domingo, 8 de março de 2015

Aula 05/2015 - Jovens e Alcool



Muitos jovens têm sido atraídos para eventos sem nenhuma reflexão acerca das possíveis consequências do que ou quanto será consumido nesse ambientes.


Com exceção da morte em si, se você for um cara que já circulou por este meio, sabe muito bem que o limite entre dar tudo certo ou a coisa desandar por causa de brincadeiras alcoólicas é absurdamente mínimo neste meio, onde garotos e garotas querem, cada vez mais, provarem que são adultos e independentes, para isso, agem como crianças sem pais.
Afinal, de quem é a culpa pela tragédia final: do bêbado ou dos organizadores? Desculpe-me falar, mas todos carregamos parcela de culpa por isso ocorrer.
Explico.
O INCENTIVO ÀS BEBIDAS VEM DE BERÇO
O BULLYING PARA QUEM NÃO BEBE
O ORGULHO DA PT (perda total da memória)
TEORIA DA MANADA

Se você já ficou bêbado, se já incentivou alguém a fazer com você ou mesmo viu uma situação dessa e não fez nada, tenha certeza que a morte desse jovem tem um dedo seu. Afinal, somos todos culpados.
Fonte: http://manualdohomemmoderno.com.br/bebidas/o-estudante-morto-alcoolizado-30-doses-de-vodka-e-a-culpa-que-todos-carregamos






Vamos à aula...

TEXTO 1 – O fato – Jovem morre e três são internados após ingestão excessiva de álcool
Um jovem de 23 anos morreu em uma festa universitária neste sábado (28) em Bauru (SP) após ingestão excessiva de álcool. Outras três pessoas estão internadas em estado grave após participarem da mesma festa.
A festa era promovida por várias repúblicas de estudantes da cidade. O evento começou no início da tarde e oferecia várias competições envolvendo bebidas alcoólicas.
Segundo a polícia, o jovem Humberto Moura Fonseca bebeu e passou mal na festa, após participar de uma das competições que incentivam a ingestão de Álcool. Ele foi socorrido por estudantes que estavam na festa, mas chegou ao pronto-socorro já sem vida.

TEXTO 2 – Algumas Imagens



TEXTO 3 – Papo de homem
Não sabemos quais os maiores medos de nossos amigos, mas com absoluta certeza sabemos quem é o mais resistente da turma, quem mais vomita, quem chora, quem fica agressivo, quem pega todas, quem mente, quem conta piadas ruins e quem brocha quando bebe.
Essa obsessão começa cedo.
Em uma cultura na qual vivemos domesticados em cadeiras de escola, cubículos da empresa, salas de cinema, salas de teatro, cadeiras de restaurantes, assentos de avião, pacotes turísticos e sofás, o álcool parece ser o elixir da felicidade.
O primeiro gole é um momento quase ritual entre adolescentes. Talvez venha do próprio pai, que vai dar risada da careta do filho inexperiente. O filho não precisa receber instruções, ele apenas observa que beber é coisa importante para os adultos. Se faz para relaxar ao final de um dia cansativo, para contar piadas no almoço de domingo com a família, em festas quando se quer paquerar.
Ficar desinibido, mais agressivo, eufórico e reativo parece ser um colateral positivo, uma expressão de virilidade.
O recado vem claro: beber é bom. É coisa de homem. Os primeiros porres quase sempre chegam antes dos dezoito.
As namoradas reclamam dos namorados beberrões, mas muitas vezes rejeitam e fazem piadas com os que não bebem, chamados de "frescos".  Escutar que você "bebe como uma moça" é ofensa grave.
"Não guenta, bebe leite!" é a provocação que todo homem escuta centenas de vezes ao longo de sua vida. Afinal, "se bebe pra ficar ruim, se fosse pra ficar bom tomava remédio".
Batemos palma e repetimos as histórias de porres, nossas e dos amigos, incontáveis vezes.

