimento vegetativo era fator de progresso.
III. Nenhuma política estatal de controle da natalidade foi adotada, mas o Estado apoiava os programas
de redução da natalidade.
IV. A política demográfica dos governos militares brasileiros pós-1964 foi marcada por atos
contraditórios.
Estão corretas:
A) apenas I e II.
B) apenas II e III.
C) apenas I, II e IV.
D) apenas III e IV.
E) I, II, III e IV.

UEPB
7 - “Acompanhando uma tendência mundial, o crescimento da população brasileira vem diminuindo nas últimas quatro décadas. [...] Além de estar crescendo menos, a população brasileira também apresenta outra característica: o envelhecimento.” (Coleção Almanaque Abril. no 4. 2004. p. 4)
Este processo de mudanças no perfil da população brasileira, que é denominado “transição demográfica”, tem como características:
I. O aumento da longevidade e da queda da fecundidade e da mortalidade, sobretudo, com o progresso da medicina e das condições sanitárias.
II. A diminuição do número de filhos por famílias em razão das transformações econômicas e sociais que levaram a mulher ao mercado de trabalho.
III. A mudança no desenho da pirâmide etária brasileira que passa a apresentar base mais estreita e topo mais largo.
IV. O aumento da participação dos homens na pirâmide etária, que passaram a viver mais que as mulheres, as quais, tornaram-se mais expostas à mortalidade por homicídios e acidentes.
Estão corretas apenas as proposições
a) I, II e III.
b) III e IV.
c) I, III e IV.
d) II e III.
e) I, II e IV.

8 - A intensificação do fluxo migratório em direção aos países ricos é provocada diretamente pela globalização econômica e pelo aprofundamento das desigualdades entre pobres e ricos. Tal processo resulta
I. na “fuga de cérebros”, altamente prejudicial ao desenvolvimento dos países pobres.
II. em vultosa remessa de dólares para os países de origem dos imigrantes, que, em alguns casos, é a mais importante fonte de sobrevivência dessas nações.
III. no acirramento da xenofobia, discriminação, exploração e violência contra o imigrante.
IV. na busca de soluções, por parte dos países ricos, para legalizar a massa de imigrantes que vive na clandestinidade. Estão corretas APENAS as proposições:
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) I e IV
d) II e III
e) I, II e IV

1 - D
2 - A
3 - C
4 - D
5 - E
6 - E
7 - A
8 - A



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