domingo, 18 de setembro de 2016

Aula 20/2016 - Internet e redes sociais, um perigo à espreita


Conteúdo da Aula

TEXTO 1 – Fato motivador – Crimes de ódio na internet levam a criação de uma equipe especial da polícia
Os crimes de ódio aumentaram consideravelmente nos últimos anos, sendo as redes sociais o principal local para a prática do delito. Diversas pessoas já sofreram desse tipo de ataque, sendo o caso da Maju Coutinho, uma apresentadora da Globo, um dos mais comentados. Na situação, diversos comentários racistas foram direcionados à apresentadora na página do Jornal Nacional. Essa prática não acontece só no Brasil e, conforme esse crime aumenta, é preciso combatê-lo das mais diversas formas. Por conta disso, a Polícia de Londres está montando uma equipe para rastrear e levar esses criminosos à justiça.
A equipe irá trabalhar em modo piloto durante dois anos, além de contar com orçamento de 1,7 milhões de euros (R$ 7 milhões, em conversão direta). O time será montado nos próximos meses e irão trabalhar com diversos voluntários. Serão cinco oficiais que irão treinar outros policiais e a comunidade para identificar possíveis crimes de ódio na internet.
Segundo o Mayor's Office for Policing And Crime (Mopac), "as redes sociais permitem que autores de crimes de ódio um véu de anonimato, tornando mais difícil trazê-los à justiça e potencialmente impactando em um número maior de pessoas". Além disso, um porta-voz do órgão também afirmou que grupos da comunidade em Londres afirmaram que crimes de ódio online aumentaram e a resposta da polícia para esse tipo de delito é, muitas vezes, inconsistente.
No Brasil, a polícia se organizou para caçar os autores de diversos crimes de ódio na internet. Até março deste ano, já haviam sido presos quatro suspeitos de um grupo que foi responsável por arquitetar as ofensas contra Taís Araújo, Maria Júlia Coutinho e Sheron Mezes.

TEXTO 2 – 'Maníaco da fronha' investigava vítimas na internet antes de estuprar
João Carlos Ribeiro da Costa, de 34 anos, que trabalhava como garçom foi preso em trabalho conjunto das delegadas da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Rosely Molina, Franciele Candotti e Marília de Brito Martins. Ele é apontado pela polícia como responsável por pelo menos 5 casos de estupro e tentativa de estupro em Campo Grande.
Segundo as delegadas, João Carlos agia sempre da mesma forma. Ele conseguia os dados pessoais das vítimas através da internet, de redes sociais e de bate-papo e chegou até a conversar com vítimas pelo WhatsApp. De acordo com a polícia, ele fazia uma busca minuciosa para levantar todos os dados das jovens e descobrir nome completo, endereço e, principalmente, se elas moravam sozinhas.
A série de crimes cometidos por João teve início em julho deste ano e o último, registrado na delegacia, ocorreu em 29 de setembro. De acordo com as delegadas Rosely, Franciele e Marília, ele pode ter cometido outros crimes semelhantes, que não chegaram ainda ao conhecimento da polícia.
Modus Operandi
João cometia os estupros sempre da mesma forma e ainda roubava as vítimas. Nos cinco casos registrados, ele invadia a casa das vítimas, que moravam sozinhas. Ele chegava aos locais em uma motocicleta e estava sempre vestido de roupas pretas, colete, bota, toca e luvas e portava uma faca.
Prisão
A Polícia Civil iniciou investigação e, de acordo com a delegada Molina, as vítimas reconheceram a voz do suspeito e souberam dar detalhes sobre ele, já que, apesar de colocar uma fronha na cabeça das vítimas, João tirava o pano e permitia que as vítimas o vissem antes de sair da casa. No dia 2 de outubro, a polícia já tinha mandado de busca e apreensão na casa de João Carlos.
João Carlos negou as acusações e afirmou para a polícia que as vítimas eram garotas de programa, que cobravam entre R$ 100 e R$ 150. Mas as delegadas negam a declaração e afirmam que uma das vítimas era virgem. Ele responderá pelos crimes de estupro e roubo.
Cuidado
A delegada Rosely Molina orienta que as pessoas, neste caso as mulheres e possíveis vítimas, devem tomar muito cuidado com as informações que expõem na internet. De acordo com a delegada, elas não devem fornecer dados desnecessários.
Além disso, a delegada orienta que as mulheres tomem cuidado ao andarem sozinhas em locais ermos e principalmente durante a noite e madrugada. A delegada acredita que, após a divulgação do caso de João Carlos, outras vítimas podem procurar a polícia.