TEXTO 4 – Vodca ou Tédio
“Melhor morrer de vodca do que de tédio.”
A frase acima está no Facebook do estudante Humberto Moura Fonseca, 23 anos, morto depois de beber 30 ou mais doses de vodca no último sábado. Ele participava de uma festa com bebida liberada em uma chácara em Bauru, cidade em que cursava engenharia elétrica. A festa era de estudantes de engenharia. Após divulgação na imprensa, a frase circula hoje pelas redes sociais acompanhada de insinuações de que o responsável pela tragédia foi o próprio rapaz.
“Triste ver gente sem metas na vida”, escreveu a usuária Samira Queiroz no Twitter. “E o babaca morreu”, disse Pedro Sprangin na mesma rede social. “Realizou o ‘sonho'”, postou Leandro Capilluppi. “Parabéns, você atingiu seu objetivo”, disse Giovanna Pedroso. Etc, etc. O que pode inspirar alguém a dizer coisas assim? O desprezo pela vida de um semelhante? Ou a perplexidade diante de uma morte absurda? Prefiro ficar com a última opção.
Overdose acidental nunca foi tratada como suicídio em qualquer lugar do mundo. O álcool pode levar qualquer um a se expor a situações perigosas, especialmente ao consumo do próprio álcool em doses potencialmente letais. Porque quem bebe perde temporariamente as funções do cérebro responsáveis pela inibição e capacidade de julgar o certo do errado. Isto é científico.
Dizer que qualquer fração da culpa é de Humberto, alguém de quem não se conhece o perfil psicológico, é de uma perversidade obtusa. Mas a Lei precisa e deve trabalhar. Dois organizadores da festa foram presos imediatamente. Eles serão acusados de homicídio com dolo eventual, aquele em que se realiza um ato tendo consciência de que a vítima poderá morrer em sua decorrência.
A culpa é deles? Não há registro de que os organizadores tenham empurrado as 30 doses de vodca pela goela de Humberto. Nem dele nem dos outros estudantes que participaram de uma competição para descobrir quem bebia mais. Além da vítima fatal, três foram parar no hospital em coma alcóolico mas sobreviveram.
O Ministério Público Estadual se diz empenhado em encontrar os culpados. Descobriram que a festa era clandestina, realizada sem alvará, e que não havia socorro emergencial à disposição.
Minha opinião é que a não ser que o MP tenha alcançado a sofisticação de processar e punir tradições de décadas e décadas como as orgias alcoolicas dos universitários brasileiros, vai acabar colocando na cadeia dois bodes expiatórios. No curso de engenharia, especificamente, este descontrole é endêmico.

TEXTO 5 – Drogas Lícitas
Uma pesquisa realizada por respeitados especialistas da University of South Wales (Sydney-Austrália) mostra a existência, no planeta Terra, de 200 milhões de usuários habituais de drogas proibidas pelas convenções das Nações Unidas (ONU). Portanto, ficaram fora do levantamento os consumidores de álcool e tabaco, que não são proibidos pela ONU.
Os 200 milhões de consumidores representam uma média tirada de um mínimo de 149 milhões e de um máximo de 271 milhões. Em outras palavras, um habitante vivo do planeta dentre 20 consome droga ilícita. E no nosso planeta, em outubro de 2011, falou-se em 7 bilhões de seres humanos vivos.
Só para lembrar, existe um número de consumidores habituais de drogas ilícitas superior à população brasileira: 192.376.496 de brasileiros, conforme divulgado em agosto de 2011.
Nesse universo de 200 milhões de usuários habituais espalhados pelo planeta, cerca de 125 milhões usam maconha e, entre 14 e 21 milhões, consomem cocaína, incluída a forma solidificada conhecida por crack, tudo consoante a pesquisa da supracitada universidade de Sydney. Por ano, as drogas proibidas em convenções da Organização das Nações Unidas (ONU) matam 250 mil pessoas. Pouco se comparado com o álcool e o tabaco. O uso abusivo do álcool resulta, anualmente, em 2,25 milhões de óbitos. Quanto ao tabaco, mata 5,1 milhões anualmente.

