quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Aula 21/2016 - 11 de setembro





TEXTO 1 – Fato motivador – Monarquias do Golfo questionam lei americana sobre 11 de setembro
As monarquias do Golfo questionaram nesta segunda-feira (12) a lei do Congresso americano que autoriza os parentes das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 a processar países como Arábia Saudita por suposto apoio aos ataques.
O secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), Abdelatif Zayani, expressou "a profunda inquietação" dos seis membros do grupo após a adoção na sexta-feira pelo Congresso desta lei "que é contrária aos fundamentos e aos princípios das relações entre os Estados", em particular a imunidade soberana dos Estados.
Zayani expressou a esperança de que a administração americana "não aplique esta lei (...) que criará um grave precedente" e "terá um impacto negativo nas relações entre os Estados". Quinze dos 19 autores dos ataques eram sauditas. O projeto de lei, rejeitado por Riad, ainda deve ser sancionado pelo presidente americano Barack Obama, que já havia expressado sua oposição a tal medida.
A lei "Justice Against Sponsors of Terrorism" foi aprovada na sexta-feira por unanimidade pela Câmara de Representantes, quatro meses depois de ter sido adotada pelo conjunto dos senadores. A lei foi aprovada pelas duas câmaras, controladas pelos republicanos, e um veto de Obama pode, por sua vez, ser revogado, se forem reunidos dois terços dos votos. Qatar e Emirados Árabes Unidos, sócios de Riad no CCG, publicaram nesta segunda-feira comunicados separados para protestar pela lei. Esta lei permite às famílias das vítimas dos atentados processar ante os tribunais federais os países estrangeiros para obter indenizações caso sua responsabilidade seja provada.
Até o momento não foi provado o envolvimento da Arábia Saudita nos atentados de 11 de setembro de 2001..

TEXTO 2 – Por que os EUA ainda vivem em estado de emergência nacional 15 anos após o 11 de setembro
Três dias depois dos ataques às Torres Gêmeas e ao Pentágono, o então presidente George W. Bush emitiu a ordem 7.463, que decretou uma emergência nacional e atribuiu poderes extraordinários ao chefe do Executivo. Desde então, esta ordem foi renovada todos os anos por Bush e, em seguida, pelo seu sucessor, o atual presidente Barack Obama. A renovação mais recente foi em 30 de agosto.
Esta declaração permite a quem ocupa a Casa Branca adotar medidas excepcionais como, por exemplo, aumentar o tamanho da reserva das forças armadas ou convocar oficiais reformados.
Amplos poderes
O especialista disse que a declaração de emergência nacional junto com a autorização do Congresso para perseguir os responsáveis ​​pelos ataques do 11 de setembro, permite que o presidente envie tropas a qualquer lugar do mundo, desde que seja algo relacionado com o terrorismo.
"Se as pessoas realmente soubessem que tipo de poderes dão ao presidente as declarações de emergência nacional, estariam muito nervosas", disse Thronson, que publicou uma extensa pesquisa sobre o assunto na Revista da Reforma Legal da Universidade de Michigan.
"Ele também permite que o governo assuma o controle de estações de rádio, canais de televisão e internet, ou, no campo judicial, impedir a execução de um habeas corpus (ordem judicial que ordena a libertação de um preso)", acrescentou.
Obama fez 13 novas declarações de emergência durante a sua estada até agora na Casa Branca e renovou outras 21 aprovadas por seus antecessores, de acordo com o jornal USA Today.
Entre as novas declarações estão, por exemplo, uma que estabelece penalidades para quem considera os Estados Unidos responsável por tentar subverter a ordem democrática na Ucrânia; outra que buscava enfrentar a epidemia de gripe H1N1; e ainda há ordens com sanções contra alguns funcionários do governo da Venezuela, considerados poe Washington como responsáveis ​​por graves violações dos direitos humanos.