TEXTO 3 – Ofensa pela internet é crime
A tecnologia fez surgir entre os adolescentes um novo tipo de agressor o cibervalentão. Na Internet, eles encontraram uma forma diferente, com a vantagem de ser mais veloz e de longe alcance, de ofender ou difamar uns aos outros. É o cyberbullying, apesar desse tipo de ofensa ainda não ter uma legislação vigente, o agressor pode ser processado sim, a Justiça brasileira julga da mesma forma que comentários feitos em qualquer outro lugar.
1) O fato de a ofensa ter sido feito pela internet pode agravar a pena?
Sim. Um inciso do capítulo do Código Penal sobre crimes contra a honra diz que as penas aumentam em um terço “na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria”, como é o caso da internet.
2) Declarações feitas de forma anônima podem redundar em processos?
Sim. Ocultar o nome na internet não garante o anonimato perante a Justiça. Com os dados do IP da máquina de onde partiu a ofensa, fornecidos pelo provedor da conexão, é possível localizar o autor de um comentário.
3) O provedor da conexão é obrigado a fornecer dados de IP do autor da ofensa?
Sob ordem judicial, sim. No entanto, não há nenhuma lei no Brasil que determine um tempo mínimo durante o qual os provedores são obrigados a guardar os dados de conexão de seus usuários.
Resumindo : Ofensas e acusações realizadas via internet tem o mesmo efeito de realizadas no mundo real.Ou seja, geram o direito à indenizações por danos materias e morais, bem como constituem crimes apenados com multa e por vezes, pena de prisão.
A melhor forma de proceder é gravar a ofensa recebida, e imprimi-la, para evitar que ela desapareça na intenet.

TEXTO 4 – O uso da internet pelos jovens e suas consequências
São Paulo, 14 (AE) - Recentemente, o caso de dois adolescentes gaúchos de classe média, uma menina de 14 e um menino de 16 anos, que transmitiram cenas íntimas ao vivo por meio da ferramenta de vídeo Twitcam, causou grande repercussão. A menina perdeu uma aposta em um jogo de cartas virtual e, com isso, teria concordado em tirar as roupas, conforme aumentasse a audiência da transmissão. As imagens foram assistidas por 26 mil usuários, e foram feitos 12 mil downloads do vídeo. O garoto, que virou ídolo virtual da noite para o dia, se vangloriou do ocorrido e respondia a perguntas de uma legião de adolescentes.
Situações como essa, que começam a pipocar pelo País, derivam do sexting (sex, de sexo, e texting, de envio de mensagens), fenômeno recente no qual adolescentes usam seus celulares, câmeras, contas de e-mail, salas de bate-papo, comunicadores instantâneos e sites de relacionamento para produzirem e enviarem fotos sensuais. Com os hormônios à flor da pele e estimulados pelos apelos midiáticos dos realities shows, sinalizam que querem ser vistos e reconhecidos. Assim, tornam suas experiências sexuais um espetáculo na rede.
Segundo o delegado Emerson Wendt, da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos do Rio Grande do Sul, que acompanhou o caso dos adolescentes gaúchos, a superexposição demonstra a total alienação dos pais em relação à "vida virtual" dos filhos. "Os resultados são danosos, tanto para as crianças ou adolescentes expostos como para a família", afirma.
Nas escolas pública e particular, o comportamento dos alunos se assemelha em alguns pontos. "Ambos acessam o computador mais de cinco vezes por semana, e 99% sabem dos riscos", fala Solange, lembrando que a maior parte dos entrevistados faz uso da internet sem nenhum controle dos pais. "Desde tenra idade, os pais devem acompanhá-los de perto e, depois, devem fazer parte das redes sociais deles."
Comportamento preocupa - Para o psicólogo Rodrigo Nejm, diretor da ONG SaferNet Brasil - que, além de receber denúncias de pornografia infantil e pedofilia, atua na área de educação -, o "sexting" traz à tona algo muito mais complexo e delicado, que é o sexo pelo sexo, sem afetividade.
Eles opinam - Segundo Adriana Giorgi Costa, orientadora educacional do Ensino Fundamental no Colégio Pentágono, de São Paulo, crianças e adolescentes são vulneráveis. "Por se tratar de um universo virtual, a internet traz uma falsa sensação de anonimato e impunidade", diz, observando que um dos temas recentes na sala de aula foi a questão legal envolvendo responsabilidades (processos, indenizações) pelos atos praticados.
Apesar de serem orientados na escola sobre as consequências do uso não ético da internet, o cyberbullig acaba acontecendo. O anonimato cria espaço para ofender, caluniar e fazer intrigas contra os colegas. O playground favorito para a prática de cyberbullying, falam os jovens, é o site Formspring, onde os usuários têm a opção de se identificar ou não.
Por outro lado, o anonimato pode ser usado como forma de autoconhecimento, como é o caso de Camila, que criou um perfil falso no Orkut e, assim, expõe seus pensamentos mais livremente. Para Emma, pegaram uma ideia boa, que é a das mídias sociais, e a transformaram em algo ruim. "Mas não dá para viver sem", conclui a adolescente, resumindo o comportamento da geração. Net.
Segundo Relatório Norton Online Family Report, elaborado em julho deste ano, as crianças brasileiras são as que mais ficam online, passando, em média, 18,3 horas por semana. E mais: 79% das crianças brasileiras já tiveram alguma experiência negativa online.
Dessas 79%, 58% adicionaram um desconhecido na rede social; 53% baixaram algum vírus no PC da família; 34% viram imagens violentas ou de nudez. Só 65% dos pais acham que os filhos tiveram uma experiência negativa. 51% das crianças afirmaram que estão mais cuidadosas quanto ao uso da internet. 17% das crianças brasileiras acham que os pais não sabem o que elas fazem online. 84% das crianças dizem que seguem as regras de utilização da web na família. 19% não usam nenhuma referência de segurança. Eles simplesmente clicam no que recebem.
Apenas 31% dos pais entrariam em contato com os pais das crianças que cometeram o bullying contra seu filho, caso tomassem conhecimento de uma experiência negativa online.

