Conteúdo da Aula
TEXTO 1 – Fato motivador – Crimes de ódio na
internet levam a criação de uma equipe especial da polícia
Os crimes de
ódio aumentaram consideravelmente nos últimos anos, sendo as redes sociais o
principal local para a prática do delito. Diversas pessoas já sofreram desse
tipo de ataque, sendo o caso da Maju Coutinho, uma apresentadora da Globo, um
dos mais comentados. Na situação, diversos comentários racistas foram direcionados
à apresentadora na página do Jornal Nacional. Essa prática não acontece só no
Brasil e, conforme esse crime aumenta, é preciso combatê-lo das mais diversas
formas. Por conta disso, a Polícia de Londres está montando uma equipe para
rastrear e levar esses criminosos à justiça.
A equipe irá
trabalhar em modo piloto durante dois anos, além de contar com orçamento de 1,7
milhões de euros (R$ 7 milhões, em conversão direta). O time será montado nos
próximos meses e irão trabalhar com diversos voluntários. Serão cinco oficiais
que irão treinar outros policiais e a comunidade para identificar possíveis
crimes de ódio na internet.
Segundo o
Mayor's Office for Policing And Crime (Mopac), "as redes sociais permitem
que autores de crimes de ódio um véu de anonimato, tornando mais difícil
trazê-los à justiça e potencialmente impactando em um número maior de
pessoas". Além disso, um porta-voz do órgão também afirmou que grupos da
comunidade em Londres afirmaram que crimes de ódio online aumentaram e a resposta
da polícia para esse tipo de delito é, muitas vezes, inconsistente.
No Brasil, a
polícia se organizou para caçar os autores de diversos crimes de ódio na
internet. Até março deste ano, já haviam sido presos quatro suspeitos de um
grupo que foi responsável por arquitetar as ofensas contra Taís Araújo, Maria
Júlia Coutinho e Sheron Mezes.
TEXTO 2 – 'Maníaco da
fronha' investigava vítimas na internet antes de estuprar
João Carlos Ribeiro da Costa, de 34 anos, que trabalhava como
garçom foi preso em trabalho conjunto das delegadas da Deam (Delegacia
Especializada de Atendimento à Mulher), Rosely Molina, Franciele Candotti e
Marília de Brito Martins. Ele é apontado pela polícia como responsável por pelo
menos 5 casos de estupro e tentativa de estupro em Campo Grande.
Segundo as delegadas, João Carlos agia sempre da mesma forma.
Ele conseguia os dados pessoais das vítimas através da internet, de redes
sociais e de bate-papo e chegou até a conversar com vítimas pelo WhatsApp. De
acordo com a polícia, ele fazia uma busca minuciosa para levantar todos os
dados das jovens e descobrir nome completo, endereço e, principalmente, se elas
moravam sozinhas.
A série de crimes cometidos por João teve início em julho
deste ano e o último, registrado na delegacia, ocorreu em 29 de setembro. De
acordo com as delegadas Rosely, Franciele e Marília, ele pode ter cometido
outros crimes semelhantes, que não chegaram ainda ao conhecimento da polícia.
Modus Operandi
João cometia os estupros sempre da mesma forma e ainda
roubava as vítimas. Nos cinco casos registrados, ele invadia a casa das
vítimas, que moravam sozinhas. Ele chegava aos locais em uma motocicleta e
estava sempre vestido de roupas pretas, colete, bota, toca e luvas e portava
uma faca.
Prisão
A Polícia Civil iniciou investigação e, de acordo com a
delegada Molina, as vítimas reconheceram a voz do suspeito e souberam dar
detalhes sobre ele, já que, apesar de colocar uma fronha na cabeça das vítimas,
João tirava o pano e permitia que as vítimas o vissem antes de sair da casa. No
dia 2 de outubro, a polícia já tinha mandado de busca e apreensão na casa de
João Carlos.
