Direitos das Mulheres
Fica até meio estranho escrever sobre os direitos das mulheres, afinal tal fato já deveria ser uma realidade desde os primórdios da humanidade tendo em vista que todos somos seres humanos e nossa existência por si só já permite direitos e deveres de modo igualitário, no entanto isso não ocorre em todo o mundo.
E não vamos nos ater ao mundo muçulmano, onde as mulheres são bem excluídas de direitos iguais, pois mesmo em países que levam mais a sério a dita igualdade de gêneros muitas são as diferenças percebidas, o simples fato de ter que existir uma lei para resguardá-las já é uma clara constatação da falta de respeito.
Em uma sociedade verdadeiramente igualitária não seria necessária Lei Maria da Penha ou mesmo políticas públicas que estimulem a não diferenciação de gêneros.
Nessa semana, nossa aula será norteada por esse tema desde a Revolução Francesa até a mais recente notícia que assustou o mundo em que uma mulher foi condenada a morte por mudar de religião para se casar com um cristão.
Coletânea da aula
Texto 1
Texto 2
O primeiro país a reconhecer às mulheres o direito de voto foi a Nova
Zelândia, em 1893. Em seguida, Austrália (1902), Finlândia (1906) e a Noruega
(1913). Entre 1914 e 1939, as mulheres adquiriram o direito ao voto em mais 28
países. Foi somente após a Segunda Guerra Mundial que alguns países ocidentais,
como a Itália e a França, admitiram as mulheres no corpo eleitoral. O último
país ocidental a reconhecer às mulheres o direito de votar foi a Suíça, em
1971, e ainda assim não em todos os seus cantões
Fonte: COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos Direitos
Humanos. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.
Texto 3
Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em
Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta
da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da
Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada. No ano seguinte, o Dia
Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um milhão de
pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. Poucos dias depois, a 25 de
março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle mataria 146 trabalhadores - a
maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições
de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história
de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. É provável que a morte das
trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário coletivo, de modo
que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do
Dia Internacional da Mulher.
Texto 4
Na década de 1950, uma costureira negra desencadeou um dos maiores
manifestos civis da história dos Estados Unidos. Rosa Parks, falecida em 2005
aos 92 anos, tornou-se símbolo da luta anti-racista e feminista nos EUA quando,
em 1955, negou-se a levantar para um branco tomar seu lugar.
Na época vigorava a lei Apartheid, política de segregação racial
inicializada na África do Sul pelos europeus que estavam colonizando a região.
Dentre as várias restrições impostas pelos colonizadores brancos aos negros
estavam o não acesso ao voto e a proibição de se candidatarem a cargos
públicos.
Parks foi presa e multada por não ter cedido seu lugar no ônibus, pois,
segundo a lei vigente, os brancos tinham preferência, algo como possuem hoje
idosos, obesos e grávidas em transportes públicos.
Texto 5
Texto 6
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) errou
ao divulgar, em 26 de março, que 65% da população concordava que "mulheres
que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". O Ipea assumiu
nesta sexta-feira, 4, que houve falha e que o porcentual correto de pessoas que
concordam com essa afirmativa é de 24%. A divulgação do dado, no final de maio,
gerou ampla repercussão em diversos segmentos da sociedade, repudiando que
tamanha fatia da população concordasse com essa afirmativa.
Fonte: http://fw.atarde.uol.com.br/2014/04/650x375_ipea-pesquisa-mulheres_1403130.jpg
Texto 7
A Justiça do Sudão condenou à morte por enforcamento uma mulher
muçulmana acusada de apostasia - abandono da religião - depois que ela se
afastou do Islã para se casar com um cristão.
"Demos a você três dias para se retratar mas você insiste em não
voltar para o Islã. Sentencio você a ser enforcada até a morte", disse o
juiz, segundo a agência de notícias AFP, se referindo ao prazo dado para que a
mulher aceitasse o islamismo. O grupo de defesa de direitos humanos Anistia
Internacional condenou a decisão e afirmou que a sentença é "espantosa e
repugnante". A imprensa local informou que, como a mulher está grávida, a
sentença só será executada dois anos depois do nascimento da criança.
Embaixadas de países ocidentais e grupos de defesa de direitos humanos pediram
que o governo do Sudão respeite o direito da mulher de escolher a própria
religião.
Texto 8
Um colega de partido do primeiro-ministro indiano Narendra Modi afirmou
nesta quinta-feira que o estupro “algumas vezes está certo". O comentário
foi feito em meio à onda de indignação com uma série de estupros coletivos de
jovens seguidos de homicídio. Babulal Gaur, que ocupa o cargo de secretário de Lei
e Ordem do estado de Madhya Pradesh, também afirmou que o estupro é um crime
"social" que "depende de homens e mulheres". “Esse é um crime social, que depende de
homens e mulheres. Algumas vezes está certo, outras está errado. Até haver uma
queixa, nada aconteceu”, disse ele.
Centenas de manifestantes, essencialmente mulheres, se reuniram para
exigir o fim da violência diante da sede do governo em Lucknow, capital do
estado de Uttar Pradesh (norte), onde duas primas de 12 e 14 anos foram
violentadas e assassinadas.
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