TEXTO 5 – Ética na Internet – Redes Sociais
As redes sociais estão em alta dentre as preferências de acesso virtual do público brasileiro. A maioria das pessoas que acessa a Internet aqui no nosso país está em uma ou mais de uma rede social e não é estranho que nomes como Orkut, Windows Live, Twitter ou Facebook estejam em tamanha evidência nos principais meios brasileiros de comunicação.
O fato é que muitas pessoas talvez não entendam que a sociedade virtual é muito semelhante à sociedade real e que as regras de conduta são muito parecidas, exigindo-se os mesmos cuidados que temos quando nos relacionamos “por aí”. A diferença é que na sociedade virtual as pessoas sentem-se menos retraídas para dizerem o que pensam e esquecem que não serão duas ou três pessoas que lerão às suas expressões, e sim, um grupo muito maior. Uma rede social virtual tem por objetivo que o indivíduo divulgue aos seus amigos as suas expressões e posicionamentos para que eles possam interagir mais e mais com o individuo remetente, por meio dessas expressões ou posicionamentos.
Ultimamente, alguns acontecimentos têm comprovado que muitos ainda não entenderam a influência que a mídia social pode acarretar na vida real. Isso pode ser percebido por meio de comportamentos NÃO condizentes com a conduta do sujeito que carrega um nome a zelar perante o público que o acompanha ou que possui relações fortes no cotidiano, mas, mesmo assim, age imprudentemente pondo a perder um bom histórico social alcançado e boas relações antes conquistadas.
What’s happening?: Esta é a pergunta inicial do microblog Twitter que faz as pessoas escreverem em 140 caracteres as mais variadas coisas, pensamentos ou acontecimentos. O cuidado aqui deve estar em divulgar coisas, acontecimentos ou pensamentos que não ofenda a alguem ou exponha, extereotipize ou macule a si próprio ou à própria imagem, parece simples, no entanto, muitas pessoas “caem na tentação” de escreverem tudo o que pensam e isso, às vezes, acaba não tendo uma boa repercussão (algumas vezes, até de forma oculta). Não exponha, por exemplo, os seus sentimentos íntimos ou opinião que ofenda a alguem do seu círculo de relacionamentos. Não tuite “mil vezes” por dia ou será considerado o “tagarela virtual”. Opte por não expor opiniões preconceituosas ou partidárias. Exprima algo que valha mais do que o fato de não se ter expressado.
Comunidades: Algumas redes sociais possibilitam que o usuário indique a que grupo eles pertencem (por isso é comunidade; um assunto é compartilhado em comum por várias pessoas). A linha entre a seriedade e a brincadeira nesse assunto é tênue, ou seja, pode parecer hilário participar de um grupo do tipo “Odeio isso ou aquilo”, entretanto, por exemplo, tenha cuidado no que as pessoas podem achar do que você gosta ou odeia ou como você posiciona-se em relação a determinados assuntos.
Dados pessoais: A regra aqui é simples, contudo, deve-se observá-la. Não divulgue qualquer coisa na Internet que você não divulgaria fora do espaço virtual. O ideal é divulgar e-mail, MSN ou skype secundário; o principal deve ser divulgado para contatos relevantes. Não divulgue documentos pessoais na Internet – em currículos esse item é desnecessário – a menos que a empresa exija obrigatoriamente. Gerencie cada campo que você tenha que preencher em um formulário, não é porque existem campos a serem preenchidos que você o deva fazê-lo.
Fotos pessoais: Fotos pessoais são registros dos lugares públicos ou particulares onde se esteve com ou sem alguem, ou seja, se o local onde a foto foi tirada é publica não seria “pecado” divulgá-la, mas, mesmo assim, talvez você não gostasse que alguem o visse em determinada tipo de lugar ou com determinado tipo de pessoa. Cabe aqui um parênteses, a foto pode não ser comprometedora para você, mas pode ser comprometedora para as demais pessoas que estão nela, por isso, antes de divulgar uma foto on-line, pense se isso não seria prejudicial a alguem que dela participa. Por último, não é recomendável divulgar fotos que foram tiradas em locais privados.
Muitas outras recomendações existem para serem consideradas, porém, o senso ideológico e a consciência social das pessoas não são comuns, por isso, as situações podem ditar como proceder conforme a conveniência particular de cada indivíduo. Sejam livres para agir e sejam responsáveis pelos seus atos, o importante não é a ação e sim a consequência.

TEXTO 6 – Algumas imagens
   










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