TEXTO 3 – 11 de Setembro: Cinco teorias de conspiração
Dez anos depois dos ataques de 11 de setembro no Estados Unidos, diversas teorias conspiratórias continuam populares.
De um modo geral, as formulações se concentram em torno de supostas "perguntas não respondidas" pelos relatórios sobre o incidente e sugerem que o governo americano pode ter planejado os ataques juntamente com o exército.
Conheça as cinco teorias conspiratórias mais proeminentes que circulam em comunidades online.
1. Falha ao interceptar os aviões sequestrados
A pergunta: Por que a força aérea mais poderosa do mundo não conseguiu interceptar nenhum dos quatro aviões sequestrados?
2. A queda das Torres Gêmeas
A pergunta: Por que as Torres Gêmeas caíram tão rapidamente e dentro da própria área que ocupavam, após incêndios em poucos andares que duraram somente uma ou duas horas?
3. O ataque no Pentágono
A pergunta: Como um piloto amador pode ter feito uma manobra complicada em um avião comercial e lançado o avião sobre o quartel-general das forças armadas mais poderosas do mundo - 78 minutos depois do primeiro relato de um possível sequestro - e não ter deixado nenhum vestígio?
4. O quarto avião - Voo 93 da United Airlines
A pergunta: Por que a queda do quarto avião sequestrado, em Shanksville, na Pensilvânia, foi tão pequena e por que os destroços do avião não foram vistos?
5. O colapso do edifício 7 do World Trade Center
A pergunta: Como é possível que um arranha-céu que não foi atingido por um avião tenha desmoronado tão rapidamente e simetricamente, quando nenhum outro prédio revestido de aço caiu por causa de incêndios?

TEXTO 4 – Algumas charges




TEXTO 5 – De Hiroshima às Torres Gêmeas
Uma das perguntas que mais angustiaram os norte-americanos durante o último ano foi: "Por que nos odeiam tanto?" Talvez pudessem refletir sobre a manifestação cega e brutal de violência gratuita que, há 57 anos, arrasou um país - o Japão - que já estava derrotado
Uma vez que o número de vítimas civis inocentes, mortas por efeito "colateral" no Afeganistão pelos bombardeios norte-americanos, é atualmente igual ao número das que foram mortas no ataque contra as Torres Gêmeas, talvez seja possível retomar os acontecimentos a partir de uma perspectiva mais ampla, mas nunca menos trágica, e fazer uma nova pergunta: matar deliberadamente significa cometer um mal mais grave ou mais repreensível do que matar cega e sistematicamente? (Digo "sistematicamente" porque os Estados Unidos começaram a colocar em prática essa estratégia armada a partir da guerra do Golfo.) Não sei a resposta para essa pergunta. Talvez in loco, entre a grande quantidade de bombas lançadas pelos B-52 ou na fumaça sufocante da Church Street em Manhattan, qualquer comparação ética seja indecente.
Matar deliberadamente significaria cometer um mal mais grave - ou mais repreensível - do que matar cega e sistematicamente?
Os dois acontecimentos sugerem semelhanças imediatas, entre elas uma bola de fogo que desce inesperadamente de um céu sem nuvens, dois ataques cronometrados para coincidir com a hora em que os civis das cidades-alvos estão a caminho do trabalho, em que as lojas abrem, em que as crianças estão na escola fazendo suas lições. Uma idêntica redução a cinzas, além de corpos lançados pelos ares e despedaçados. Uma mesma incredulidade, um mesmo caos, provocados por uma nova arma de destruição empregada pela primeira vez - a bomba atômica há 60 anos, um avião de carreira no último outono. Por toda parte, no epicentro, sobre tudo e todos, um espesso lençol de poeira.
Eles desenvolvem o argumento de que uma guerra é "justa", ou moralmente justificável, quando tem por objetivo defender os inocentes contra o mal. Citam Santo Agostinho. E acrescentam que uma guerra desse tipo deve, na medida do possível, respeitar a imunidade dos não-combatentes.
Voltemos ao verão de 1945. Sessenta e seis das maiores cidades do Japão já tinham sido destruídas pelo fogo provocado pelos bombardeios com napalm. Em Tóquio, um milhão de civis ficaram desabrigados e 100 mil pessoas morreram. Para retomar a expressão do general de divisão Curtis Lemay, chefe dessas operações de bombardeio incendiário, elas foram "grelhadas, fervidas e cozidas até a morte". O filho do presidente Franklin Roosevelt, que era também seu confidente, declarou que os bombardeios deveriam continuar "até que tenhamos destruído cerca da metade da população civil japonesa".
No dia 18 de julho, o imperador do Japão telegrafou ao presidente Harry S. Truman, que sucedeu a Roosevelt, tornando a pedir a paz. Sua mensagem foi ignorada.
As bombas de Hiroshima e Nagasaki anunciaram os EUA como suprema potência militar. O ataque de 11 de setembro anunciou o fim dessa invulnerabilidade
O filho do presidente Franklin Roosevelt declarou que os bombardeios continuariam "até que tenhamos destruído cerca da metade da população civil japonesa"
Essa história tem como objetivo mostrar até que ponto os sessenta pensadores norte-americanos, em seu fabuloso hotel 6 estrelas, estão alheios à realidade de sua própria história nacional. Tem também como objetivo lembrar que o período de supremacia militar norte-americana, que teve início em 1945, começou, para quem se situa fora da órbita norte-americana, por uma demonstração cega de poder distante, sem piedade e cheio de ignorância.