João Carlos negou as acusações e afirmou para a polícia que
as vítimas eram garotas de programa, que cobravam entre R$ 100 e R$ 150. Mas as
delegadas negam a declaração e afirmam que uma das vítimas era virgem. Ele
responderá pelos crimes de estupro e roubo.
Cuidado
A delegada Rosely Molina orienta que as pessoas, neste caso
as mulheres e possíveis vítimas, devem tomar muito cuidado com as informações
que expõem na internet. De acordo com a delegada, elas não devem fornecer dados
desnecessários.
Além disso, a delegada orienta que as mulheres tomem cuidado
ao andarem sozinhas em locais ermos e principalmente durante a noite e
madrugada. A delegada acredita que, após a divulgação do caso de João Carlos,
outras vítimas podem procurar a polícia.
TEXTO 3 – Ofensa pela internet é crime
A tecnologia fez surgir entre os adolescentes um novo tipo de
agressor o cibervalentão. Na Internet, eles encontraram uma forma diferente,
com a vantagem de ser mais veloz e de longe alcance, de ofender ou difamar uns
aos outros. É o cyberbullying, apesar desse tipo de ofensa ainda não ter uma
legislação vigente, o agressor pode ser processado sim, a Justiça brasileira
julga da mesma forma que comentários feitos em qualquer outro lugar.
1) O fato de a ofensa ter sido feito pela internet pode
agravar a pena?
Sim. Um inciso do capítulo do Código Penal sobre crimes
contra a honra diz que as penas aumentam em um terço “na presença de várias
pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da
injúria”, como é o caso da internet.
2) Declarações feitas de forma anônima podem redundar em
processos?
Sim. Ocultar o nome na internet não garante o anonimato
perante a Justiça. Com os dados do IP da máquina de onde partiu a ofensa,
fornecidos pelo provedor da conexão, é possível localizar o autor de um
comentário.
3) O provedor da conexão é obrigado a fornecer dados de IP do
autor da ofensa?
Sob ordem judicial, sim. No entanto, não há nenhuma lei no
Brasil que determine um tempo mínimo durante o qual os provedores são obrigados
a guardar os dados de conexão de seus usuários.
Resumindo : Ofensas e acusações realizadas via internet tem o
mesmo efeito de realizadas no mundo real.Ou seja, geram o direito à
indenizações por danos materias e morais, bem como constituem crimes apenados
com multa e por vezes, pena de prisão.
A melhor forma de proceder é gravar a ofensa recebida, e
imprimi-la, para evitar que ela desapareça na intenet.
TEXTO 4 – O uso da internet
pelos jovens e suas consequências
São Paulo,
14 (AE) - Recentemente, o caso de dois adolescentes gaúchos de classe média,
uma menina de 14 e um menino de 16 anos, que transmitiram cenas íntimas ao vivo
por meio da ferramenta de vídeo Twitcam, causou grande repercussão. A menina
perdeu uma aposta em um jogo de cartas virtual e, com isso, teria concordado em
tirar as roupas, conforme aumentasse a audiência da transmissão. As imagens
foram assistidas por 26 mil usuários, e foram feitos 12 mil downloads do vídeo.
O garoto, que virou ídolo virtual da noite para o dia, se vangloriou do
ocorrido e respondia a perguntas de uma legião de adolescentes.
Situações
como essa, que começam a pipocar pelo País, derivam do sexting (sex, de sexo, e
texting, de envio de mensagens), fenômeno recente no qual adolescentes usam
seus celulares, câmeras, contas de e-mail, salas de bate-papo, comunicadores
instantâneos e sites de relacionamento para produzirem e enviarem fotos
sensuais. Com os hormônios à flor da pele e estimulados pelos apelos midiáticos
dos realities shows, sinalizam que querem ser vistos e reconhecidos. Assim,
tornam suas experiências sexuais um espetáculo na rede.
Segundo o
delegado Emerson Wendt, da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos do
Rio Grande do Sul, que acompanhou o caso dos adolescentes gaúchos, a
superexposição demonstra a total alienação dos pais em relação à "vida
virtual" dos filhos. "Os resultados são danosos, tanto para as
crianças ou adolescentes expostos como para a família", afirma.