Texto 6 – A febre das calouradas
Entre os universitários, são grandes as facilidades para encontrar festas open bar, nas quais o consumo de bebida é liberado e há competições para testar a resistência. Em Bauru, 60 eventos estudantis foram suspensos. Em Minas, outras dezenas de festas realizadas fora das universidades estão marcadas para os próximos dias, sendo a bebida liberada um dos atrativos. Apesar de não terem controle sobre os eventos externos, as instituições de ensino superior afirmam que tentam conscientizar os alunos sobre os perigos do consumo abusivo de álcool.
Veja regras para garantir segurança em festas:
Se houver cobrança de ingresso, os organizadores devem pedir permissão à prefeitura. A liberação do documento não ocorre da noite para o dia e algumas pedem prazo de 30 dias de antecedência.
Se o alvará for deferido, os organizadores recebem licença para um único evento.
Os bombeiros também devem ser procurados e a autorização depende do número de participantes. Se houver shows, serão necessários saída de emergência, extintores, brigadas, ambulâncias. No caso  de festas em sítios, mesmo cobrando, para número reduzido de participantes, não é preciso alvará.
Os organizadores devem se preocupar com a segurança dos calouros e evitar trotes, competições e brincadeiras que incentivem a bebedeira desenfreada.

Texto 7 – Consumo excessivo preocupa universidades
Segundo a psicóloga, relacionar o álcool a comemorações e à diversão é uma associação geralmente aprendida em casa. Ao sedimentar a ideia de que a bebida tem caráter benigno e faz parte do lazer da vida adulta, os jovens passam a abusar da substância quando conquistam relativa independência – o momento em que ingressam na faculdade.
Pelo método Audit, os alunos respondem a um questionário sobre a frequência e a quantidade que bebem, bem como as ocasiões em que, por conta do álcool, deixaram de honrar compromissos ou causaram dano a si mesmos ou a outras pessoas. Cada resposta recebe uma pontuação que classifica o aluno em baixo risco, risco, alto risco e provável dependência alcoólica.
Um aluno do quarto ano do curso de educação física da Unesp, que foi classificado pelo Audit com provável dependência alcoólica e preferiu não se identificar, conta que o consumo de bebida é grande entre os alunos logo nas primeiras semanas de faculdade. “No primeiro ano, o aluno se sente à vontade para beber, nunca morou fora, vê todo mundo da sua idade e não tem os pais por perto”, conta.
Por conta desta sensação de liberdade, ele lembra que chegou a se envolver em um acidente de carro depois de muito beber. “Quando chegou a este extremo, minha família pediu para eu parar de beber, porque percebeu que eu estava exagerando”, diz.
               
Texto 8 – Argumentos a favor




Alguns Videos








QUESTÃO 1

(Enem/2003)Os acidentes de trânsito, no Brasil, em sua maior parte são causados por erro do motorista. Em boa parte deles, o motivo é o fato de dirigir após o consumo de bebida alcoólica. A ingestão de uma lata de cerveja provoca uma concentração de aproximadamente 0,3 g/L de álcool no sangue. 
A tabela abaixo mostra os efeitos sobre o corpo humano provocados por bebidas alcoólicas em função de níveis de concentração de álcool no sangue:
(Revista Pesquisa FAPESP n o 57, setembro 2000)
Uma pessoa que tenha tomado três latas de cerveja provavelmente apresenta
A) queda de atenção, de sensibilidade e das reações motoras.
B) aparente normalidade, mas com alterações clínicas.
C) confusão mental e falta de coordenação motora.
D) disfunção digestiva e desequilíbrio ao andar.
E) estupor e risco de parada respiratória.
QUESTÃO 2

ENEM 2009  QUESTÃO 2


Analise a figura.
Disponível em: http//www.alcoologia.net. Acesso em: 15 jul. 2009 (adaptado).  (Foto: Reprodução/Enem)Disponível em: http//www.alcoologia.net. Acesso em: 15 jul. 2009 (adaptado). (Foto: Reprodução/Enem)


Supondo que seja necessário dar um título para essa figura, a alternativa que melhor traduziria o processo representado seria:
  1. A
     
    Concentração média de álcool no sangue ao longo do dia.
  2. B
     
    Variação da frequência da ingestão de álcool ao longo das horas.
  3. C
     
    Concentração mínima de álcool no sangue a partir de diferentes dosagens.
  4. D
     
    Estimativa de tempo necessário para metabolizar diferentes quantidades de álcool.
  5. E
     
    Representação gráfica da distribuição de frequência de álcool em determinada hora do dia.






GABARITO
1-A
2-D





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