TEXTO 6 – Quinze anos após 11 de setembro, EUA continuam sua guerra global ao terror
Como destacam especialistas consultados pela AFP, mesmo que o presidente Barack Obama - no poder desde janeiro de 2009 - tenha se recusado a adotar um intervencionismo militar desenfreado nas guerras do mundo árabe e tenha buscado reconciliar a América com os países muçulmanos, ele deixa os Estados Unidos em um estado de conflito permanente contra o "terror" islamita, ou seja, deixa um legado misto nessa área.
O democrata encerra seu mandato em janeiro do ano que vem e ficará como o presidente que tirou o país do Iraque e do Afeganistão - conflitos devastadores deflagrados por seu predecessor republicano, George W. Bush, em resposta aos piores atentados da História americana e sob a bandeira da chamada GWOT (na sigla em inglês).
"A dinâmica ameaça do terrorismo islamita levou ao presidente Obama, contra suas próprias preferências, a se engajar militarmente no Iraque mais uma vez e, desde então, na Síria e na Líbia também", afirmou Tamara Cofman Wittes, diretora do Centro de Políticas para o Oriente Médio da Brookings Institution, um prestigioso think tank com sede em Washington.
Essa política militar de Barack Obama atingiu seu ápice em maio de 2011, quando forças especiais mataram o responsável pelo 11 de Setembro e líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden, em sua própria residência, no Paquistão.
Para a tragédia síria, por exemplo, nenhuma paz durável se apresenta no horizonte, apesar das intervenções militares e das tentativas diplomáticas de Estados Unidos e Rússia.
E um reengajamento armado americano de envergadura no Oriente Médio não está incluído nos programas dos dois candidatos à Casa Branca nas eleições de 8 de novembro - a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump.
Neste sábado (10), o presidente Obama reconheceu que "a ameaça terrorista evoluiu", referindo-se aos "lobos solitários" nos Estados Unidos.
"No Afeganistão, no Iraque, na Síria e além, combatemos sem descanso as organizações terroristas como a Al-Qaeda e o grupo Estado Islâmico", garantiu ele em uma mensagem ao país sobre a simbólica data.
Isso não impede que Washington tenha medo dos atentados mais rudimentares realizados por islamitas locais radicalizados, como no caso do tiroteio em junho, na Flórida, cometido por um americano de origem afegã, que deixou 49 mortos, e aquele cometido em dezembro passado na Califórnia, por um americano de origem paquistanesa e sua mulher, com saldo de 14 mortos.
"O EI convocou seus membros a atacar os cidadãos americanos (...) onde quer que estejam", advertiu o Departamento de Estado em nota divulgada neste sábado (10) sobre o risco "terrorista".

TEXTO 7 – GRÁFICOS




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