Nas
escolas pública e particular, o comportamento dos alunos se assemelha em alguns
pontos. "Ambos acessam o computador mais de cinco vezes por semana, e 99%
sabem dos riscos", fala Solange, lembrando que a maior parte dos
entrevistados faz uso da internet sem nenhum controle dos pais. "Desde
tenra idade, os pais devem acompanhá-los de perto e, depois, devem fazer parte
das redes sociais deles."
Comportamento
preocupa - Para o psicólogo Rodrigo Nejm, diretor da ONG SaferNet Brasil - que,
além de receber denúncias de pornografia infantil e pedofilia, atua na área de
educação -, o "sexting" traz à tona algo muito mais complexo e
delicado, que é o sexo pelo sexo, sem afetividade.
Eles
opinam - Segundo Adriana Giorgi Costa, orientadora educacional do Ensino
Fundamental no Colégio Pentágono, de São Paulo, crianças e adolescentes são
vulneráveis. "Por se tratar de um universo virtual, a internet traz uma
falsa sensação de anonimato e impunidade", diz, observando que um dos
temas recentes na sala de aula foi a questão legal envolvendo responsabilidades
(processos, indenizações) pelos atos praticados.
Apesar de
serem orientados na escola sobre as consequências do uso não ético da internet,
o cyberbullig acaba acontecendo. O anonimato cria espaço para ofender, caluniar
e fazer intrigas contra os colegas. O playground favorito para a prática de
cyberbullying, falam os jovens, é o site Formspring, onde os usuários têm a
opção de se identificar ou não.
Por outro
lado, o anonimato pode ser usado como forma de autoconhecimento, como é o caso
de Camila, que criou um perfil falso no Orkut e, assim, expõe seus pensamentos
mais livremente. Para Emma, pegaram uma ideia boa, que é a das mídias sociais,
e a transformaram em algo ruim. "Mas não dá para viver sem", conclui
a adolescente, resumindo o comportamento da geração. Net.
Segundo
Relatório Norton Online Family Report, elaborado em julho deste ano, as
crianças brasileiras são as que mais ficam online, passando, em média, 18,3
horas por semana. E mais: 79% das crianças brasileiras já tiveram alguma
experiência negativa online.
Dessas
79%, 58% adicionaram um desconhecido na rede social; 53% baixaram algum vírus
no PC da família; 34% viram imagens violentas ou de nudez. Só 65% dos pais
acham que os filhos tiveram uma experiência negativa. 51% das crianças
afirmaram que estão mais cuidadosas quanto ao uso da internet. 17% das crianças
brasileiras acham que os pais não sabem o que elas fazem online. 84% das
crianças dizem que seguem as regras de utilização da web na família. 19% não
usam nenhuma referência de segurança. Eles simplesmente clicam no que recebem.
Apenas 31%
dos pais entrariam em contato com os pais das crianças que cometeram o bullying
contra seu filho, caso tomassem conhecimento de uma experiência negativa
online.
TEXTO 5 – Ética na Internet
– Redes Sociais
As redes
sociais estão em alta dentre as preferências de acesso virtual do público
brasileiro. A maioria das pessoas que acessa a Internet aqui no nosso país está
em uma ou mais de uma rede social e não é estranho que nomes como Orkut,
Windows Live, Twitter ou Facebook estejam em tamanha evidência nos principais
meios brasileiros de comunicação.
O fato é
que muitas pessoas talvez não entendam que a sociedade virtual é muito
semelhante à sociedade real e que as regras de conduta são muito parecidas,
exigindo-se os mesmos cuidados que temos quando nos relacionamos “por aí”. A
diferença é que na sociedade virtual as pessoas sentem-se menos retraídas para
dizerem o que pensam e esquecem que não serão duas ou três pessoas que lerão às
suas expressões, e sim, um grupo muito maior. Uma rede social virtual tem por
objetivo que o indivíduo divulgue aos seus amigos as suas expressões e
posicionamentos para que eles possam interagir mais e mais com o individuo
remetente, por meio dessas expressões ou posicionamentos.
Ultimamente,
alguns acontecimentos têm comprovado que muitos ainda não entenderam a
influência que a mídia social pode acarretar na vida real. Isso pode ser
percebido por meio de comportamentos NÃO condizentes com a conduta do sujeito
que carrega um nome a zelar perante o público que o acompanha ou que possui
relações fortes no cotidiano, mas, mesmo assim, age imprudentemente pondo a
perder um bom histórico social alcançado e boas relações antes conquistadas.
What’s happening?: Esta é a pergunta inicial do microblog Twitter que faz as pessoas
escreverem em 140 caracteres as mais variadas coisas, pensamentos ou
acontecimentos. O cuidado aqui deve estar em divulgar coisas, acontecimentos ou
pensamentos que não ofenda a alguem ou exponha, extereotipize ou macule a si
próprio ou à própria imagem, parece simples, no entanto, muitas pessoas “caem
na tentação” de escreverem tudo o que pensam e isso, às vezes, acaba não tendo
uma boa repercussão (algumas vezes, até de forma oculta). Não exponha, por
exemplo, os seus sentimentos íntimos ou opinião que ofenda a alguem do seu
círculo de relacionamentos. Não tuite “mil vezes” por dia ou será considerado o
“tagarela virtual”. Opte por não expor opiniões preconceituosas ou partidárias.
Exprima algo que valha mais do que o fato de não se ter expressado.
Comunidades: Algumas
redes sociais possibilitam que o usuário indique a que grupo eles pertencem
(por isso é comunidade; um assunto é compartilhado em comum por várias pessoas).
A linha entre a seriedade e a brincadeira nesse assunto é tênue, ou seja, pode
parecer hilário participar de um grupo do tipo “Odeio isso ou aquilo”,
entretanto, por exemplo, tenha cuidado no que as pessoas podem achar do que
você gosta ou odeia ou como você posiciona-se em relação a determinados
assuntos.
Dados pessoais: A regra
aqui é simples, contudo, deve-se observá-la. Não divulgue qualquer coisa na
Internet que você não divulgaria fora do espaço virtual. O ideal é divulgar
e-mail, MSN ou skype secundário; o principal deve ser divulgado para contatos
relevantes. Não divulgue documentos pessoais na Internet – em currículos esse
item é desnecessário – a menos que a empresa exija obrigatoriamente. Gerencie
cada campo que você tenha que preencher em um formulário, não é porque existem
campos a serem preenchidos que você o deva fazê-lo.
Fotos pessoais: Fotos
pessoais são registros dos lugares públicos ou particulares onde se esteve com
ou sem alguem, ou seja, se o local onde a foto foi tirada é publica não seria
“pecado” divulgá-la, mas, mesmo assim, talvez você não gostasse que alguem o
visse em determinada tipo de lugar ou com determinado tipo de pessoa. Cabe aqui
um parênteses, a foto pode não ser comprometedora para você, mas pode ser
comprometedora para as demais pessoas que estão nela, por isso, antes de
divulgar uma foto on-line, pense se isso não seria prejudicial a alguem que
dela participa. Por último, não é recomendável divulgar fotos que foram tiradas
em locais privados.
Muitas
outras recomendações existem para serem consideradas, porém, o senso ideológico
e a consciência social das pessoas não são comuns, por isso, as situações podem
ditar como proceder conforme a conveniência particular de cada indivíduo. Sejam
livres para agir e sejam responsáveis pelos seus atos, o importante não é a
ação e sim a consequência.
TEXTO 6 – Algumas imagens
Fonte: http://www.jornaldototonho.com.br/wp-content/uploads/2015/12/INTERNET-MAIS-HUMANA1-500x500.jpg
Nenhum comentário:
Postar um comentário